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Bible Commentaries
Mateus 11

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

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versos 1-30

Nosso divino Redentor nunca se cansou de sua obra de amor; e nós não devemos cansar-nos de fazer o bem, pois a seu devido tempo colheremos, se não desfalecermos.



Alguns pensam que João enviou a perguntar isto para sua satisfação. Onde há verdadeira fé, pode ainda restar uma ponta de dúvida. A incredulidade restante nos homens bons pode, na hora da tentação, questionar às vezes as verdades mais importantes. Mas esperamos que a fé de João não falhasse neste assunto, e que ele somente desejasse vê-la fortalecida e confirmada. Outros pensam que João enviou seus discípulos a Cristo para satisfação deles.
Cristo ensina o que têm ouvido e visto. A condescendência e a compaixão da graça de Cristo pelos pobres mostram que Ele era quem devia trazer ao mundo as doces misericórdias de nosso Deus.
As coisas que os homens vêem e ouvem, comparadas com as Escrituras, dirigem o caminho em que se deve achar a salvação. Custa vencer os prejuízos, e é perigoso não vencê-los, mas os que crêem em Cristo, verão que sua fé será achada muito mais para o louvor, honra e glória.



O que Cristo disse acerca de João não somente foi para elogiá-lo, senão para proveito do povo. os que ouvem a palavra serão chamados a dar conta de seu proveito. Pensamos que se termina o cuidado quando se termina o sermão? Não, então começa o maior dos cuidados.
João era um homem abnegado, morto para todas as pompas do mundo e os prazeres dos sentidos. Convém que a gente, em todas suas aparências, seja coerente com seu caráter e situação.
João era homem grande e bom, porém não perfeito; portanto, não alcançou a estatura dos santos glorificados. O menor no céu sabe mais, ama mais, e realiza mais louvando a Deus e recebe mais dEle que o maior deste mundo. Mas por Reino dos Céus, aqui deve entender-se melhor o reino da graça, a dispensação do evangelho em seu poder e pureza. Quanta razão temos para estarmos agradecidos que nossa sorte corra nos dias do Reino dos Céus, sob tais vantagens de luz e de amor! Existem multidões que foram trazidas pelo ministério de João e chegaram a ser discípulos dele. E houve os que lutaram por um lugar neste reino, que ninguém pensaria que tinham direito nem título por isso, e pareceram serem intrusos. Nos mostra quanto fervor e zelo se requer de todos. é necessário negar o eu; é mister mudar a inclinação, a disposição e o temperamento da mente. Os que tenham um interesse na salvação grandiosa, o terão a qualquer custo, e não pensarão que é difícil nem a deixarão ir sem uma bênção. As coisas de Deus são de preocupação grande e comum. Deus não requer mais de nós que o uso justo das faculdades que nos deu. A gente é ignorante porque não quer aprender.



Cristo reflete nos escribas e fariseus que tinham um orgulhoso conceito de sim. Compara a conduta deles com o jogo das crianças que, irritando-se sem razão, discutem todas as tentativas de seus companheiros por comprazê-los, ou para que se unam a seus jogos para os quais costumavam reunir-se.
As objeções capciosas dos homens mundanos são amiúde zombadoras e demonstram grande malícia. Algo têm que criticar de todos por excelente e santo que seja. Cristo, que era imaculado e separado dos pecadores, aqui se apresenta junto com eles e contaminado por eles. A inocência mais imaculada não sempre será defesa contra a censura.
Cristo sabia que os corações dos judeus eram mais resistentes e endurecidos contra seus milagres e doutrinas que os de Tiro e Sidom; portanto, sua condenação será maior. O Senhor exerce sua onipotência, mas não castiga além do que merecem e nunca retém o conhecimento da verdade daqueles que o anelam.



Corresponde aos filhos serem agradecidos. Quando vamos a Deus como Pai, devemos lembrar que Ele é o Senhor do céu e da terra, o qual nos obriga a ir a Ele com reverência Enquanto é Senhor soberano de tudo; ainda com confiança, como a Quem é capaz de defender-nos do mal e proporcionar-nos todo bem.
Nosso bendito Senhor agregou uma declaração notável: que o Pai tinha colocado em Suas mãos todo poder, autoridade e juízo. Estamos em dívida com Cristo por toda a revelação que temos da vontade e o amor de Deus Pai, ainda desde que Adão pecou.
Nosso Salvador tem convidado a todos os que trabalham forte e estão muito carregados para que vão a Ele. Em alguns sentidos, todos os homens estão assim. País homens mundanos se sobrecarregam com preocupações estéreis pela riqueza e as honras; o alegre e sensual se esforço em pós dos prazeres; o escravo de Satanás e suas próprias luxúrias é o servo mais escravizado da terra. Os que trabalham duro por estabelecer sua própria justiça, também trabalham em vão. O pecador convicto está muito carregado de culpa e de terror; e o crente tentado e aflito tem trabalhos duros e cargas pesadas. Cristo convida a rodos a irem a Ele em pós de repouso para suas almas. Ele somente dá este convite: os homens vão a Ele quando, sentindo sua culpa a miséria, e acreditando em seu amor e poder para socorrer, o buscam com oração fervorosa. Assim, pois, é dever e interesse dos pecadores duros e carregados, irem a Jesus Cristo. Este é o chamado do evangelho: quem quiser vir, venha. Todos os que assim vão receberão repouso como presente de Cristo, e obterão paz e consolo em seu coração. Mas ao irem a Ele devem tomar seu jugo e submeter-se a sua autoridade. Devem aprender dEle todas as coisas acerca de seu consolo e obediência. Ele aceita o servo disposto, por imperfeitos que sejam seus serviços. Aqui podemos achar repouso para nossas almas, e somente aqui.
Nem temos que temer seu jugo. Seus mandamentos são santos, justos e bons. Requer negar a si mesmo e traz dificuldades, mas isto é abundantemente recompensado, já neste mundo, pela paz e gozo interior. É um jugo forrado com amor. Tão poderosos são os socorros que nossa dá, tão adequadas as exortações e tão fortes as consolações que se encontram no caminho do dever, que podemos dizer verdadeiramente que é um jugo grato. O caminho do dever é o caminho do repouso. As verdades que ensina Cristo são tais que podemos aventurar por elas nossa alma.
Tal é a misericórdia do Redentor, e por que deveria o pecador carregado procurar repouso em alguma outra parte? Vamos diariamente a Ele em busca da liberação da ira e da culpa, do pecado e de Satanás, de todas nossas preocupações, temores e dores. Mas a obediência forçada, longe de ser fácil e leviana, é carga pesada. Em vão nos aproximamos a Jesus com nossos lábios enquanto o coração está longe dEle. Então, venham a Jesus para achar repouso para suas almas.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 11". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/matthew-11.html. 1706.
 
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