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Sunday, November 24th, 2024
the Week of Christ the King / Proper 29 / Ordinary 34
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Bible Commentaries
Mateus 5

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

versos 1-48

Ninguém achará felicidade neste mundo ou no vindouro se não buscar em Cristo pelo governo de sua palavra. Ele ensinou qual era o mal que eles deviam aborrecer, e qual é o bem que deviam buscar e no qual abundar.



Aqui nosso Salvador dá oito características da gente bem-aventurada que para nós representam as graças principais do cristão.
1) Os pobres de espírito são bem-aventurados. Estes levam suas mentes a sua condição quando é baixa. São humildes e pequenos segundo seu próprio critério. Vêem sua necessidade, se lamentam por sua culpa e têm sede de um Redentor. O reino da graça é desses tais; o reino da glória é para eles.
2) Os que choram são bem-aventurados. Parece ser que aqui se trata dessa tristeza santa que opera verdadeiro arrependimento, vigilância, mente humilde e dependência contínua para ser aceito pela misericórdia de Deus em Cristo Jesus, com busca constante do Espírito Santo para limpar o mal residual. O céu é o gozo de nosso Senhor; um monte de gozo, rumo ao qual o nosso caminho atravessa um vale de lágrimas. Tais doentes serão consolados por seu Deus.
3) Os mansos são bem-aventurados. Os mansos são os que se submetem silenciosamente a Deus; os que podem suportar insultos; são calados ou devolvem uma resposta branda; os que, em sua paciência, conservam o domínio de suas almas, quando escassamente têm possessão de alguma outra coisa. Estes mansos são bem-aventurados ainda neste mundo. A mansidão fomenta a riqueza, o consolo e a segurança, ainda neste mundo.
4) Os que têm fome e sede de justiça são bem-aventurados. A justiça está aqui colocada por todas as bênçãos espirituais. Estas são compradas para nós pela justiça de Cristo, confirmadas pela fidelidade de Deus. nossos desejos de bênçãos espirituais devem ser fervorosos. Embora todos os desejos de graça não são graça, contudo, um desejo como este é um desejo dos que são criados por Deus, e Ele não abandonará a obra de Suas mãos.
5) Os misericordiosos são bem-aventurados. Devemos não somente suportar nossas aflições com paciência, senão que devemos fazer tudo o que pudermos por ajudar os que estejam passando misérias. Devemos ter compaixão pelas almas dos próximos, e ajudá-los; compadecer-nos dos que estão em pecado, e tratar de tirá-los como brasas fora do fogo.
6) Os limpos de coração são bem-aventurados, porque verão a Deus. aqui são plenamente descritas e unidas a santidade e a felicidade. Os corações devem ser purificados pela fé e mantidos para Deus. Cria em mim, oh Deus, um coração limpo. Ninguém senão o limpo é capaz de ver a Deus, nem o céu é prometido para o impuro. Como Deus não tolera olhar para a iniqüidade, assim eles não podem olhar para Sua pureza.
7) Os pacificadores são bem-aventurados. Eles amam, desejam e se deleitam na paz; e lhes agrada ter quietude. Mantêm a paz para que não seja perdida e a recuperam quando é quebrantada. Se os pacificadores são bem-aventurados, aí dos que quebrantam a paz!
8) Os perseguidos por causa da justiça são bem-aventurados. Este ditado é peculiar do cristianismo; e se enfatiza com maior intensidade que o resto. Contudo, nada há em nossos sofrimentos que possa ser mérito ante Deus, mas Ele verá que os que perdem por Ele, ainda a própria vida, não percam finalmente por causa dEle.
Bendito Jesus, quão diferentes são tuas máximas das dos homens do mundo! Eles chamam ditoso ao orgulhoso, e admiram o alegre, o rico, o poderoso e o vitorioso. Alcancemos nós misericórdia do Senhor; que possamos ser reconhecidos como seus filhos, e herdemos o reino. Com estes deleites e esperanças, podemos dar as boas-vindas com alegria às circunstâncias baixas e dolorosas.



Vocês são o sal da terra. A humanidade, na ignorância e maldade, era como um monte enorme, prestes a apodrecer, mas Cristo enviou seus discípulos para sazoná-la, por suas vidas e doutrinas, com o conhecimento e a graça. Se não são como deveriam ser, são como sal que perdeu seu sabor. Se um homem pode adotar a confissão de Cristo e, contudo, permanecer sem graça, nenhuma outra doutrina, nenhum outro médio o faz proveitoso. Nossa luz deve brilhar fazendo obras tais que os homens possam vê-las. O que há entre Deus e nossas almas deve ser guardado para nós mesmos, mas o que, de si mesmo, fica aberto à vista dos homens, devemos procurar que se conforme a nossa profissão e que seja elogiável. Devemos apontar à glória de Deus.



Que ninguém ache que Cristo permite que seu povo brinque com qualquer dos mandamentos da santa lei de Deus. Nenhum pecador participa da justiça justificadora de Cristo até que se arrependa de suas más obras. A misericórdia revelada no evangelho conduz o crente a um aborrecimento de si mesmo ainda mais profundo. A lei é a regra do dever do cristão, e este se deleita nela. Se alguém que pretende ser discípulo de Cristo se permitir qualquer desobediência à lei de Deus, ou ensinar o próximo a fazê-lo, qualquer seja sua situação ou reputação entre os homens, não pode ser verdadeiro discípulo. A justiça de Cristo, que nos é imputada pela só fé, é necessária para todos os que entram no reino da graça ou da glória, mas a nova criação do coração para santidade produz uma mudança radical no temperamento e na conduta do homem.



Os mestres judeus ensinaram que nada, salvo o homicídio, era proibido pelo sexto mandamento. Assim, eliminavam seu significado espiritual. Cristo mostrou o significado completo deste mandamento; conforme ao qual devemos ser julgados no além e, portanto, deveria ser obedecido agora. Toda ira precipitada é homicídio no coração. Por nosso irmão, aqui descrito, devemos entender a qualquer pessoa, ainda que muito por embaixo de nós, pois somos todos feitos de um mesmo sangue. "Néscio" é uma palavra de zombaria que vem do orgulho; "Você é um néscio" é a palavra depreciativa que provém do ódio. A calúnia e as censuras maliciosas são veneno que mata secreta e lentamente. Cristo disse que por leves que considerassem esses pecados, certamente seriam chamados a juízo por eles. Devemos conservar cuidadosamente o amor e a paz cristãs com todos nossos irmãos; e, se em algum momento há uma briga, devemos confessar nossa falta, humilhar-nos a nosso irmão, fazendo ou oferecendo satisfação pelo mal feito de palavra ou obra; e devemos fazer isto rapidamente, pois até que não o façamos, não seremos aptos para nossa comunhão com Deus nas santas ordenanças. Quando nos estamos preparando para algum exercício religioso, bom será que façamos disto uma ocasião para refletir e examinarmos com seriedade.
O que aqui se diz é muito aplicável ao fato de sermos reconciliados com Deus por meio de Cristo. Enquanto estejamos vivos, estamos a caminho de seu trono de juízo, e depois da morte será demasiado tarde. Quando consideramos a importância do caso, e a incerteza da vida, quão necessário se torna buscar a paz com Deus sem demora!



A vitória sobre os desejos do coração deve ir acompanhada com exercícios dolorosos, mas deve ser feita. Toda coisa é dada para salvar-nos de nossos pecados, não neles. Todos nossos sentidos e faculdades devem evitar as coisas que conduzem a transgredir. Os que levam outrem z tentação de pecar, pela roupa ou em qualquer outra forma, ou os deixam nisso, ou os expõem a isso, se fazem culpados de seu pecado, e serão considerados responsáveis de render contar por isso. Se alguém se submeter às operações dolorosas para salvarmos a vida, de que deveria refrear-se nossa mente quando o que está em jogo é a salvação de nossa alma? Há doce misericórdia trás todos os requisitos divinos, e as graças e consolos do Espírito nos facultarão para satisfazê-los.



Não há razão para considerar que sejam maus os votos solenes num tribunal de justiça ou em outras ocasiões apropriadas, sempre e quando sejam formulados com a devida reverência. Mas todos os votos feitos sem necessidade ou na conversação corriqueira são pecaminosos, como assim também todas as expressões que apelam a Deus, embora as pessoas achem que assim evadem a culpa por jurar. Enquanto piores sejam os homens, menos comprometidos estão pelos votos; enquanto melhores sejam, menor necessidade há dos votos. Nosso Senhor não indica os termos precisos com que temos que afirmar ou negar, senão que o cuidado constante da verdade faz desnecessários os votos e juramentos.



A simples instrução é: Suporta qualquer injúria que possas sofrer por amor à paz, encomendando tuas preocupações ao cuidado do Senhor. O resumo de tudo é que os cristãos devem evitar as disputas e as questões. Se alguém disser que carne e sangue não podem passar por tal afronta, que se lembrem que carne e sangue não herdarão o Reino de Deus, e os que agem sobre a base dos princípios justos terão suma paz e consolo.



Os mestres judeus entendiam por "próximo" somente os que eram de seu próprio país, nação e religião, aos que se compraziam em considerar amigos. O Senhor Jesus ensina que devemos fazer toda a bondade verdadeira que pudermos para todos, especialmente por suas almas. Devemos orar por eles. Enquanto muitos devolverão bem por bem, devemos devolver bem por mal; e isto falará de um princípio mais nobre que no que se baseia a maioria dos homens para agir. Outros saúdam a seus irmãos, e abraçam os de seu próprio partido, costume e opinião, porém nós não devemos limitar assim nosso respeito.
Dever dos cristãos é desejar e apontar à perfeição, e seguir adiante em graça e santidade. Ali devemos ter a intenção de conformar-nos no exemplo de nosso Pai celestial (1 Pe 1.15-16). Seguramente se espera mais dos seguidores de Cristo que dos outros; seguramente se achará mais neles que nos outros. Roguemos a Deus que nos capacite para demonstrar-nos como filhos dEle.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 5". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/matthew-5.html. 1706.
 
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