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Monday, July 21st, 2025
the Week of Proper 11 / Ordinary 16
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Bible Commentaries
Comentário BÃblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domÃnio público e são derivados de uma edição eletrônica disponÃvel no site "Enduring Word".
Esses arquivos devem ser considerados domÃnio público e são derivados de uma edição eletrônica disponÃvel no site "Enduring Word".
Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre John 15". "Comentário BÃblico Enduring Word". https://studylight.org/commentaries/por/tew/john-15.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre John 15". "Comentário BÃblico Enduring Word". https://studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-27
João 15 â O Jesus em Partida Ensina a Seus DiscÃpulos sobre a Vida Nele
âDeve ocorrer a todos que leem estes discursos preservados por João o quão simples o texto parece e ainda assim o quão transcendente é o pensamento quando é até mesmo vagamente compreendido. João está navegando de vento em poupa: nós estamos? à a comida mais forte na BÃbliaâ (Trench)
A. Se relacionando a Jesus quando Jesus parte.
1. (1-3) Jesus como a videira verdadeira.
âEu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado.â
a. Eu sou a videira verdadeira: Este era um sÃmbolo familiar. Deus repetidamente usou uma videira como um sÃmbolo de seu povo nas Escrituras Hebraicas (um exemplo é o Salmo 80:8-9). Contudo, ela era frequentemente usada em um sentido negativo (como em IsaÃas 5:1-2, 7 e Jeremias 2:21). Apenas na semana anterior Jesus publicamente ensinou sobre Israel sendo como um vinhedo na Parábola dos Lavradores (Mateus 21:33-44).
i. Jesus falou isto aos Seus discÃpulos provavelmente enquanto eles estavam de pé na câmara superior e preparados para sair. Ele usou a figura de uma videira porque havia videiras por todo lugar na Israel antiga. Também havia uma grande videira dourada colocada como uma decoração proeminente na frente do templo comunicando a ideia de que Israel era a videira de Deus. Do mesmo modo, âa videira também era um sÃmbolo reconhecido do Messias.â (Dods)
ii. Em contraste, Jesus é a videira verdadeira. Devemos estar enraizados Nele (não em Israel) se quisermos dar frutos para Deus. Na comunidade da Nova Aliança nossa primeira identificação está no próprio Jesus Cristo, não em Israel e nem mesmo na igreja como é.
iii. Das muitas imagens do relacionamento entre Deus e Seu povo, a imagem da videira e ramo enfatiza a completa dependência e a necessidade de conexão constante. O ramo depende da videira até mais do que as ovelhas dependem do pastor ou a criança depende do pai. Como Jesus estava para partir de Seus discÃpulos, este foi um encorajamento importante. Ele permaneceria unido a eles e eles a Ele exatamente como os ramos estão conectados à videira principal.
b. E meu Pai é o agricultor: No uso da videira como uma imagem de Israel no Antigo Testamento, Deus Pai também era apresentado como Aquele que cultivava e cuidava da videira. Deus preenche este papel também para o crente na Nova Aliança.
i. O participante da Nova Aliança tem relacionamento com ambos, o Pai e o Filho; com ambos a videira em si e o agricultor.
c. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta: Os ramos que são cortados nunca permaneceram adequadamente a videira, demonstrado pelo fato de que eles não deram fruto.
i. Há uma compreensão alternativa desta passagem que merece uma consideração. James Montgomery Boice (entre outros) acredita que o antigo verbo grego airo, traduzido para corta se traduz mais precisamente como levanta. A ideia é que o Pai levanta videiras improdutivas do solo (como era comum nas práticas antigas de se cuidar da vinha). Aqueles que cuidam de videiras antigas fizeram questão de levantá-las do chão para que elas pudessem pegar mais sol e dar melhores frutos.
ii. âO verbo traduzido para âcortaâ (aireo) significa literalmente âlevantarâ ou âremoverâ; o segundo, âpodaâ (kathaireo), um composto do primeiro, que significa âlimparâ ou âpurificarâ.â (Tenney)
d. Todo que dá fruto ele poda: A palavra para poda é a mesma palavra traduzida para purificar em outros lugares. A mesma palavra poderia se aplicar para âpodandoâ ou para âpurificandoâ no grego. O agricultor poda a videira que dá frutos para que ela dê mais frutos.
i. âDeixada sozinha uma videira produzirá uma boa quantidade de crescimento improdutivo. Para a máxima frutificação a poda extensiva é essencial.â (Morris)
ii. âA madeira morta é pior do que a infrutÃfera, pois a madeira morta pode abrigar doença e podridão⦠Deus remove a madeira morta de sua igreja e disciplina a vida do crente para que seja direcionada a uma atividade frutÃfera.â (Tenney)
iii. âE se for doloroso sangrar, pior é apodrecer. Melhor ser podado para crescer do que cortado para queimar.â (Trapp)
e. Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado: O trabalho de podar, de purificar, já havia começado nos onze discÃpulos com quem Jesus falava. Eles haviam ouvido e recebido muito de Seu ensinamento e estavam em algum sentido já⦠limpos, pela palavra.
i. Ao falar já estão limpos, Jesus repetiu uma ideia de mais cedo naquela noite: de que há uma purificação inicial e então uma purificação contÃnua (João 13:10).
ii. A palavra de Deus é um agente purificador. Ela condena o pecado, inspira santidade, promove crescimento e revela o poder para a vitória. Jesus continua a lavar seu povo por meio da palavra ( Efésios 5:26).
iii. âA maneira pela qual a poda ou purificação é feita é pela Palavra de Deus. Ela condena o pecado; inspira santidade; promove crescimento. Quando Jesus aplicou as palavras que Deus deu a ele nas vidas dos discÃpulos, eles passaram pelo processo de poda que removeu o mal deles e os condicionou para mais serviço.â (Tenney)
2. (4-5) O relacionamento vital entre o ramo e a videira.
âPermaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.â
a. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês: Jesus enfatizou um relacionamento mútuo. Não é que apenas o discÃpulo permanece no Mestre; o Mestre também permanece no discÃpulo. Algo sobre este relacionamento próximo é descrito no Cântico de Salmos 6:3: Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu.
i. Jesus usou esta imagem parar assegurar aos seus discÃpulos da conexão e relacionamento contÃnuos embora ele estivesse para partir deles. Ainda assim ele falou isso de uma maneira que também indicou um aspecto de escolha da parte deles. Permanecer era algo que eles devem escolher.
ii. âQuando nosso Senhor diz: Permaneçam em mim, ele está falando sobre a vontade própria, sobre as escolhas, as decisões que tomamos. Devemos decidir fazer as coisas que nos expõem a ele e nos mantém em contato com ele. Isso é o que significa permanecer nele.â (Boice)
b. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira: à impossÃvel para o ramo dar uvas se não estiver conectado à videira. O discÃpulo não pode fazer o verdadeiro bem por Deus e Seu reino se ele não se conectar conscientemente e permanecer em Jesus.
i. âToda a nossa seiva e segurança vem de Cristo. O broto de um bom desejo, o desabrochar de uma boa resolução e o fruto de uma boa ação, tudo vem dele.â (Trapp)
c. Eu sou a videira; vocês são os ramos: Jesus talvez falou dessa maneira porque talvez eles estavam tão acostumados a pensar em Israel como a videira e pensavam principalmente em termos de sua conexão a Israel. Eles agora tinham que pensar em Jesus como a videira e enfatizar sua conexão com Ele.
d. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto: Dar fruto é inevitável ao permanecer. A qualidade e quantidade do fruto pode ser diferente, mas a presença do fruto será inevitável.
i. O propósito do ramo é dar fruto. Embora haja usos para as folhas da uva, as pessoas não cultivam videiras para olhar para as folhas bonitas. Elas se dão ao trabalho de cultivar, plantar, regar e cuidar das videiras para que o fruto possa ser apreciado. Neste sentido, podemos dizer que o fruto representa o caráter cristão (assim como o fruto do EspÃrito em Gálatas 5). A obra de Deus em nós e nossa conexão a Ele deveria ser evidente pelo fruto, e talvez por muito fruto.
ii. Fruto também implica uma reprodução inerente. Virtualmente cada pedaço do fruto contém sementes dentro dele, sementes que têm o propósito de reproduzir mais fruto.
iii. O conceito de permanecer não é restrito ao nosso permanecer em Jesus; também inclui a permanência Dele em nós (e eu nele). à uma dinâmica mútua que espera que nossa vida tenha de maneira espiritual e prática uma conexão vital com Jesus, e que espera que Ele habite em nós de uma maneira ativa e real. De jeito nenhum a responsabilidade de permanecer está apenas no crente.
e. Sem mim vocês não podem fazer coisa alguma: Não é que os discÃpulos não poderiam fazer nenhuma atividade sem Jesus. Eles podiam ser ativos sem Ele, como eram os inimigos de Jesus e muitos outros. Contudo, eles e nós não poderÃamos fazer coisa alguma de valor verdadeiro e eterno sem Jesus.
i. âO âEu souâ sai na palavra pessoal âmimâ, e a reivindicação de todo o poder revela o Onipotente. Essas palavras significam Divindade ou nada.â (Spurgeon)
ii. âà apenas pela união com ele que qualquer ramo pode dar fruto: uma vez que esta união é quebrada, a seiva não flui mais; e fruto naquele ramo não é mais possÃvel, embora os restos da seiva que estão nele possam ser suficientes para crescer folhas e então por um tempo dar o semblante de vida.â (Trench)
iii. âPaulo não usa o idioma joanino, mas ele expressa a mesma verdade quando diz, âjá não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mimâ ( Gálatas 2:20), e âtudo posso naquele que me fortaleceâ ( Filipenses 4:13).â (Bruce)
iv. ââSem mim você não pode fazer nadaâ; se isto é verdade dos apóstolos, é muito mais dos opositores! Se seus amigos não podem fazer nada sem ele, tenho certeza de que seus inimigos não podem fazer nada contra ele.â (Spurgeon)
3. (6-8) O preço de não permanecer e a promessa para aqueles que permanecem.
âSe alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discÃpulos.â
a. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca: Jesus alertou Seus discÃpulos que falhar em permanecer significa que a vida falha. O ramo só possui vida enquanto está conectado ao tronco da videira; um discÃpulo vive apenas espiritualmente enquanto estiver conectado ao Mestre.
i. Estes verbos descrevem uma progressão para aquele que não permanece: expulso, murcho, recolhido, jogado e queimado. Como em outras parábolas, a imagem que Jesus usou aqui não tinha a intenção de descrever todo um sistema teológico. Contudo, a progressão descrita é um aviso sóbrio e significativo do perigo de não permanecer.
ii. A frase que Jesus usou aqui foi importante. Ele não disse que se alguém não der fruto ele será expulso. Ele disse que se alguém não permanecer em mim⦠é jogado fora. Ele sabe quem permanece e quem não permanece, e isso não pode ser perfeitamente discernido pela nossa estimativa externa de fruto.
b. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo: O ramo sem vida não dá frutos e mesmo sua madeira não serve para nada além de queimar. Esta referência de queimar e fogo levanta a associação de punição na próxima vida e alerta sobre as grandes consequências de falhar ao permanecer.
i. Pensamos em como essas palavras impactariam os onze discÃpulos que as escutaram primeiro. Jesus disse a eles que partiria; contudo, eles não seriam desconectados Dele. A obra do EspÃrito Santo enviado pelo Pai, seria mantê-los conectados a Jesus. Se eles fossem desconectados dele, estariam arruinados â talvez como Judas estava.
ii. Esta passagem é interpretada de pelo menos três maneiras com relação a segurança da posição do discÃpulo professado em Jesus.
·A primeira visão acredita que ramos jogados fora são aqueles que, embora crentes verdadeiros, acabam no inferno pela falha em permanecer e falta de frutos. Eles já foram discÃpulos, mas agora estão jogados fora.
·A segunda visão é de que ramos jogados fora são aqueles que só pareciam ser discÃpulos e que nunca realmente permaneceram em Jesus, e por isso vão para o inferno (como Judas).
·A terceira visão enxerga os ramos jogados fora como discÃpulos infrutÃferos que vivem vidas desperdiçadas que são de fato queimadas, e esta passagem não se refere ao seu destino eterno (como Ló, sobrinho de Abraão).
iii. A ênfase parece clara: não há discÃpulos verdadeiros que não permaneçam. o ramo deve permanecer conectado à videira ou não tem vida e nem um bem duradouro.
iv. Sãoâ¦queimados: âNão, âé⦠queimadoâ, em algum sentido de ser consumido; âe deve queimarâ, como Luther o traduz.â (Alford)
c. Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido: Jesus conecta o princÃpio de permanecer a duas ideias anteriormente mencionadas na conversa da câmara superior.
·Minhas palavras permanecerem em vocês: Jesus conectou permanecer a ideia de fidelidade as Suas palavras, como anteriormente mencionado em João 14:23-24.
·Pedirão o que quiserem: Jesus conectou permanecer a ideia de oração atendida, como anteriormente mencionado em João 14:13-14. âa oração vem espontaneamente daqueles que permanecem em Jesusâ¦A oração é a efusão natural de uma alma em comunhão com Jesus.â (Spurgeon)
i. Permanecer em Jesus significa permanecer em Suas palavras, e fazer Suas palavras viverem no discÃpulo. âNão deverÃamos subestimar a importância da referência ao âminhas palavrasâ. O ensinamento sobre Cristo é importante e não é facilmente passado adiante no interesse de promover sentimentos religiosos.â (Morris)
ii. âA conexão é mantida pela obediência e oração. Permanecer em Cristo e permitir que suas palavras permaneçam em si mesmo significa uma aceitação consciente da autoridade da sua palavra e um contato constante com ele através da oração.â (Tenney)
iii. Este discÃpulo fiel que permanece deveria esperar a oração atendida como parte de seu relacionamento com Jesus. Uma falha em ver a oração atendida significa que algo não está certo no relacionamento do discÃpulo. Talvez algo não esteja certo na permanência e as orações estão erradas e não atendidas. Talvez algo não esteja certo no pedido e não há percepção do que Jesus quer fazer em Seu discÃpulo e através dele.
iv. E lhes será concedido: âSe torna seguro para Deus dizer a alma santificada: âPeça o que quiseres, isso será feito em vocêâ. Os instintos celestiais daquele homem o conduzem corretamente; a graça que está dentro de sua alma derruba todas as cobiças e desejos imundos, e sua força de vontade é a sombra real da vontade de Deus. A vida espiritual é mestra nele e suas aspirações também são santas, celestiais e divinas.â (Spurgeon)
d. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto: O propósito de dar frutos é trazer glória a Deus, não ao discÃpulo. Um ramo que dá muito fruto traz honra a aquele que cuida da videira e um discÃpulo que dá muito fruto em um sentido espiritual traz honra a Deus.
i. âRamos e aglomerados não possuem busca própria, nenhum objetivo fora da videira e da glória do Lavrador: todos os outros objetivos são jogados fora como indignos.â (Trench)
ii. Meu Pai é glorificado pelo fato: âOu, honrado. à a honra do lavrador ter videiras boas, fortes e vigorosas, abundantemente carregadas de frutos: assim também é a honra de Deus de ter filhos fortes, vigorosos e santos, inteiramente livres do pecado e perfeitamente cheios com seu amor.â (Clarke)
iii. A verdadeira fecundidade só é determinada por um longo perÃodo de tempo. âA conversão genuÃna não é medida pela decisão apressada, mas pela fecundidade de longo alcance.â (Erdman) Este princÃpio é demonstrado na Parábola do Semeador (Mateus 13).
4. (9-11) A ligação entre o amor e a obediência.
âComo o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.â
a. Como o pai me amou, assim eu os amei: Jesus de forma deliberada amou Seus discÃpulos de acordo com a maneira que Deus Pai O amou. Nós sabemos que Jesus amou Seus discÃpulos ensinando-os, protegendo-os, guiando-os, servindo-os sacrificialmente e usando Seu poder e autoridade para fazer estas coisas. De certa maneira, o Pai também fez todas estas coisas por Jesus e Jesus as fez pelos discÃpulos seguindo esse modelo.
i. O amor de Jesus por Seus discÃpulos é tão extraordinário, que essa é a analogia ou ilustração que Ele deve fazer. Ele não disse: âEu amo vocês como uma mãe ama seu bebêâ, ou: âEu amo vocês da maneira que o marido ama a sua esposaâ, ou: âEu amo vocês da maneira que um soldado ama seu companheiroâ, ou mesmo: âEu amo vocês da maneira que um viciado ama sua droga.â A única maneira em que ele podia pintar a figura era usar o amor do Pai pelo Filho.
ii. Como o pai me amou, assim eu os amei: âIsto certamente é a palavra superlativa de Cristo com relação ao Seu amor pelos Seus. Não deixa nada mais a ser dito. O que o amor do Pai é para o Filho, quem pode dizer? A própria sugestão enche a alma com a sensação de profundidades profundas que não podem ser sondadas.â (Morgan)
iii. O Pai amou o filho com um amor:
·Que não tem começo.
·Que não tem fim.
·Que é Ãntimo e pessoal.
·Que é sem medida.
·Que é imutável.
b. Permaneçam no meu amor: Não há um único caminho para descrever a natureza e caráter de Cristo. Ele é cheio de poder, sabedoria, verdade, santidade, devoção, submissão e dezenas de outras qualidades. De todas estas a enfatizar, Jesus disse permaneçam no meu amor. Quando o discÃpulo permanece conectado ao amor de Jesus o relacionamento permanece forte.
i. Permanecerão no meu amor: âObserve que isso é feito como uma explicação dos meios de permanecer em Seu amor. Esta não é uma experiência mÃstica. à obediência simples. à quando um homem obedece aos mandamentos de Cristo que ele permanece no amor de Cristo.â (Morris)
c. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor: Novamente, Jesus conectou o verdadeiro discipulado com a obediência à Sua ordem e honrando Sua palavra. Jesus cumpriu isso em relação ao Seu Pai; o discÃpulo deve cumpri-lo em relação a Jesus.
i. Como observado anteriormente (João 14:15) o que Jesus fez e ensinou aquela noite na câmara superior enfatizou os mandamentos de Jesus principalmente no amor aos condiscÃpulos, serviço sacrificial aos condiscÃpulos e amor confiante por Deus Pai e Jesus Filho.
d. Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa: Quando o discÃpulo falha em permanecer no amor de Jesus e por isso falha ao obedecer a Seus mandamentos, esse discÃpulo não experimentará a plenitude da alegria que Jesus prometeu a aqueles que permanecem em Seu amor e obediência.
i. âNinguém é mais miserável do que o cristão que por um tempo se esquiva de sua obediência. Ele não ama o pecado o suficiente para desfrutar de seus prazeres e não ama a Cristo o suficiente para saborear a santidade. Ele percebe que sua rebelião é inÃqua, mas a obediência parece desagradável. Ele não se sente mais em casa no mundo, mas sua memória das suas associações passadas e as letras tentadoras de sua música antiga o impedem de cantar com os santos. Ele é um homem digno de pena; e ele não pode permanecer para sempre ambivalente.â (Carson)
e. Que a minha alegria esteja em vocês: A alegria de Jesus não é a mesma do que a que é comumente compreendida como felicidade ou entusiasmo. A alegria de Jesus não é o prazer de uma vida tranquila; é a alegria de estar reto com Deus e conscientemente caminhando em Seu amor e cuidado. Podemos ter essa alegria â podemos ter Sua alegria â e tê-la como uma presença permanente.
i. Minha alegria: âNão âalegria em relação a mimâ, nem âalegria derivada de mimâ, nem âminha alegria sobre vocêâ, mas minha alegria, propriamente falando⦠Sua própria exultação santa, a alegria do filho na consciência do amor de Deus.â (Alford)
ii. Quando Jesus falou de Sua alegria, âninguém jamais perguntou a Ele o que quis dizer. Eles não olharam um para o outro com perplexidade. Para eles parecia inteiramente natural que o Mestre deveria fazer referência ao Seu contentamento. Disso entendemos que a alegria de Cristo era algo com que eles estavam perfeitamente familiarizados.â (Morrison)
f. A alegria de vocês seja completa: Este é o resultado da permanência e obediência no amor de Jesus fluindo desse relacionamento permanente.
i. A alegria de vocês seja completa: âOu, completo-plhrwyh, repleto: uma metáfora tirada de um recipiente, no qual a água ou qualquer outra coisa é derramada, até que esteja cheio até a borda. A religião de Cristo expulsa toda a miséria do coração daqueles que a recebem em sua plenitude. Foi para expulsar a miséria do mundo que Jesus veio a ele.â (Clarke)
ii. âDeus criou seres humanos, como ele criou suas outras criaturas, para serem felizes. Elas são capazes de felicidade, elas estão em seu elemento certo quando estão felizes; e agora que Jesus Cristo veio para restaurar as ruÃnas da Queda, ele tem que trazer de volta para nós a antiga alegria, â Só que ela deve ser ainda mais doce e profunda do que poderia ter sido se nós nunca a tivéssemos perdido.â (Spurgeon)
B. Se relacionando um com o outro quando Jesus parte.
1. (12-15) Jesus fala da extensão do Seu amor que eles devem imitar.
âO meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido.â
a. Amem-se uns aos outros como eu os amei: Enquanto Jesus falava estas palavras aos discÃpulos quando eles estavam de pé na câmara superior, tendo se levantado da mesa, temos a sensação da ênfase criada pela repetição. Jesus realmente se importava que Seus discÃpulos amem-se uns aos outros, e que eles o façam de acordo com a medida e qualidade do Seu amor por eles.
i. âTalvez eles esperassem instruções minuciosas e detalhadas como as que haviam recebido quando foram enviados pela primeira vez (Mateus 10). Em vez disso, o amor deveria ser seu guia suficiente.â (Dods)
ii. âNós somos enviados ao mundo para amar uns aos outros. Ãs vezes vivemos como se fôssemos enviados ao mundo para completar uns aos outros ou para disputar uns com os outros, ou até mesmo para brigar uns com os outros.â (Barclay)
iii. Como eu os amei: âSeu amor foi imediatamente a fonte e medida deles.â (Dods)
iv. âUnião em vez de rivalidade, confiança em vez de desconfiança, obediência em vez de arrogância devem governar as obras comuns dos discÃpulos.â (Tenney)
v. O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei: âTão profundamente este mandamento ficou gravado no coração deste Evangelista que São Jerônimo diz, lib. Iii. C. 6, Com. Ad Galat., que em sua extrema idade avançada, quando ele costumava ser carregado para as reuniões públicas dos crentes, suas palavras constantes eram: Filhinhos, amem-se uns aos outros. Seus discÃpulos, no mÃnimo cansados com a constante repetição das mesmas palavras perguntaram a ele por que ele dizia constantemente a mesma coisa. âPorque (disse ele) é o mandamento do Senhor e a observação dele por si só é suficienteâ.â (Clarke)
b. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos: Jesus descreveu a medida e qualidade do Seu amor por eles para usarem como um modelo para a maneira com que deveriam amar uns aos outros. O amor Dele é completo e de grandeza insuperável, dando sua vida.
i. âNenhum homem pode carregar seu amor para o seu amigo mais longe do que isso: pois, quando ele dá sua vida, ele dá tudo o que possui. Esta prova do meu amor por você eu darei em poucas horas; e a doutrina que eu recomendo a você eu irei exemplificar em pessoa.â (Clarke)
c. Eu os tenho chamado amigos: Jesus descreveu a medida e qualidade de seu amor por eles como um amor que trata servos como amigos. No relacionamento entre um discÃpulo e seu rabino daquele tempo, não era esperado que fosse uma amizade. Contudo, Jesus o rabino chamou Seus discÃpulos, Seus servos de amigos.
i. No pensamento do mundo antigo um escravo podia ser uma ferramenta útil e confiável, mas nunca poderia ser pensado como um parceiro. Era possÃvel que um escravo e um amigo pudessem ser de ajuda similar, mas um amigo podia ser um parceiro no trabalho de uma maneira que o escravo nunca poderia.
ii. âJohn Wesley, relembrando sua conversão anos mais tarde, a descreveu como uma época em que ele trocou a fé de um servo pela fé de um filho.â (Bruce)
d. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno: Eles eram amigos porque eram obedientes (embora não de maneira perfeita). Amizade com Jesus não pode ser desconectada da obediência aos Seus comandos.
i. âEla deve ser uma obediência ativa, observe isso. âVocês são meus amigos se vocês fizerem tudo o que eu lhes comandarâ. Alguns pensam que é suficiente evitar o que ele proÃbe. Abstinência do mal é uma grande parte da retidão, mas não é o suficiente para uma amizade.â (Spurgeon)
e. Eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido: Eles eram amigos porque Jesus não manteve segredos deles, mas revelou abertamente o que Ele havia recebido de Deus Pai.
i. âO amigo é um confidente que compartilha o conhecimento do propósito do seu superior e voluntariamente o adota como seu próprio.â (Tenney)
2. (16-17) Escolhidos para dar frutos e amar uns aos outros.
âVocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome. Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros.â
a. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi: Jesus apenas falou sobre grande privilégio para os discÃpulos â amizade com o Mestre, oração atendida, dando muitos frutos, conhecendo coisas vindas do Pai. Os discÃpulos deveriam valorizá-las sem se tornar orgulhosos como se eles tivessem as merecido. Elas estavam todas enraizadas no fato de que Jesus os escolheu, não de que eles O escolheram.
i. âEstamos em Cristo, não porque O seguramos, mas porque Ele nos segura.â (Meyer)
ii. âNão foram eles que O escolheram, como era normalmente o caso quando discÃpulos se juntavam a um determinado rabino. Estudantes pelo mundo se deleitam ao buscar o mestre de sua escolha e se juntar a ele. Porém os discÃpulos de Jesus não tomaram a iniciativa. Pelo contrário, foi Ele que os escolheu.â (Morris)
iii. Para irem e darem fruto: âA palavra irem provavelmente meramente expressa a atividade de viver e desenvolver princÃpios; não as jornadas missionárias dos Apóstolos, como alguns a tem explicado.â (Alford)
b. Mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça: Jesus escolhe discÃpulos não simplesmente para que eles tenham a emoção de saber que são escolhidos, mas para eles darem frutos que permaneçam, para a glória de Deus Pai.
i. âMuito de seus frutos serão necessariamente a vitória dos outros para Cristo: mas essa não é a ideia proeminente aqui.â (Alford)
c. O que pedirem: Novamente, Jesus conectou dar frutos com a oração atendida. Quando Ele os deixasse, sua experiência de pedir e receber não acabaria, mas mudaria, e Jesus preparou Seus discÃpulos para isso.
d. Amem-se uns aos outros: Novamente, Jesus comandou amor entre seus discÃpulos. Quando Ele os deixasse, eles não devem se separar ou se virar um contra o outro, e Jesus os preparou para permanecerem juntos e amar uns aos outros.
C. Se relacionando com o mundo quando Jesus parte.
1. (18-20) O mundo pode rejeitar os discÃpulos por causa de quem são.
âSe o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia. Lembrem-se das palavras que eu lhes disse: Nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão vocês. Se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à de vocês.â
a. Se o mundo os odeia: Jesus falou para os discÃpulos que o mundo por muitas vezes iria odiá-los. Tão maravilhosos quanto Jesus e Sua mensagem eram, eles deveriam esperar ser rejeitados quando Jesus partisse, assim como eles frequentemente tinham oposição quando Jesus estava com eles.
i. Os discÃpulos com quem Jesus conversou aquela noite conhecem o ódio do mundo. Eles foram perseguidos e todos eles morreram como mártires no nome de Jesus, exceto por João â a quem tentaram matar, mas ele milagrosamente não morreria em suas mãos.
ii. Os primeiros cristãos conheceriam o ódio do mundo. âTácito falou sobre as pessoas que âos odiavam por seus crimes, a quem a multidão chama de cristãosâ. Suetônio havia falado sobre âuma raça de homens que pertencem a uma nova a maligna superstiçãoâ.â (Barclay)
iii. âà um fato estranho que o mundo em breve justificaria sua hostilidade a eles inserindo neles a iniciativa do ódio. A mais antiga referência existente aos cristãos na literatura pagã os acusa de âódio à raça humanaâ.â (Tácito, Anais, 15.44.5). (Bruce)
iv. Cristãos através dos séculos conheceram o ódio do mundo e milhões morreram por Jesus. à dito que mais morreram como mártires por Jesus no século 20 do que em todos os séculos anteriores juntos.
v. âNão é à toa que os discÃpulos devem ser conhecidos por seu amor, e o mundo por seu ódio.â (Morris)
b. Tenham em mente que antes me odiou: Jesus esperou confortar os discÃpulos com o conhecimento de que o ódio do mundo era primeiro direcionado a Ele. Jesus atraiu atenção das grandes multidões e devoção de indivÃduos de todos os tipos; contudo, como um todo, o mundo odiou Jesus.
i. Tenham em mente: âTenham em mente também pode ser lido como um imperativo saibam vocês. O sentido é, portanto, ou âfiquem cientesâ ou âtenham certezaâ, para que (em ambas as interpretações) o ódio do mundo por eles não os tome de surpresa.â (Tasker)
ii. Me odiou: âO tempo perfeito do verbo âodiarâ (memiseken) implica que o ódio do mundo é uma atitude fixa em relação a ele â uma atitude que se estende aos seus discÃpulos também.â (Tenney)
iii. Quando Jesus falou com Saulo de Tarso na estrada para Damasco, Ele perguntou a Saulo: Por que você me persegue? ( Atos 9:4) âO Senhor que foi pessoalmente perseguido na terra continuava a ser perseguido, até mesmo em sua exultação, na pessoa de seus seguidores perseguidos.â (Bruce)
iv. Me odiou: âEle e o mundo são antagônicos. O mundo fica contente em esquecer Deus: Ele veio trazer os homens de volta para Deus.â (Trench)
c. Todavia, vocês não são do mundo: Jesus disse isso tanto como um fato quanto como uma explicação. Isso explicou ainda mais por que o mundo odiaria os discÃpulos de Jesus. Também devia ser uma descrição factual dos discÃpulos â que em muitos aspectos eles eram diferentes do mundo.
i. Mas eu os escolhi, tirando-os do mundo: âO ódio do mundo, em vez de ser deprimente, deveria ser estimulante, como evidência e garantia de que eles foram escolhidos por Cristo.â (Dods)
d. Se me perseguiram, também perseguirão vocês: Jesus foi em grande parte perseguido pela instituição religiosa, que principalmente refletia os valores e objetivos do mundo em oposição a Deus. Você pode ser religioso e muito bem fazer parte do mundo.
i. Se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à de vocês: âA força da causa perdida neste versÃculo é bem destacada por Knox: âEles prestarão a mesma atenção à s suas palavras que à s minhas; ou seja, nenhumaâ.â (Tasker)
2. (21-25) O mundo pode rejeitar os discÃpulos por causa de quem Jesus é.
âTratarão assim vocês por causa do meu nome, pois não conhecem aquele que me enviou. Se eu não tivesse vindo e lhes falado, não seriam culpados de pecado. Agora, contudo, eles não têm desculpa para o seu pecado. Aquele que me odeia, também odeia o meu Pai. Se eu não tivesse realizado no meio deles obras que ninguém mais fez, eles não seriam culpados de pecado. Mas agora eles as viram e odiaram a mim e a meu Pai. Mas isto aconteceu para se cumprir o que está escrito na Lei deles: âOdiaram-me sem razãoâ.â
a. Pois não conhecem aquele que me enviou: Se as pessoas não conhecem Deus como ele realmente é, elas frequentemente atacam e perseguem aqueles que representam Deus de alguma maneira. Isso deveria causar simpatia nos perseguidos pelos seus perseguidores.
i. âHomens podem preferir evoluir uma ideia de seu Pai universal, mas a ideia deles terá sua própria cor e a cor de sua Era. A única ideia verdadeira Dele deve ser vinda do Filho.â (Trench)
b. Agora, contudo, eles não têm desculpa para o seu pecado: Porque Jesus veio e falou com o mundo, eles conheceram algo de Deus que eles não conheciam antes. Isso os deixou sem desculpa para odiar e rejeitar Jesus e Seu Pai no céu. Jesus de fato realizou no meio deles obras que ninguém mais fez, e eles ainda O odiaram e O rejeitaram.
i. Lhes falado⦠realizado no meio deles obras: âPor ambas, sua vida e suas palavras, ele repreende o pecado humano e o condena. Ele descobre a corrupção e hipocrisia internas dos homens e eles reagem violentamente à divulgação.â (Tenney)
ii. Lhes falado⦠realizado no meio deles obras: âEntão Ele coloca diante de nós duas formas de Sua manifestação da natureza divina, pelas Suas palavras e Suas obras. Dessas duas ele coloca suas palavras em primeiro lugar, como sendo uma revelação mais profunda, mais preciosa e brilhante do que Deus é do que são seus milagres.â (Maclaren)
c. Odiaram-me sem razão: Jesus citou esta frase do Salmo 69:4 (e possivelmente do Salmo 35:19) para mostrar o precedente da Escritura e cumprimento profético de que não havia uma causa justa para o mundo odiar Jesus e Seu pai como odiava.
i. âSeu ódio irracional tanto Dele mesmo quanto de seu Pai é inexplicável exceto como uma corroboração da verdade das palavras do salmista: que sem razão me odeiam (Salmo 35:19, 69:4).â (Tasker)
ii. âA ironia de sua citação é clara: os homens que posavam como os campeões da Lei estavam cumprindo a profecia com relação aos inimigos do servo de Deus.â (Tenney)
iii. Como os discÃpulos de Jesus esperavam alguma medida de ódio e rejeição do mundo, eles deveriam viver de uma maneira que também é sem razão. Pedro comunicou um pouco do seu coração em sua carta: se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês, pois o EspÃrito da glória, o EspÃrito de Deus, repousa sobre vocês. Se algum de vocês sofre, que não seja como assassino, ladrão, criminoso, ou como quem se intromete em negócios alheios. Contudo, se sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus por meio desse nome. ( 1 Pedro 4:14-16)
3. (26-27) O testemunho do EspÃrito Santo e dos discÃpulos.
âQuando vier o Conselheiro, que eu enviarei a vocês da parte do Pai, o EspÃrito da verdade que provém do Pai, ele testemunhará a meu respeito. E vocês também testemunharão, pois estão comigo desde o princÃpio.â
a. Quando vier o Conselheiro: Jesus anteriormente falou sobre o envio do Conselheiro (João 14:16, 14:26). O Jesus que parte sabia que os discÃpulos precisariam da presença e do poder do EspÃrito Santo para enfrentar a oposição que o mundo traria.
i. Que provém do Pai: Esta frase é uma fonte de uma controvérsia histórica entre o lado oriental e ocidental do cristianismo, debatendo se o EspÃrito somente provém do Pai ou do Pai e do Filho.
ii. âEmbora a vinda do Advogado esteja claramente declarada como dependente da iniciativa do Filho, Ele é dito somente âproverâ do Pai. Daà a longa controvérsia entre o Oriente e o Ocidente sobre a cláusula filoque no Credo de Nicéia.â (Tasker)
iii. âA expansão ocidental da cláusula, âque provém do Pai e do Filhoâ (filoque) poderia ser justificada pelo fato de que o Filho assim como o Pai é dito enviar o EspÃrito; a objeção básica a isso era que era injustificável que uma parte da igreja fizesse tal alteração na redação do credo ecumênico sem referência ao resto da igreja.â (Bruce)
b. Ele testemunhará a meu respeito: Jesus havia dito a eles que o Conselheiro, o EspÃrito Santo, continuaria a obra de ensino de Jesus (João 14:26). Aqui Ele explicou que o Conselheiro falaria de Jesus e sobre Jesus.
i. Tudo o que o EspÃrito Santo faz é consistente com o testemunho da natureza de Jesus. Seu trabalho é nos contar e nos mostrar quem é Jesus. Se coisas espirituais acontecem que não são consistentes com a natureza de Jesus, não é o EspÃrito Santo fazendo-as. Ele é O que testemunhará a respeito de Jesus em tudo que Ele faz.
c. E vocês também testemunharão: Os discÃpulos não foram deixados no mundo meramente para suportar o ódio do mundo. Fortalecidos pelo Conselheiro e Seu testemunho sobre Jesus, eles testemunharão sobre quem Jesus é e sobre o que Ele fez para resgatar o mundo.
i. âO testemunho do Advogado e o testemunho dos apóstolos são na verdade um único testemunho.â (Tasker)
ii. âSeu testemunho está ligado com o do EspÃrito Santo. à o mesmo Cristo de quem eles dão testemunho, e é a mesma salvação da qual eles dão testemunho. Ao mesmo tempo é o testemunho deles. Eles não podem simplesmente relaxar e deixar tudo para o EspÃrito.â (Morris)
iii. Este dar testemunho pode ter tido uma aplicação especial aos apóstolos. âEste versÃculo alude ao testemunho histórico que o EspÃrito Santo nos ministros e testemunhas oculares da palavra, Lucas 1:2, deveria capacitá-los a dar, â o que forma o lado humano deste grande testemunho do espÃrito da verdade, e DO QUAL NOSSOS EVANGELHOS INSPIRADOS SÃO O RESUMO: o lado Divino sendo, seu próprio testemunho interior na vida e no coração de cada crente por todos os tempos.â (Alford)
d. Pois estão comigo: Os discÃpulos estavam qualificados para dar testemunho de Jesus porque confiavam Nele, tinham o EspÃrito Santo e simplesmente estiveram com Jesus â eles eram parte de Sua vida e Ele era parte da vida deles.