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Bible Commentaries
Mateus 13

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

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versos 1-58

Jesus embarcou num barco para ser menos pressionado e para que a gente ouvisse melhor. Com isto nos ensina, nas circunstâncias externas da adoração, a não desejar o que é majestoso, senão fazer o melhor das facilidades que Deus nos designa em sua providência. Cristo ensinava com parábolas. Por meio delas simplificava e facilitava as coisas de Deus para os dispostos a serem ensinados, e mais difíceis e escuras para os dispostos a permanecerem ignorantes.
A parábola do semeador é clara. A semente plantada é a palavra de Deus. o semeador é nosso Senhor Jesus Cristo, por si ou por seus ministros. Pregar a uma multidão é semear o grão; não sabemos onde brotará. Uma classe de terreno, ainda que nos tomemos muito trabalho, não dá fruto adequado, enquanto a boa terra dá fruto em abundância. Assim acontece nos corações dos homens, cujos diferentes caracteres estão aqui descritos como quatro classes de terreno.
Os ouvintes negligentes e frívolos são presas fáceis para Satanás que, como o grande homicida das almas, é o grande ladrão de sermões, e com certeza estará pronto para roubar-nos a palavra se não temos o cuidado de obedecê-la.
Os hipócritas, como o terreno pedregoso, costumam ter o começo dos cristãos verdadeiros em sua demonstração de profissão de fé. Muitos dos que se alegram de ouvir um bom sermão são os que não se beneficiam. Muito lhes é falado da salvação gratuita, dos privilégios dos crentes, e da felicidade do céu; e, sem mudança do coração, sem convicção permanente de sua própria depravação, de sua necessidade do Salvador ou da excelência da santidade, logo professam uma certeza sem fundamentos. Mas quando uma provação pesada os ameaça ou podem levar uma vantagem pecaminosa, se rendem ou ocultam sua profissão ou tornam a um sistema mais fácil.
Os esforços do mundo são apropriadamente comparados com os espinhos, pois vieram com o perdão e são fruto da maldição; são bons em seu lugar para encher o vazio, mas deve estar bem armado o homem que tenha muito a ver com eles; enredam, afligem, aranham e seu fim é serem queimados (Hebreus 6.8). Os esforços do mundo são grandes obstáculos para ter proveito da palavra de Deus. O enganoso das riquezas opera o mal; não se pode dizer que nos enganamos a menos que depositemos nossa confiança nelas, então afogaremos a boa semente.
O que distinguiu o bom terreno foi a frutificação. Por isso se distinguem os cristãos verdadeiros dos hipócritas. Cristo não diz que a boa terra não tenha pedras e espinhos, senão que nada pode impedir que dê fruto. Todos não são iguais; devemos apontar mais alto para dar mais fruto. O sentido do ouvido não pode ser melhor usado que para ouvir a palavra de Deus; olhemo-nos a nós mesmos para que saibamos que classe de ouvintes somos.



Esta parábola representa o estado presente e o futuro da Igreja do evangelho; o cuidado de Cristo por ela, a inimizade do diabo contra ela; a mistura de bons e maus que tem neste mundo, e a separação entre eles no outro mundo. Tão propenso a pecar é o homem caído que se o inimigo semeia, pode continuar seu caminho, e o joio brotará e fará dano; enquanto que quando se semeia boa semente, deve cuidar-se, regar-se e proteger-se. Os servos se queixam a seu amo: "O senhor não semeou boa semente em seu campo?". Sem dúvida que sim; o que seja que está errado na igreja podemos ter a certeza de que não é de Cristo. Embora os transgressores grosseiros, e outros que se opõem abertamente ao evangelho, deveriam ser separados da sociedade dos fiéis; contudo, não há destreza humana que possa efetuar uma separação precisa. Os que se opõem não devem ser tirados senão instruídos, e com mansidão. E ainda que os bons e os maus estejam juntos neste mundo, contudo, no dia grande do juízo serão separados; então serão claramente conhecidos o justo e o ímpio; às vezes aqui custa muito distinguir entre eles. Não façamos iniqüidade se conhecemos o temor do Senhor.
Na morte os crentes brilharão por si mesmos; no grande dia, brilharão ante todo o mundo. Brilharão por reflexo, com luz emprestada da Fonte de Luz. A santificação deles será aperfeiçoada e sua justificação, publicada. Que sejamos achados nesse feliz número.



O alcance da parábola da semente de mostarda é mostrar que os começos do evangelho são pequenos, mas seu final será grande; deste modo será executada a obra da graça no coração, o Reino de Deus dentro de nós. Na alma onde verdadeiramente está a graça, crescerá em realidade, ainda que, talvez no começo, não seja discernida, mas afinal terá grande força e utilidade.
A pregação do evangelho opera como fermento no coração dos que o recebem. O fermento opera certamente, assim o faz a palavra, porém gradativamente. Opera silenciosamente e sem visto, mas sem falhar. Assim foi com o mundo. Os apóstolos, pregando o evangelho, esconderam um pouco de fermento na grande massa da humanidade. Foi feito poderoso pelo Espírito de Jeová dos Exércitos, que opera e nada pode impedi-lo. no coração é assim. Quando o evangelho chega a alma, opera uma mudança radical; se espalha a todos os poderes e faculdades da alma, e altera a propriedade ainda dos membros do corpo (Romanos 6.13). Nestas parábolas se nos ensina a esperar um processo gradual; portanto, perguntemos, estamos crescendo em graça e nos santos princípios e costumes?



Esta parábola representa o estado presente e o futuro da Igreja do evangelho; o cuidado de Cristo por ela, a inimizade do diabo contra ela; a mistura de bons e maus que tem neste mundo, e a separação entre eles no outro mundo. Tão propenso a pecar é o homem caído que se o inimigo semeia, pode continuar seu caminho, e o joio brotará e fará dano; enquanto que quando se semeia boa semente, deve cuidar-se, regar-se e proteger-se. Os servos se queixam a seu amo: "O senhor não semeou boa semente em seu campo?". Sem dúvida que sim; o que seja que está errado na igreja podemos ter a certeza de que não é de Cristo. Embora os transgressores grosseiros, e outros que se opõem abertamente ao evangelho, deveriam ser separados da sociedade dos fiéis; contudo, não há destreza humana que possa efetuar uma separação precisa. Os que se opõem não devem ser tirados senão instruídos, e com mansidão. E ainda que os bons e os maus estejam juntos neste mundo, contudo, no dia grande do juízo serão separados; então serão claramente conhecidos o justo e o ímpio; às vezes aqui custa muito distinguir entre eles. Não façamos iniqüidade se conhecemos o temor do Senhor.
Na morte os crentes brilharão por si mesmos; no grande dia, brilharão ante todo o mundo. Brilharão por reflexo, com luz emprestada da Fonte de Luz. A santificação deles será aperfeiçoada e sua justificação, publicada. Que sejamos achados nesse feliz número.



Eis aqui quatro parábolas:
1) A do tesouro escondido no campo. Muitos levam com leveza o evangelho porque olham somente a superfície do campo. Mas todos os que esquadrinham as Escrituras, para achar nelas a Cristo e a vida eterna (João v 39), descobrirão tal tesouro, que torna este campo indizivelmente valioso; se apropriam dele a qualquer custo. Embora nada possa dar-se como preço pela salvação, contudo, muito deve dar-se por amor a ela.
2) Todos os filhos dos homens estão ocupados; um será rico, outro será honorável, ainda um outro será douto; porém a maioria está enganada e tomam as falsificações por pérolas legítimas. Jesus Cristo é a pérola de grande preço; tendo a Ele temos suficiente para fazer-nos felizes aqui e para sempre. o homem pode comprar ouro muito caro, mas não esta Pérola de grande preço. Quando o pecador convicto vê a Cristo como o Salvador da graça, tudo o resto perde valor para seus pensamentos.
3) O mundo é um mar largo, e em seu estado natural os homens são como os peixes. Pregar o evangelho é lançar uma rede neste mar para pescar algo para glória de Quem tem a soberania sobre este mar. Os hipócritas e os cristãos verdadeiros serão separados; desgraçada é a condição dos que, então, serão lançados fora.
4) O fiel e destro ministro do evangelho é um escriba bem versado nas coisas do evangelho e capaz de ensiná-las. Cristo o compara com um bom dono de casa, que traz os frutos da colheita do ano anterior e o recolhido este ano, abundante e variado, para atender a seus amigos. Todas as experiências antigas e as observações novas têm sua utilidade. Nosso lugar está aos pés de Cristo, e devemos aprender diariamente de novo as velhas lições, e também as novas.



Cristo repete seu oferecimento aos que o rejeitaram. Eles o repreendem: Não é este o filho do carpinteiro? Sim, é verdade que tinha fama de sê-lo; e não é desgraça ser o filho de um comerciante honesto; deviam tê-lo respeitado mais porque era um deles mesmos; tdv, por isso mesmo o desprezaram.
Não fez muitas obras poderosas ali devido à incredulidade deles. A incredulidade é o grande estorvo para os favores de Cristo. Mantenhamo-nos fiéis a Ele como o Salvador que fez nossa paz com Deus.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 13". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/matthew-13.html. 1706.
 
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