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Sunday, November 24th, 2024
the Week of Christ the King / Proper 29 / Ordinary 34
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Bible Commentaries
Romanos 3

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

versos 1-31

A lei não podia salvar no pecado nem dos pecados, porém dava vantagens aos judeus para obter a salvação. As ordenanças estabelecidas, a educação no conhecimento do Deus verdadeiro e seu serviço, e muitos favores feitos aos filhos de Abraão, eram todos médios de graça e verdadeiramente foram utilizados para a conversão de muitos. Porém, as Escrituras lhes foram especialmente confiadas a eles. O gozo da palavra e das ordenanças de Deus é a principal felicidade de um povo, mas Deus faz as promessas somente aos crentes, portanto, a incredulidade de alguns ou de muitos professantes não pode inutilizar a efetividade desta fidelidade. Ele cumprirá as promessas a seu povo e executará suas ameaças de vingança aos incrédulos.
O juízo de Deus sobre o mundo deverá silenciar para sempre todas as dúvidas e especulações sobre Sua justiça. A maldade e a obstinada incredulidade dos judeus demonstram a necessidade que tem o homem da justiça de Deus pela fé, e de sua justiça para castigar o pecado. "Façamos males para obtermos bens", é algo mais freqüente no coração que na boca dos pecadores; porque poucos se justificarão a si mesmos em seus maus caminhos. O crente sabe que o dever é dele, e os acontecimentos são de Deus; e que ele não deve cometer nenhum pecado nem dizer nenhuma mentira com a esperança -e muito menos com a certeza- de que Deus se glorifique. Se alguém fala e age assim, sua condenação é justa.



Aqui se indica novamente que toda a humanidade está embaixo da culpa do pecado como uma carga, e está sob o governo e o domínio do pecado, escravizada por ele, para operar iniqüidade. Várias passagens das Escrituras do Antigo Testamento deixam muito claro isto, porque descrevem o estado depravado e corrupto de todos os homens, até que a graça os refreia ou os muda. Por grandes que sejam nossas vantagens, estes textos descrevem a multidões dos que se chamam a si mesmos cristãos. Seus princípios e sua conduta provam que não há temor de Deus perante seus olhos. E onde não há temor de Deus não pode se esperar nada de bom.



Vão é procurar a justificação pelas obras da lei. Todos devem declarar-se culpados. A culpa ante Deus é palavra temível, mas nenhum homem pode ser justificado por uma lei que o condena por transgredi-la. A corrupção de nossa natureza sempre impedirá toda justificação por nossas próprias obras.



Deve o homem culpável permanecer submetido à ira para sempre? Está a ferida aberta para sempre? Não, bendito seja Deus, existe outro caminho aberto para nós. É a justiça de Deus; a justiça na ordenação, na provisão e na aceitação. É por essa fé que em Jesus Cristo seu objeto; o Salvador ungido, que isso significa o nome Jesus Cristo. a fé justificadora respeita a Cristo como Salvador em seus três ofícios ungidos: Profeta, Sacerdote e Rei; essa fé confia nEle, o aceita e se aferra a Ele; em todo isso os judeus e os gentios são, por igual, bem-vindos a Deus por meio de Jesus Cristo. Não há diferença, sua justiça está sobre todo aquele que crê; não só é oferecida a eles, senão que se coloca sobre eles como uma coroa, como uma túnica. É livre graça, pura misericórdia; nada há em nós que mereça tais favores. Nos chega gratuitamente, mas Cristo a comprou e pagou o preço. A fé tem consideração especial pelo sangue de Cristo, como o que fez a expiação.
Deus declara sua justiça nisso tudo. Fica claro que odeia o pecado, quando nada inferior ao sangue de Cristo dá satisfação pelo pecado. Cobrar a dívida ao pecador não estaria em conformidade com sua justiça, já que o Fiador a pagou e Ele aceitou esse pagamento por satisfação completa.



Deus executará a grande obra da justificação e salvação dos pecadores desde o primeiro ao último, para silenciar nossa jactância. Agora, se formos salvados por nossas obras, não seria excluída a vanglória, mas o caminho da justificação pela fé exclui para sempre toda jactância. Contudo, os crentes não são deixados com autorização para transgredir a lei; a fé é uma lei, é uma graça que opera onde quer que opere em verdade. pela fé, que nesta matéria não é um ato de obediência ou uma boa obra, senão a formação de uma relação entre Cristo e o pecador, que considera adequado que o crente seja perdoado e justifico por amor do Salvador, e que o incrédulo, que não está unido ou relacionado deste modo com Ele, permaneça submetido à condena. A lei ainda é útil para convencer-nos do que é passado, e para dirigir-nos rumo ao futuro. Embora não possamos ser salvos por ela como um pacto, contudo a reconhecemos e nos submetemos a ela, como regra na mão do Mediador.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Romans 3". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/romans-3.html. 1706.
 
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