Lectionary Calendar
Sunday, December 22nd, 2024
the Fourth Week of Advent
the Fourth Week of Advent
advertisement
advertisement
advertisement
Attention!
Tired of seeing ads while studying? Now you can enjoy an "Ads Free" version of the site for as little as 10¢ a day and support a great cause!
Click here to learn more!
Click here to learn more!
Bible Commentaries
Matheus Henry - Comentário do Novo testamento Henry Comentário NT
Declaração de Direitos Autorais
These files are public domain and are a derivative of an electronic edition that is available on the Christian Classics Ethereal Library Website.
These files are public domain and are a derivative of an electronic edition that is available on the Christian Classics Ethereal Library Website.
Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre John 3". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/john-3.html. 1706.
Henry, Matthew. "Comentário sobre John 3". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-36
Nicodemos temia, ou se envergonhava, de ser visto com Cristo, portanto acudiu de noite. Quando a religião está fora de moda, há muitos Nicodemos, mas a despeito que veio de noite, Jesus o recebeu, e por isso nos ensina a animar os bons começos, embora fracos. Ainda que esta vez veio de noite, depois reconheceu publicamente a Cristo. Não falou com Cristo de assunto de estado, apesar de ser um governante, senão dos interesses de sua própria alma e de sua salvação, falando a esse respeito de uma vez só.Nosso Salvador fala da necessidade e natureza da regeneração ou novo nascimento e, de imediato levou a Nicodemos à fonte de santidade do coração. O nascimento é o começo da vida; nascer de novo é começar a viver de novo, como os que viveram muito errados ou com escasso sentido. Devemos ter uma nova natureza, novos princípios, novos afetos, novas miras. Por nosso primeiro nascimento somos corruptos, formados no pecado; portanto, devemos ser feitos novas criaturas. Não poderia ter-se escolhido uma expressão mais forte para significar uma mudança de estado e de caráter tão grande e notável. Devemos ser inteiramente diferente do que fomos antes, como aquilo que começa a ser em qualquer momento, não é, e não pode ser o mesmo que era antes. Este novo nascimento é do céu (capítulo 1.13), e tende para o céu. É uma grande mudança realizada no coração do pecador pelo poder do Espírito Santo. Significa que algo é feito em nós e a favor de nós, que não podemos fazer por nós mesmos. Algo opera, pelo que começa uma vida que durará por sempre. De outra maneira, não podemos esperar um benefício de Cristo; é necessário para nossa felicidade aqui e no além.
Nicodemos entendeu errado o que disse Cristo, como se não houvesse outra forma de regenerar e moldar de novo uma alma imortal que voltar a dar um marco ao corpo. Contudo, reconheceu sua ignorância, o que mostra o desejo de ser melhor informado. Então, o Senhor Jesus explica mais. Mostra o Autor desta bendita mudança. Não é obra de nossa sabedoria ou poder próprios, senão do poder do bendito Espírito. Somos formados em iniqüidade, o que faz necessário que nossa natureza seja mudada. Não temos que maravilhar-nos disso, pois quando consideramos a santidade de Deus, a depravação de nossa natureza, e a felicidade colocada diante de nós, não devemos pensar que é estranho que se faça tanto ênfase sobre isso.
A obra regeneradora do Espírito Santo se compara com a água. Também é provável que Cristo tenha-se referido à ordenança do batismo. Não se trata de que sejam salvos todos aqueles batizados, e somente eles; porém, sem o novo nascimento operado pelo Espírito, e significado pelo batismo, ninguém será súbdito do Reino dos Céus.
A mesma palavra significa vento e Espírito. O vento sopra de onde quer para nós; Deus o dirige. O Espírito envia suas influências ocultas aonde, e quando, e a quem, e na medida e grau que lhe apraz. Embora as causas sejam ocultas, os efeitos são evidentes, quando a alma é levada a lamentar-se pelo pecado e a respirar segundo Cristo.
A exposição feita por Cristo da doutrina e a necessidade da regeneração parece não ter ficado clara para Nicodemos. Assim, as coisas do Espírito de Deus são tolice para o homem natural. Muitos pensam que não pode ser provado o que não podem crer.
O discurso de Cristo sobre as verdades do evangelho, versículos 11-13, mostra a torpeza daqueles que fazem que estas coisas sejam estranhas para eles; e nos recomenda que as investiguemos. Jesus Cristo é capaz em toda forma de revelar-nos a vontade de Deus; porque desceu do céu, e ainda está no céu. Aqui temos uma nota das duas naturezas distintas de Cristo numa pessoa, de modo que é o Filho do Homem, apesar de estar no céu. Deus é "O QUE É", e o céu é a habitação de sua santidade. Este conhecimento deve vir do alto e somente pode ser recebido por fé.
Jesus Cristo veio a salvar-nos curando-nos, como os filhos de Israel picados por serpentes ardentes foram curados e viveram ao olharem para a serpente de bronze (Nm 21.6-9). Observe-se nisto a natureza mortal e destruidora do pecado. pergunte-se a consciências vivificadas, pergunte-se a pecadores condenados, os que dirão que, por encantadoras que sejam as seduções do pecado, afinal mordem como serpentes. Veja-se o remédio poderoso contra esta doença fatal. Cristo nos é proposto claramente no evangelho. Aquele ao qual ofendemos é nossa Paz, e a maneira de solicitar a cura é acreditar. Se algum até agora toma levianamente a doença do pecado ou o método de cura de Cristo, e não O recebe nas condições que Ele propõe, sua ruína pende sobre sua cabeça. Ele disse: Olhem e sejam salvos, olhem e vivam; alcem os olhos da fé a Cristo crucificado. Enquanto não tenhamos a graça para fazer isto, não seremos curados, mas continuaremos feridos pelos aguilhoes de Satanás e em estado moribundo.
Jesus Cristo veio a salvar-nos perdoando-nos, para que não morrêssemos pela sentença da lei. Eis aqui o evangelho, a verdade, a boa nova. Eis aqui o amor de Deus ao dar seu Filho pelo mundo. Tanto amou Deus o mundo, tão verdadeiramente, tão ricamente. Olhem e maravilhem-se de que o grande Deus ame um mundo tão indigno!
Aqui, também, está o grande dever do evangelho: crer em Jesus Cristo. Tendo-o dado Deus para que fosse nosso Profeta, Sacerdote e Rei, nós devemos dar-nos para sermos governados e ensinados, e salvos por Ele. eis aqui o grande benefício do evangelho, que quem quiser que creia em Cristo não perecerá, mas terá a vida eterna. Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo, e desse modo, o salvava. Não podia ser salvo senão por meio dEle; em nenhum outro há salvação.
Disto tudo se mostra o prazer do crente verdadeiro: o que crê em Cristo não é condenado. Embora tenha sido um grande pecador, não é tratado segundo o merecem seus pecados.
Quão grande é o pecado dos incrédulos! Deus enviou a Um que era o mais amado por Ele, por salvar-nos; e não será o mais amado para nós? Quão grande é a miséria dos incrédulos! Já foram condenados, o que fala de uma condenação certa; uma condenação presente. A ira de Deus agora se desata sobre eles; e os condenam seus próprios corações. Também existe uma condenação baseada em sua culpa anterior; eles estão expostos à lei por todos seus pecados; porque não estão interessados por fé no perdão do evangelho. A incredulidade é um pecado contra o remédio. Brota da inimizade do coração do homem para com Deus, do amor ao pecado em alguma forma. Leia-se também a condenação dos que não querem conhecer a Cristo. as obras pecadoras são as obras das trevas. O mundo ímpio se mantém longe desta luz como pode, não seja que suas obras sejam reprovadas. Cristo é odiado porque amam o pecado. se não odiassem o conhecimento da salvação, não ficariam contentes na ignorância condenadora.
Por outro lado, os corações renovados dão as boas-vindas à luz. Um homem bom age verdadeiramente e sinceramente em todo o que faz. teve lugar uma mudança em todo seu caráter e conduta. O amor a Deus é derramado em seu coração pelo Espírito Santo, e chega a ser o princípio reitor de suas ações. Na medida em que continue sob uma carga de culpa não perdoada, somente pode ter um temor servil a Deus; porém, quando suas dúvidas se dissipam, quando vê a base justa sobre a qual se edifica seu perdão, o assume como se fosse próprio, e se une com Deus por um amor sem fingimento. Nossas obras são boas quando a vontade de Deus é a regra delas, e a glória de Deus, sua finalidade; quando se fazem em Seu poder e por amor a Ele; a Ele, e não aos homens.
A regeneração, ou o novo nascimento, é um tema do qual o mundo tem aversão; contudo, é o grande ganho em comparação com o qual todo o resto não é senão ninharias. Que pode significar que tenhamos comida para comer em abundância, e uma variedade de roupas para usar, se não formos nascidos de novo? se depois de umas quantas manhãs e tardes passadas em alegria irracional, prazer carnal e desordem, morremos em nossos pecados e jazemos na dor? De que vale que sejamos capazes de desempenhar nossa parte na vida, em todo outro aspecto, se no final ouvimos de parte do Juiz Supremo: "Afastai-vos de mim, não vos conheço, operadores de maldade"?
João se satisfez por completo com o lugar e a obra designados, mas Jesus veio para uma obra mais importante. Ele sabia que Jesus cresceria em honra e influência, porque seu reino e sua paz não teriam fim, enquanto que a ele o seguiriam cada vez menos. João sabia que Jesus veio do céu como o Filho de Deus, enquanto ele era um homem mortal e pecador, que somente podia falar das coisas mais simples da religião. As palavras de Jesus eram a palavra de Deus; Ele tinha o Espírito, não segundo a medida como os profetas, senão em toda sua plenitude. A vida eterna pode ter-se somente pela fé nEle, e assim só pode ser obtida; mas não podem participar da salvação todos os que não crêem no Filho de Deus, e a ira de Deus está sobre eles para sempre.