Lectionary Calendar
Sunday, November 24th, 2024
the Week of Christ the King / Proper 29 / Ordinary 34
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Bible Commentaries
Matheus Henry - Comentário do Novo testamento Henry Comentário NT
Declaração de Direitos Autorais
These files are public domain and are a derivative of an electronic edition that is available on the Christian Classics Ethereal Library Website.
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Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 12". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/matthew-12.html. 1706.
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 12". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-50
Estando nos campos de trigo, os discípulos começaram a tirar trigo: a lei de Deus o permitia (Deuteronômio 23.25). Esta era uma magra provisão para Cristo e seus discípulos, porém se contentavam com isso. os fariseus não discutiram com eles por cortar o trigo de outro homem, senão por fazê-lo no dia de repouso. Cristo veio para libertar seus seguidores, não só das corrupções dos fariseus, senão de suas regras anti-bíblicas, e justificou o que eles fizeram. O maior não verá satisfeitas suas concupiscências, mas o menor verá que há consideração por suas necessidades. Os trabalho no dia do repouso são legítimos se necessários, e o dia de repouso é para fomentar, e não para obstaculizar a adoração. Deve ser feita a provisão necessária para a saúde e a comida, más o caso é muito diferente quando se têm servos na casa, e as famílias viram cenário de apressamentos e confusão no dia do Senhor, para dar um festim aos visitantes ou para dar-se um gosto eles mesmos. Cabe condenar coisas como essas e muitas outras que são comuns entre os professantes. O descanso do dia do repouso foi ordenado para bem do homem (Deuteronômio v 14). Não deve entender-se nenhuma lei em forma tal que contradiga sua própria finalidade. Como Cristo é o Senhor do dia do repouso, é apropriado que dedique para sim o dia e sua obra.Cristo demonstra que as obras de misericórdia são lícitas e próprias para fazê-las no dia do Senhor. Existem outras maneiras de fazer o bem nos dias de repouso além dos deveres da adoração: atender o doente, aliviar o pobre, ajudar os que necessitam alívio urgente, ensinar os jovens a cuidar suas almas; estas obras fazem o bem; e devem fazer-se por amor e caridade, com humildade e abnegação, e serão aceitas (Gênesis 4.7).
Isto tem um significado espiritual, como outras sanidades que operou Cristo. Por natureza nossas mãos estão ressequidas e por nós mesmos somos incapazes de fazer nada que seja bom. Somente Cristo nos cura com o poder de sua graça; Ele cura a mão ressequida dando vida na alma morta; opera em nós tanto o querer como o fazer: porque, com o mandamento, há uma promessa de graça dada pela palavra.
Os fariseus fizeram consulta para achar alguma acusação contra Jesus para condená-lo a morte. Ciente da intenção deles, Ele se retirou desse lugar, pois seu tempo não tinha chegado.
O rosto não corresponde mais exatamente ao rosto refletido na água que o caráter de Cristo esboçado pelo profeta se corresponde com seu temperamento e conduta, descritos pelos evangelistas. Encomendemos com alegre confiança nossas almas a um Amigo tão bom e fiel. Longe de rompê-lo, fortalecerá o caniço rachado; longe de apagar o pavio fumegante, ou quase extinto, antes Ele soprará para avivar a chama. Afastemos as contendas e os debates irados; recebamos-nos uns a outros como Cristo nos recebe. E enquanto estejamos animados pela bondade da graça de nosso Senhor, devemos orar para que seu Espírito repouse em nós e nos faça capazes de imitar seu exemplo.
Uma alma submetida ao poder de Satanás e cativada por ele, está cega para as coisas de Deus e muda ante o trono da graça; nada vê e nada diz a propósito. Satanás cega os olhos com a incredulidade; e sela os lábios da oração. Quanto mais gente magnificava a Cristo, mais desejosos de injuriá-lo estavam os fariseus. Era evidente que se Satanás ajudava a Jesus a expulsar demônios, o reino do inferno estava dividido contra si mesmo, então, como poderia resistir! E se diziam que Jesus expulsava demônios pelo príncipe dos demônios, não podiam provar que seus filhos os expulsassem por algum outro poder. Há dois grandes interesses no mundo; e quando os espíritos imundos são expulsos pelo Espírito Santo, na conversão dos pecadores a uma vida de fé e obediência, tem chegado a nós o reino de Deus. todos os que não ajudam nem se regozijam com essa classe de mudança, estão contra Cristo.
Eis aqui uma bondosa certeza do perdão de todo pecado nas condições do evangelho. Cristo assenta aqui o exemplo para que os filhos dos homens estejam dispostos a perdoar as palavras que se dizem contra eles. Mas os crentes humildes e cientes são tentados, às vezes, para que pensem que cometeram o pecado imperdoável, enquanto os que mais se aproximam a isso rara vez têm algum temor por isso. podemos ter a certeza de que os que indubitavelmente se arrependem e crêem no evangelho, não cometeram este pecado ou algum outro da mesma classe; porque o arrependimento e a fé são dons especiais de Deus que não outorgaria a nenhum homem se estiver decidido a não perdoá-lo; os que temem ter cometido este pecado, somente por isso já dão um bom sinal de que não é assim. O pecador tremente e contrito tem em si mesmo o testemunho de que não é assim em seu caso.
O idioma do homem descobre de que país procede, igualmente de que classe de espírito é. O coração é a fonte, as palavras são os riachos. Uma fonte turva e uma corrente corrupta devem produzir riachos lamacentos e desagradáveis. Nada curará as águas, sazonará a fala nem purificará a comunicação corrupta senão o sal da graça, lançado na correnteza. O homem mau tem um mal tesouro em seu coração, do qual o pecador tira as más palavras e as más ações para desonrar a Deus e ferir o próximo. Vigiemos continuamente sobre nós mesmos para que possamos falar palavras conformes ao caráter cristão.
Embora Cristo esteja sempre preste a ouvir e responder os desejos e as orações santas, os que pedem mal, pedem e, contudo, não obtêm. Foram dados sinais aos que os desejavam para confirmar sua fé, como a Abraão e a Gideão; porém foram negados aos que os exigiam para escusar sua incredulidade. A ressurreição de Cristo dentre os mortos por seu poder aqui é chamada de sinal de Jonas, o profeta, e é a grande prova de que Cristo era o Messias. Como Jonas esteve três dias e três noites no grande peixe, e depois tornou a sair vivo, assim estaria Cristo esse tempo no túmulo e ressuscitaria.
Os ninivitas envergonhariam os judeus por não se arrependerem; a rainha de Sabá os envergonharia por não acreditar em Cristo. Nós não temos esses impedimentos, não vamos a Cristo com essas inseguranças. Esta parábola representa o caso da igreja e a nação judaica. Também é aplicável a todos os que ouvem a palavra de Deus e se reformam em parte, porém não se convertem de verdade. o espírito imundo se vá por algum tempo, mas quando volta, encontra que Cristo não está ali para impedi-lo de entrar; o coração está varrido pela reforma externa, porém enfeitado pelos preparativos para cumprir as más sugestões, e o homem se torna inimigo mais decidido da verdade. todo coração é a residência de espíritos imundos, salvo os que são templo do Espírito Santo, pela fé em Cristo.
A pregação de Cristo era simples e familiar, e adequada para seus ouvintes. sua mãe e seus irmãos estavam dentro, desejando ouvi-lo. Freqüentemente os que estão mais perto dos meios de conhecimento e de graça são os mais negligentes. Somos bons para descuidar o que pensamos que podemos ter um dia, esquecendo que o amanhã não é nosso. Amiúde nos encontramos com obstáculos a nossa obra, de parte de amigos que nos rodeiam, e somos tirados dos cuidados pelas coisas desta vida, das preocupações de nossa alma.
Cristo estava tão dedicado a sua obra que nenhum poder natural ou de outra índole o afastava dela. Não se trata de que, sob pretexto de religião, sejamos insolentes com os pais ou maus com eles, senão que o menor dever deve ficar à espera enquanto se realiza o maior. Deixemos os homens e aferremo-nos a Cristo; olhemos a todo cristão, em qualquer condição de vida, como irmão, irmã, ou mãe do Senhor da glória; amemos, respeitemos e sejamos amáveis com eles por amor dEle e seguindo seu exemplo.