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Sunday, December 22nd, 2024
the Fourth Week of Advent
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Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre Luke 20". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/luke-20.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre Luke 20". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-47
Lucas 20 – Pergunta e Resposta com Jesus
“Estas respostas Dele não foram réplicas afiadas de esperteza, mas sim declarações de uma sabedoria que revelaram a ignorância das perguntas”. (Morgan)
A. Os líderes religiosos questionam a autoridade de Jesus.
1. (1-2) Os líderes religiosos e políticos questionam Jesus.
Certo dia, quando Jesus estava ensinando o povo no templo e pregando as boas novas, chegaram-se a ele os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos, e lhe perguntaram: “Com que autoridade estás fazendo estas coisas? Quem te deu esta autoridade?”
a. Os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos, e lhe perguntaram: Jesus não procurou por estes debates com os líderes religiosos. Ele queria ensinar as pessoas e contá-las sobre as boas novas de Deus. Contudo, questionadores vieram até Ele e Ele os respondeu com grande sabedoria e poder.
b. Com que autoridade estás fazendo estas coisas? Jesus mostrou grande coragem ao entrar em Jerusalém ousadamente expulsando os mercadores dos pátios do templo. Agora os líderes religiosos queriam saber com que direito Jesus fazia estas coisas – especialmente porque Ele não tinha um treinamento rabínico tradicional.
i. Este não era o começo de uma suspeita oficial de Jesus pelas autoridades religiosas. Todavia, Sua purificação do templo e ensinamento público fez de Jesus uma preocupação ainda maior para eles. “O ensino, pregação de Jesus, e com certeza Sua purificação do templo (Lucas 19:45-46), foram vistas pelos oficiais como ações altamente controversas se não contraditórias”. (Pate)
2. (3-8) Jesus responde a pergunta deles com outra pergunta.
Ele respondeu: “Eu também lhes farei uma pergunta; digam-me: O batismo de João era do céu, ou dos homens?” Eles discutiam entre si, dizendo: “Se dissermos: Do céu, ele perguntará: ‘Então por que vocês não creram nele?’ Mas se dissermos: Dos homens, todo o povo nos apedrejará, porque convencidos estão de que João era um profeta”. Por isso responderam: “Não sabemos de onde era”. Disse então Jesus: “Tampouco lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas”.
a. O batismo de João era do céu, ou dos homens? Ao responder com esta pergunta, Jesus não evitou a pergunta deles. Ao invés disso, Ele usou a pergunta para explicar quem Ele é e expor a hipocrisia dos líderes. Se João veio de Deus, então ele tinha direito de proclamar Jesus como o Messias – e se isto fosse verdade, então Jesus tinha toda a autoridade.
i. “Já que João, como Jesus, não era um rabino, a resposta das autoridades com relação a um, afetaria sua resposta a respeito do outro”. (Pate)
b. Por isso responderam: “Não sabemos de onde era”: Esta resposta mostrou que eles não eram buscadores sinceros da verdade. Eles se importavam mais em vencer a discussão contra Jesus do que em saber a verdade.
i. “Se você não reconhece a autoridade quando a vê, Ele disse, com efeito, nenhuma quantidade de argumentos o convencerá sobre ela”. (Geldenhuys)
c. Tampouco lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas: Quando eles se mostraram como insinceros buscadores da verdade, Jesus se recusou a responder sua pergunta. Jesus tinha grande afeto e compaixão pelo buscador sincero da verdade, mas não por críticos sínicos e manipuladores.
i. Se nós queremos respostas de Jesus, devemos lidar corretamente com a verdade que já foi revelada. Estes homens sabiam que João disse que Jesus é o Messias, e não estavam dispostos a aceitar.
B. A Parábola dos Lavradores.
1. (9-16a) Uma parábola sobre um proprietário de terras e seus inquilinos.
Então Jesus passou a contar ao povo esta parábola: “Certo homem plantou uma vinha, arrendou-a a alguns lavradores e ausentou-se por longo tempo. Na época da colheita, ele enviou um servo aos lavradores, para que lhe entregassem parte do fruto da vinha. Mas os lavradores o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias. Ele mandou outro servo, mas a esse também espancaram e o trataram de maneira humilhante, mandando-o embora de mãos vazias. Enviou ainda um terceiro, e eles o feriram e o expulsaram da vinha. “Então o proprietário da vinha disse: ‘Que farei? Mandarei meu filho amado; quem sabe o respeitarão’. “Mas quando os lavradores o viram, combinaram entre si dizendo: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Assim, lançaram-no fora da vinha e o mataram. “O que lhes fará então o dono da vinha? Virá, matará aqueles lavradores e dará a vinha a outros”.
a. Certo homem plantou uma vinha, arrendou-a a alguns lavradores: Este tipo de acordo de arrendatários era uma prática comum nos dias de Jesus, especialmente na Galiléia. Arqueólogos descobriram registros deste mesmo tipo de disputa entre proprietários de terra e fazendeiros inquilinos.
b. Plantou uma vinha: A parábola continha mais do que uma conexão cultural; estava também enraizada no Antigo Testamento. Os primeiros ouvintes de Jesus lembrariam que a vinha foi usada no Antigo Testamento como uma figura de Israel ( Isaías 5:1-7). Nesta parábola, os inquilinos (os lavradores) representavam os líderes religiosos entre o povo judaico.
c. Arrendou-a a alguns lavradores: Os lavradores não compraram a vinha e não a plantaram. Eles foram permitidos a trabalhar nela por um generoso proprietário – contudo, se voltaram contra o proprietário e um dia eles responderiam por sua rebelião.
i. Esta parábola nos conta que Deus, o proprietário de tudo, é mais paciente com rebeldes do que nós jamais seríamos, e que haverá o dia do juízo final.
d. Que farei? Mandarei meu filho amado: O proprietário da vinha repetidamente tentou receber o que era Seu por direito da vinha e daqueles que trabalharam nela. Eles rejeitaram cada um dos três servos que ele enviou para receber o que era devido a ele, então finalmente, ele enviou seu filho amado, pensando “quem sabe o respeitarão”.
e. Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa: Os inquilinos da vinha tolamente pensaram que eles poderiam se beneficiar matando o filho que herdou ou herdaria a vinha. Eles estavam seriamente errados com essa suposição tola.
i. “Jeremias supõe que os fazendeiros podem ter presumido que pela chegada do filho, o proprietário havia morrido. Então, se eles matassem o único herdeiro, a vinha seria passada para suas mãos como primeiros requerentes”. (Pate)
ii. “Em uma época em que o título às vezes era algo incerto, qualquer um que tivesse o uso da terra por três anos presumia-se que a possuía na ausência de uma reivindicação alternativa”. (Morris)
iii. Esta parábola nos conta que Jesus sabia que Ele era o Filho – o Filho de Deus – e que Ele sabia que seria morto em breve.
2. (16b-19) Jesus aplica a parábola.
Quando o povo ouviu isso, disse: “Que isso nunca aconteça!” Jesus olhou fixamente para eles e perguntou: “Então, qual é o significado do que está escrito?
‘A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se a pedra angular.’
Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó”. Os mestres da lei e os chefes dos sacerdotes procuravam uma forma de prendê-lo imediatamente, pois perceberam que era contra eles que ele havia contado essa parábola. Todavia tinham medo do povo.
a. Que isso nunca aconteça: Os líderes religiosos entenderam a parábola imediatamente e não concordaram com Jesus que os comparou aos inquilinos rebeldes e tolos (perceberam que era contra eles que ele havia contado essa parábola).
b. A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular: Jesus os ensinou do Salmo 118, pois este Salmo descreve a vinda do Messias a Jerusalém e Jesus havia sido oficialmente apresentado a Israel na Entrada triunfal. A hostilidade dos líderes judaicos mostrou que esta pedraMessiânica estava sendo rejeitada, mesmo que inicialmente Ele tenha sido recebido com hosanas.
i. “A conexão de Jesus com o filho rejeitado e a pedra rejeitada parece sugerir que Ele está explicando a dúvida das pessoas sobre o tratamento do filho”. (Pate)
c. Pedra…pedra angular: Jesus é frequentemente comparado a uma pedra ou uma rocha na Bíblia. Ele é a rocha espiritual que seguiu Israel no deserto ( 1 Coríntios 10:4). Ele é a pedra de tropeço ( 1 Pedro 2:8). Ele é a pedra cortada sem as mãos que esmiuçou os reinos deste mundo ( Daniel 2:45).
i. A pedra angular, “designada na antiguidade como a pedra usada no canto da construção que sustenta o peso ou a tensão de duas paredes. Funcionaria meio que como uma ‘pedra central’ ou ‘cume’ em um arco ou outra forma arquitetônica. Era a pedra que era essencial ou crucial a toda a estrutura”. (Fitzmyer, citado em Pate)
d. Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó: Qualquer um que vem a Jesus será despedaçado de seu orgulho e vontade própria, mas aqueles que recusarem a vir serão esmiuçados pelo julgamento de Cristo.
C. Deus e César.
1. (20-22) Os fariseus tentam prender Jesus.
Pondo-se a vigiá-lo, eles mandaram espiões que se fingiam justos para apanhar Jesus em alguma coisa que ele dissesse, de forma que o pudessem entregar ao poder e à autoridade do governador. Assim, os espiões lhe perguntaram: “Mestre, sabemos que falas e ensinas o que é correto, e que não mostras parcialidade, mas ensinas o caminho de Deus conforme a verdade. É certo pagar imposto a César ou não?”.
a. Para apanhar Jesus em alguma coisa que ele dissesse, de forma que o pudessem entregar ao poder e à autoridade do governador: A opinião pública os impedia de parar Jesus. Agora os inimigos de Cristo tentavam mudar a opinião pública contra Ele ao fazer Jesus parecer estar do lado do governo romano.
i. Espiões: O original tem a ideia: “Eu me abaixo, para armar uma emboscada. Alguém que se agacha em algum lugar secreto para espionar, escutar, apanhar, ou machucar…Sem dúvida as pessoas mencionadas no texto eram homens de princípios mais básicos e foram contratados pelos maliciosos fariseus para fazer o que eles tentaram fazer em vão”. (Clarke)
b. Mestre, sabemos que falas e ensinas o que é correto, e que não mostras parcialidade, mas ensinas o caminho de Deus conforme a verdade: Esta foi uma tentativa obvia e desajeitada de influenciar Jesus com elogios. Eles esperavam que Jesus fosse inseguro ou tolo o suficiente para ficar impressionado com seus elogios vazios.
i. “Aqui está uma luva bonita, vestida em uma mão suja”. (Trapp)
c. É certo pagar imposto a César ou não? O dilema de Jesus com está questão era simples. Se Ele dissesse que os impostos deveriam ser pagos, Ele poderia ser acusado de negar a soberania de Deus sobre Israel (Se tornando impopular entre o povo judaico). Se ele dissesse que os impostos não deveriam ser pagos, Ele faria a Si mesmo um inimigo de Roma.
i. Roma exigia a muito tempo dos judeus da Palestina que pagassem impostos e, pelo menos desde 6 d.C., eles eram forçados a pagar impostos diretamente ao tesouro do imperador. Alguns judeus patriotas (como os Zelotes) se recusavam, não querendo reconhecer o governo de Roma como legítimo. A maioria dos outros pagava relutantemente.
2. (23-26) Jesus responde a pergunta deles.
E, entendendo ele a sua astúcia, disse-lhes: Por que me tentais? Mostrai-me uma moeda. De quem tem a imagem e a inscrição? E, respondendo eles, disseram: De César. Disse-lhes, então: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus. E não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, maravilhados da sua resposta, calaram-se.
a. Por que me tentais? Se havia alguma exasperação na voz de Jesus ao dizer isto, não era apenas de Sua parte. É fácil imaginar que Jesus pensou: “Por que vocês continuam Me testando sendo que vocês sempre perdem? Por quanto tempo vocês tentarão Me pegar desprevenido?”
b. De quem tem a imagem e a inscrição? Essencialmente, Jesus disse: “Vocês reconhecem a autoridade civil de César quando vocês usam suas moedas, portanto, vocês são obrigados a pagá-lo os impostos que ele pedir.”
i. “O denário tinha a cabeça de Tibério e a inscrição TI. CAESAR DIVI AVG. F. AVGVSTVS (César Tibério, filho do divino Augustus, Augustus). A imagem e inscrições de moedas antigas eram entendidas como um selo de propriedade; as moedas pertenciam a César”. (Pate)
ii. A lição espiritual pode ser aprendida pelo que está inscrito nas moedas emitidas pelos Estados Unidos, porque cada frase tem uma importante associação na vida Cristã.
·Em Deus nós confiamos.
·Liberdade.
·E. Pluribus Unum (De muitos, Um).
c. Então: Dai, pois, a César o que é de César: Jesus afirmou que o governo nos faz solicitações legítimas. Nós somos responsáveis para Deus em todas as coisas, mas devemos ser obedientes ao governo em assuntos civis e nacionais.
i. Pedro disse isso desta maneira: Temam a Deus. Honrem o rei ( 1 Pedro 2:17). “Jesus está dizendo que nós somos cidadãos do céus e da terra ao mesmo tempo”. (Morris)
ii. “Todo cristão tem uma dupla cidadania. Ele é um cidadão do país no qual ele vive. Ao país ele deve muitas coisas. Ele deve a segurança contra homens fora da lei o qual somente um governo estabelecido pode oferecer; ele deve todos os serviços públicos”. (Barclay)
iii. Neste comentário em Mateus 22, R.T. France nota: “Render geralmente significa ‘retribuir’ (enquanto o verbo que eles usaram no versículo 17 foi um simples ‘dar’). É o verbo para pagar uma conta ou saldar uma dívida; eles o devem a ele”.
d. E a Deus, o que é de Deus: Todos temos a imagem de Deus impressa em nós. Isto significa que pertencemos a Deus, não a César, ou nem mesmo a nós mesmos.
i. “Estabelece os limites, regula os direitos, e distingui a jurisdição dos dois impérios do céu e da terra. A imagem de príncipes estampada em suas moedas denota que coisas temporárias pertencem todas ao seu governo. A imagem de Deus estampada na alma denota que todas as suas faculdades e poderes pertencem ao Altíssimo, e deveriam ser empregadas em seu serviço.” (Clarke)
ii. Se os judeus tivessem dado a Deus o que era devido, eles nunca teriam de dar nada a César. Nos tempos do Novo Testamento, eles nunca teriam que suportar a opressão ocupadora do império romano se eles tivessem sido obedientes a sua aliança com Deus.
e. E não puderam apanhá-lo em palavra alguma: Jesus deu uma resposta sábia e apropriada a pergunta deles. No entanto, eles pegaram esta resposta perfeita e a transformaram em uma acusação em Lucas 23:2, quando acusaram Jesus de proibir pagamento de imposto a César – quando Ele na verdade disse exatamente o oposto.
D. Uma pergunta sobre a ressurreição.
1. (27-33) Os Saduceus fazem uma pergunta ridícula a Jesus.
Alguns dos saduceus, que dizem que não há ressurreição, aproximaram-se de Jesus com a seguinte questão: “Mestre”, disseram eles, “Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de um homem morrer e deixar a mulher sem filhos, este deverá casar-se com a viúva e ter filhos para seu irmão. Havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem deixar filhos. O segundo e o terceiro e depois também os outros casaram-se com ela; e morreram os sete sucessivamente, sem deixar filhos. Finalmente morreu também a mulher. Na ressurreição, de quem ela será esposa, visto que os sete foram casados com ela?”
a. Alguns dos saduceus, que dizem que não há ressurreição: Os saduceus eram uma versão antiga dos teólogos liberais modernos. Eles eram anti-supernaturalistas, aceitando apenas os cinco primeiros livros de Moisés como autênticos, e desconsiderando o que estava escrito naqueles livros quando o achavam conveniente. Eles não acreditavam em imoralidade, espíritos e anjos.
i. O nome saduceu veio do nome da família sacerdotal Zadok (como em Ezequiel 44:15); era como dizer, “Zadokenses”. Era a facção ou partido sacerdotal. (Pate)
ii. “Eles eram o partido conservador, aristocrático de sumo sacerdotes, mundanos e sempre prontos para cooperar com os romanos, que é claro, os permitiam manter seu privilégio e posição”. (Morris)
b. Havia sete irmãos: Os saduceus fizeram a Jesus uma pergunta hipotética – e ridícula – esperando mostrar que a ideia de ressurreição era absurda. Baseado em Deuteronômio 25:5-10, se um homem casado morresse sem filhos, era responsabilidade do irmão dele engravidar a viúva de seu irmão e então considerar a criança como descendente do marido falecido. Os saduceus imaginaram circunstâncias complicadas dentro desse conceito e levantaram a questão: “Na ressurreição, de quem ela será esposa?”
i. Esta prática de um cunhado casar-se com a viúva de seu irmão é conhecida como levirato. O termo vem do latim “lavir” que significa “cunhado”. Esta é a ideia especifica na questão.
ii. “Provavelmente, esta foi uma das histórias que eles tinham o hábito de contar para ridicularizar a ressurreição”. (Spurgeon)
2. (34-36) Jesus corrige seu mal-entendido sobre a vida de ressurreição mostrando que é uma vida de uma ordem totalmente diferente.
Jesus respondeu: “Os filhos desta era casam-se e são dados em casamento, mas os que forem considerados dignos de tomar parte na era que há de vir e na ressurreição dos mortos não se casarão nem serão dados em casamento, e não podem mais morrer, pois são como os anjos. São filhos de Deus, visto que são filhos da ressurreição.”
a. Não se casarão nem serão dados em casamento: Em primeiro lugar, Jesus os lembrou que vida na ressurreição é bem diferente desta vida. Ela não continua como é neste mundo, em seus arranjos, mas é uma vida com uma ordem completamente diferente.
i. Esta passagem fez muitos pensar se relacionamentos matrimoniais existirão no céu, ou se aqueles que são marido e mulher na Terra não terão nenhum relacionamento especial no céu. Não nos é dito o suficiente sobre a vida no mundo além para responder com grande detalhe, mas conseguimos entender alguns princípios.
·Relacionamentos familiares ainda serão conhecidos na vida no mundo além. O homem rico que Jesus descreveu no pós-vida estava ciente de seus relacionamentos familiares (Lucas 16:27-28).
·A glória do céu será um relacionamento e conexão com Deus que ultrapassa qualquer coisa, incluindo relacionamentos familiares atuais ( Apocalipse 21:22-23).
ii. Se parece que a vida na ressurreição da qual Jesus falou aqui não inclui alguns dos prazeres da vida que conhecemos na Terra, é apenas porque os prazeres e satisfações do céu vão muito além dos que conhecemos na Terra. Não podemos ter uma completa certeza de como será a vida na glória, mas podemos saber com certeza que ninguém será desapontado com os arranjos ( Apocalipse 22:1-5).
iii. Esta questão não é meramente teórica. Haverá muitos no céu que tiveram mais do que um cônjuge por inúmeras razões. Jesus aqui nos conta que ciúmes e exclusão não terão lugar no céu.
iv. Este entendimento Bíblico do céu é dramaticamente diferente dos sonhos mais sensuais sobre o céu, como aqueles encontrados na teologia do Islamismo e Mórmon. “Maomé, ao professar que ele mesmo tinha uma licença especial dada a ele por Deus para saber que mulher ele teria, e mandaria embora quando quisesse; então ele prometeu para todos os seus devotos e adeptos os prazeres carnais semelhantes na ressurreição”. (Trapp)
b. E não podem mais morrer, pois são como os anjos. São filhos de Deus, visto que são filhos da ressurreição: Em segundo lugar, Jesus nos lembrou de que a vida no céu é eterna e compartilha algumas características da existência que os anjos agora experimentam – apesar de que eles serão ainda maiores que os anjos, sendo chamados filhos de Deus e filhos da ressurreição. Estes títulos não são dados a seres angelicais no Novo Testamento.
i. Se não há morte na vida que há de vir, não há necessidade de procriação.
ii. O ponto mais obvio não deve ser negligenciado; Jesus disse aos saduceus que anjos são reais. “De fato, o uso dos anjos por Jesus contém um impulso duplo já que os saduceus negavam sua existência”. (Carson)
3. (37-40) Jesus prova a ressurreição usando as Escrituras.
E que os mortos ressuscitam, já Moisés mostrou, no relato da sarça, quando ao Senhor ele chama ‘Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó’. Ele não é Deus de mortos, mas de vivos, pois para ele todos vivem”. Alguns dos mestres da lei disseram: “Respondeste bem, Mestre!” E ninguém mais ousava fazer-lhe perguntas.
a. Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó: Jesus demonstrou a realidade da ressurreição usando apenas o Torá; os cinco livros de Moisés, que eram os únicos livros que os saduceus aceitavam como oficiais. Se Abraão, Isaque e Jacó não continuassem vivos na ressurreição, então Deus não poderia dizer que Ele é o Deus de Abraão, ao invés disso Ele diria: “Eu fui o Deus de Abraão”.
i. Isto nos diz empiricamente que aqueles que se foram desta vida no Senhor vivem.
·Eles vivem pessoalmente – eles ainda são indivíduos na vida que há de vir.
·Eles são mencionados por seus nomes – eles são conhecidos e não anônimos.
·Eles são livres de toda mágoa, nunca morrerão e viverão como filhos de Deus.
·Eles não estão perdidos – nós sabemos onde eles estão, e eles também sabem.
ii. “Filhos de Deus, é de suma importância que vocês pensem sobre as coisas como seu Pai pensa sobre elas; e ele disse que ‘todos vivem em Deus’. Vamos corrigir nossa fraseologia conforme a Escritura, e falar dos santos que partiram como a inspiração fala deles…em nossa família nós numeraremos irmãos e irmãs, e amigos, cujo os corpos jazem no cemitério e falaremos daqueles que cruzaram a fronteira e atravessaram o véu, como ainda um dos nossos”. (Spurgeon)
b. Ele não é Deus de mortos, mas de vivos, pois para ele todos vivem: Isto demonstra que existe uma ressurreição e vida além, apesar do que os saduceus descrentes e duvidosos pensavam e ensinavam. Jesus respondeu bem, e ambos Seus amigos e inimigos reconheceram isso.
i. “Um Deus vivo é o Deus de homens vivos; e Abraão, Isaque e Jacó ainda estão vivos”. (Spurgeon)
E. Usando a pergunta, Jesus adverte os líderes religiosos.
1. (41-44) Jesus faz uma pergunta: como pode o Messias ser ambos o Filho de Davie o Senhor de Davi?
Então Jesus lhes perguntou: “Como dizem que o Cristo é Filho de Davi?
O próprio Davi afirma no Livro de Salmos:
‘O Senhor disse ao meu Senhor:
Senta-te à minha direita
até que eu ponha os teus inimigos como estrado para os teus pés’.
Portanto Davi o chama ‘Senhor’. Então, como é que ele pode ser seu filho?”
a. Como dizem que o Cristo é Filho de Davi? Quando os escribas e fariseus e saduceus questionaram Jesus, eles queriam expô-lo ou fazê-lo cair numa cilada. Jesus não fez o mesmo com Suas perguntas a eles. Ele foi ao âmago da questão: “Vocês sabem realmente quem eu sou?”
i. Jesus testou a noção deles, de que já sabiam tudo sobre o Messias. Ele os questionou para considerarem que eles talvez não soubessem tudo sobre o Messias, e talvez tivessem algo para aprender.
b. Portanto Davi o chama ‘Senhor’. Então, como é que ele pode ser seu filho? Citando o Salmo 110:1, Jesus apontou para o fato que o Rei Davi chamou o Messias de seu Senhor. Isto significa que o Messias não é somente Filho de Davi (um título Messiânico popular), Ele também é o Senhor de Davi. Como diz em Apocalipse 22:16, Ele é ambos, a raiz e o descendente de Davi.
2. (45-47) Jesus avisa sobre a hipocrisia dos escribas.
Estando todo o povo a ouvi-lo, Jesus disse aos seus discípulos: “Cuidado com os mestres da lei. Eles fazem questão de andar com roupas especiais, e gostam muito de receber saudações nas praças e de ocupar os lugares mais importantes nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações. Esses homens serão punidos com maior rigor!”
a. Eles fazem questão de andar com roupas especiais: Os escribas eram homens do prazer, que gostavam de assistir os outros trabalhando. Gostam muito de receber saudações: Eles exigiam reconhecimento dos outros por sua posição com Deus. Os lugares mais importantes: Eles demandavam os benefícios especiais do status e privilégio.
b. Devoram as casas das viúvas: Talvez os escribas fingissem ajudar as viúvas, e ao invés disso, usavam sua posição de confiança para roubá-las. Talvez eles recebessem presentes de viúvas bem-intencionadas e os administravam mal. Talvez eles solicitassem presentes de viúvas com falsas promessas.
i. Naqueles dias, um professor judaico não podia ser pago por ensinar – mas ele podia receber presentes. Aparentemente, muitos escribas usavam lisonja e manipulação para ganhar grandes presentes daqueles que menos podiam pagar para dá-los – como as viúvas.
ii. Muitos judeus do tempo de Jesus ensinavam que professores deviam ser respeitados quase como Deus; eles diziam que eles mereciam mais honra e respeito do que qualquer outra pessoa em vida merecia. Eles ensinavam que o maior ato que alguém podia fazer era dar dinheiro a um professor. É claro que eram os próprios professores que ensinavam isso!
c. Para disfarçar, fazem longas orações: Os escribas pensavam que eles eram mais espirituais porque faziam longas orações. Mas Morgan disse corretamente que quando um homem está longe de sua esposa, e a jornada é curta, as cartas são curtas – mas quanto mais longe ele está de sua esposa, mais longas as cartas se tornarão. Morgan disse que algumas pessoas devem estar bem longe de Deus porque suas orações são tão longas!
d. Esses homens serão punidos com maior rigor! Os escribas representam um contraste completo da figura de como um discípulo deveria viver – como um servo, como uma criança, como alguém carregando uma cruz. Jesus disse que nós deveríamos observar o que eles fazem, assim como o que eles dizem – e especialmente que nós deveríamos compreender o destino deles.
i. Os escribas eram experts em projetar uma imagem religiosa, porém uma imagem religiosa diante de homens não é o que Deus procura em nós. Deus está preocupado com nossa realidade religiosa, não com a imagem.