Lectionary Calendar
Thursday, November 21st, 2024
the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Bible Commentaries
Matheus Henry - Comentário do Novo testamento Henry Comentário NT
Declaração de Direitos Autorais
These files are public domain and are a derivative of an electronic edition that is available on the Christian Classics Ethereal Library Website.
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Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Romans 7". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/romans-7.html. 1706.
Henry, Matthew. "Comentário sobre Romans 7". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-25
Enquanto o homem continue sob a aliança da lei, e procure justificar-se por sua obediência, continua sendo de alguma forma escravo do pecado. Nada senão o Espírito de vida em Jesus Cristo pode libertar o pecador da lei do pecado e da morte. Os crentes são liberados do poder da lei, que os condena pelos pecados cometidos por eles, e são livrados do poder da lei que incita e provoca o pecado que habita neles. Entenda isso, não da lei como regra, senão como pacto de obras.Em profissão e privilégio estamos sob uma aliança de graça, e não sob um pacto de obras; sob o Evangelho de Cristo, não embaixo da lei de Moisés. A diferença se apresenta com o símile ou figura de estar casado com um segundo marido. O segundo matrimônio é com Cristo. pela morte somos liberados da obrigação da lei Enquanto à aliança, como a esposa o é de seus votos para com o primeiro marido. Em nosso acreditar poderosa e eficazmente estamos mortos para a lei, e não temos mais relação com ela que a que o servo morto, liberado de seu amo, a tem com o jugo de seu amo. O dia em que acreditamos é o dia em que somos unidos ao Senhor Jesus. entramos numa vida de deportação dEle e de dever para com Ele. as boas obras são pela união com Cristo; como o fruto da videira é o produto de estar em união com suas raízes, não há fruto para Deus até que estejamos unidos com Cristo. A lei, e os esforços maiores de qualquer embaixo dela, ainda na carne, sob o poder de princípios corruptos, não podem endireitar o coração Enquanto ao amor de Deus, nem derrotar as luxúrias mundanas, ou dar verdade e sinceridade nas partes internas, nem nada que venha pelo poder especialmente santificador do Espírito Santo. Somente a obediência formal da letra externa de qualquer preceito pode ser cumprida por nós sem a graça renovadora da nova aliança, que cria de novo.
Não há forma de chegar ao conhecimento do pecado, que é necessário para o arrependimento e, portanto, para a paz e o perdão, senão tratando nossos corações e vidas com a lei. Em seu próprio caso, o apóstolo não teria conhecido a concupiscência de seus pensamentos, motivos e ações senão pela lei. Essa norma perfeita mostrou quão malvado era seu coração e sua vida, provando que seus pecados eram mais numerosos do que havia pensado antes, mas não continha nenhuma cláusula de misericórdia ou graça para seu alívio.
Ignora a natureza humana e a perversidade de seu próprio coração aquele que não adverte em si mesmo a facilidade para imaginar que exista algo desejável no que está fora de seu alcance. Podemos captar isto em nossos filhos, embora o amor próprio nos cegue a respeito de nós mesmos. Quanto mais humilde e espiritual seja um cristão, mais verá que o apóstolo descreve ao crente verdadeiro, desde suas primeiras convicções de pecado até seu maior progresso na graça, durante este presente estado imperfeito. Paulo foi uma vez fariseu, ignorante da espiritualidade da lei, que tinha certo caráter correto sem conhecer sua depravação interior. Quando o mandamento chegou a sua consciência pela convicção do Espírito Santo, e viu o que lhe era exigido, achou que sua mente pecaminosa se levantava em sua contra. Ao mesmo tempo sentiu a maldade do pecado, seu próprio estado pecaminoso, e que era incapaz de cumpri a lei e que era como um criminoso condenado.
Contudo, apesar de que o princípio do mal no coração humano produz más motivações, e mais ainda tomando ocasião pelo mandamento, de todos modos a lei é santa, e o mandamento, santo, justo e bom. Não é favorável ao pecado o que o procura no coração e o descobre e reprova em seu agir interior. Nada é tão bom que uma natureza corrupta ou viciosa não perverta. O mesmo calor que amolece a cera endurece o barro. O alimento ou o remédio, quando são mal ingeridos, podem provocar a morte, apesar de que sua natureza é nutrir ou sarar. A lei pode provocar a morte por meio da depravação do homem, mas o pecado é o veneno que produz a morte. Não a lei, senão o pecado descoberto pela lei foi feito morte para o apóstolo. A natureza destruidora do pecado, e a devassidão do coração humano são claramente indicados aqui.
Comparado com a santa regra de conduta da lei de Deus, o apóstolo se achou longe da perfeição que lhe pareceu que era carnal; como um homem que está vendido contra sua vontade a um amo odiado, do qual não pode ser liberado. O cristão verdadeiro serve involuntariamente a esse amo odiado, mas não pode sacudir-se a corrente humilhante até que o resgate seu Amigo poderoso e a graça do alto. O mal remanescente de seu coração é um estorvo real e humilhante para servir a Deus como o fazem os anjos ou os espíritos dos justos aperfeiçoados. Esta forte linguagem foi o resultado do grande avanço em santidade de Paulo, e da profundeza da humilhação de si mesmo e o ódio pelo pecado. se não entendermos esta linguagem, deve-se a que estamos muito por trás dele em santidade, em conhecimento da espiritualidade da lei de Deus, do mal de nossos próprios corações e do ódio do mal moral. Muitos crentes têm adotado a linguagem do apóstolo, demonstrando que é apto para seus profundos sentimentos de aborrecimento do pecado e humilhação de si mesmos.
O apóstolo se estende Enquanto ao conflito que mantinha diariamente com os vestígios de sua depravação original. Foi tentado freqüentemente em temperamento, palavras ou atos que ele não aprovava ou não permitia em seu juízo e em afeto renovado. Distinguindo seu eu verdadeiro, sua parte espiritual, do eu ou carne, em que habita o pecado, e observando que as ações más eram realizadas não por ele, senão pelo pecado que habitava nele, o apóstolo não quis dizer que os homens não são responsáveis de render contas de seus pecados, senão que ensina o mal de seus pecados demonstrando que todos o estão fazendo contra sua razão e sua consciência. O pecado que habita em um homem não resulta ser quem o manda ou o domina; se um homem vive em uma cidade ou em um país, ainda pode não reinar ali.
Quanto mais puro e santo seja o coração, será mais sensível ao pecado que permanece nele. O crente vê mais da beleza da santidade e a excelência da lei. Seus desejos fervorosos de obedecer aumentam a medida que cresce na graça. Mas não faz todo o bem ao qual se inclina plenamente sua vontade; o pecado sempre brota nele através dos vestígios de corrupção, e volta e meia faz o mal apesar da decidida determinação de sua vontade.
As pressões do pecado interior apensavam o apóstolo. Se pela luta da carne contra o Espírito quis dizer que ele não podia fazer nem cumprir como sugeria o Espírito, assim também, pela eficaz oposição do Espírito, não podia fazer aquilo para o qual a carne o compelia. Quão diferente é este caso do daqueles que se sentem cômodos com as seduções internas da carne que os empurra ao mal! Estes, contra a luz e a advertência de sua consciência, continuam adiante, até na prática externa, fazendo o mal, e deste modo, com premeditação, continuam no caminho à perdição! Porque quando o crente está debaixo da graça, e sua vontade está no caminho da santidade, se deleita sinceramente na lei de Deus e na santidade que exige, conforme a seu homem interior; o novo homem nele, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade.
Esta passagem não representa ao apóstolo como um que andasse em pós da carne, senão como um que se dispunha de todo coração a não andar assim. Se há os que abusam desta passagem, como também das outras Escrituras, para sua própria destruição, os cristãos sérios encontram, contudo, causa por abençoar a Deus por ter provido assim para seu sustento e consolo. Não devemos ver defeitos na Escritura, nem tampouco de nenhuma interpretação justa e bem respaldada da mesma, somente porque os cegados por suas próprias luxúrias abusem dela. Nenhum homem que não estiver metido neste conflito pode entender claramente o significado destas palavras, nem julgar retamente acerca deste conflito doloroso que levou ao apóstolo a lamentar-se de si mesmo como miserável, constrangido por fazer o que aborrecia.
Não podia livrar a si mesmo e isso o fazia agradecer mais fervorosamente a Deus o caminho de salvação revelado por meio de Jesus Cristo, que lhe prometeu a liberação final deste inimigo. Assim, pois, então, diz ele, eu mesmo, com minha mente, meu juízo consciente, meus afetos e propósitos de homem regenerado pela graça divina, sirvo e obedeço a lei de Deus; mas com a carne, a natureza carnal, os vestígios da depravação, sirvo à lei do pecado, que batalha contra a lei de minha mente. Não é que a sirva como para viver debaixo dela ou permiti-la, senão que é incapaz de livrar-se a si mesmo dela, ainda em seu melhor estado, e necessitando buscar ajuda e liberação fora de si mesmo. Evidente é que agradece a Deus por Cristo, como nosso libertador, como nossa expiação e justiça nEle mesmo, e não devido a nenhuma santidade operada em nós. Não conhecia uma salvação assim, e rejeitou todo direito a ela. Está disposto a agir em todos os pontos conforme com a lei, em sua mente e consciência, mas estava impedido pelo pecado que o habitava, e nunca alcançou a perfeição que a lei requer. Em que pode consistir a liberação para um homem sempre pecador, senão a livre graça de Deus segundo é oferecida em Cristo Jesus? O poder da graça divina e do Espírito Santo poderia desarraigar o pecado de nossos corações ainda nesta vida, se a sabedoria divina o tivesse achado adequado. Porém se sofre, para que os cristãos sintam e entendam constante e completamente o estado miserável do qual os salva a graça divina; para que possam ser resguardados de confiar em si mesmos; e que sempre possam tirar todo seu consolo e esperança da rica e livre graça de Deus em Cristo.