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Thursday, November 21st, 2024
the Week of Proper 28 / Ordinary 33
the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
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Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre John 2". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/john-2.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre John 2". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (1)
versos 1-25
João 2 – Conversão e Purificação
A. Água vira vinho em um casamento.
1. (1-2) Jesus, Sua mãe e Seus discípulos em um casamento.
No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava ali; Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento.
a. No terceiro dia: João continua a história do capítulo anterior que observou acontecimentos em um dia em particular (João 1:19-28), no dia seguinte (João 1:29-34), o dia seguinte depois dele (João 1:35-42), o próximo dia (João 1:43-51) e agora no terceiro dia.
i. “‘O terceiro dia’ é provavelmente para ser contado desde o último evento mencionado, o chamado de Natanael. O cálculo é, como de costume, inclusivo; deveríamos dizer ‘dois dias depois’”. (Barclay)
b. Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento: Esta é a primeira de muitas histórias sugerindo que Jesus era sempre bem-vindo entre aqueles que estavam se divertindo. Jesus não estragou a diversão, e na cultura judaica daqueles dias um casamento era a melhor festa de todas.
i. A tradição antiga diz que este era o casamento de João o escritor do evangelho, e que ele deixou sua noiva no altar depois de ver este milagre. Isto deveria ser considerado como uma história agradável, porém improvável.
ii. Alguns têm ensinado a ideia estranha de que este era o casamento do próprio Jesus, incluindo alguns entre os Santos dos últimos dias (Mórmons). Isto também é acreditado entre alguns seguidores do pensamento da Nova Era. É claro que isto vai contra o simples significado dessa passagem e contrário a todos os registros do evangelho da vida de Jesus.
iii. O fato de que Jesus foi convidado a este casamento possui várias implicações:
·O convite de Jesus para este casamento diz algo sobre o tipo de homem que Jesus era.
·O convite de Jesus para este casamento diz algo sobre a presença de Jesus em casamentos. “Jesus vem a um casamento e dá sua bênção lá, para que possamos saber que nossa vida familiar está sob seu cuidado”. (Spurgeon)
·O convite de Jesus para este casamento diz algo sobre o que acontece quando nós convidamos Jesus para os eventos de nossas vidas.
iv. “A esta altura Ele tinha acabado de passar pelo conflito pessoal mais perturbador, Sua obra O aguardava, uma obra cheia de luta intensa, perigo e dor; ainda assim, em uma mente ocupada com essas coisas, a alegria do casamento de um casal do interior encontra um lugar apropriado”. (Dods)
v. A mãe de Jesus estava ali: “Não há menção de José. A explicação mais provável é de que nessa época José estava morto. Parece que José morreu bem cedo, e que a razão pela qual Jesus passou dezoito longos anos em Nazaré foi que ele teve que tomar para si mesmo o sustento de sua mãe e sua família. Somente quando os seus irmãos e irmãos mais novos se tornaram capazes de cuidar de si mesmos que ele deixou o lar”. (Barclay)
2. (3-5) O casamento sem vinho e o pedido de uma mãe.
Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Respondeu Jesus: “Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos serviçais: “Façam tudo o que ele lhes mandar”.
a. Tendo acabado o vinho: Este foi uma enorme gafe e poderia envergonhar o casal por muito tempo. Um casamento era suposto ser a melhor festa de todas, e para um anfitrião falhar em providenciar uma hospitalidade adequada (parcialmente na forma de comida e bebida) era uma grande desonra.
i. Alguns acreditam que a presença dos discípulos – pensados como pessoas não convidadas – fez com que o vinho acabasse mais rápido do que esperado. O texto não dá nenhuma evidência disso. Morris tem uma ideia melhor: “Isso talvez indique que eles eram pobres e providenciaram a provisão mínima na esperança de que tudo desse certo”.
ii. “Falhar em providenciar adequadamente para os convidados envolveria desgraça social. Nas comunidades intimamente unidas nos dias de Jesus, tal erro nunca seria esquecido e atormentaria o casal recém-casado por toda a sua vida”. (Tenney)
iii. Além disso, rabinos daqueles dias consideravam vinho um símbolo de alegria. Portanto, “ficar sem vinho teria sido quase o equivalente a admitir que nem os convidados, nem a noiva, e nem o noivo estavam felizes”. (Boice)
iv. “No antigo Oriente Próximo havia um forte elemento de reciprocidade sobre casamentos, e que, por exemplo, era possível tomar ação legal em certas circunstâncias contra um homem que falhou em providenciar um presente de casamento adequado… isso significa que quando o suprimento de vinho falhou, mais do que um constrangimento social estava envolvido. O noivo assim como sua família podiam muito bem ter sido envolvidos em uma pesada responsabilidade monetária”. (Morris)
b. Eles não têm mais vinho: Nós não sabemos exatamente por que Maria trouxe este problema para seu filho Jesus. Talvez ela antecipasse ansiosamente pelo dia em que Jesus milagrosamente demonstraria que Ele era o Messias. Quando as pessoas vissem que Jesus era o Messias isso também justificaria Maria, que viveu debaixo da sombra de uma gravidez e nascimento que muitas pessoas questionavam.
i. Não foi errado Maria sentir que o tempo havia chegado para seu Filho entrar em ministério público. Ela sabia que ele havia sido batizado por João e confirmado com um sinal celestial no seu batismo. Maria sabia que ele resistiu à tentação no deserto. Ela sabia que Jesus havia sido introduzido publicamente como o cordeiro de Deus que tira todo o pecado do mundo (João 1:29), e havia começado a juntar discípulos para si mesmo.
c. Que temos nós em comum, mulher? Jesus falou com Sua mãe com um termo de respeito, mas ele não a chamou de “mãe”. Jesus queria enfatizar que agora, no começo de seu ministério público, tinha agora um relacionamento diferente com Maria.
i. Mulher: “Bem longe de ser uma maneira rude e descortês de tratamento, este era um título de respeito. Nós não temos uma maneira de falar em português que traduza isso de maneira exata; mas é melhor traduzi-lo como Moça, que ao menos carrega um sentido de cortesia consigo.” (Barclay)
ii. Não foi rude dizer mãe, mas também não foi uma maneira esperada de um filho tratar uma mãe. “Ainda assim, devemos lembrar que é muito incomum ver isso quando um filho se dirige a sua mãe. Parece não haver exemplos disso citados além desse notado neste Evangelho”. (Morris)
iii. Jesus indicou que havia um novo relacionamento entre ele e Maria. “Se ela buscou ajuda dele agora, ela não deve a buscar com base em seu relacionamento de mãe e filho”. (Bruce)
iv. Jesus pareceu dizer a Maria: “Eu não vou fazer isso. Não está na hora” – mas em seguida ele foi e o fez. O que ele realmente disse a Maria foi: “nós agora temos um relacionamento diferente. Deixe-me consultar meu pai celestial”. Jesus deve ter orado e então soube o que fazer, porque ele mais tarde disse neste Evangelho.
·Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o filho também faz. (João 5:19)
·Por mim mesmo, nada posso fazer… Não procuro agradar a mim mesmo, mas àquele que me enviou. (João 5:30)
·Quando vocês levantarem o Filho do homem, saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou. (João 8:28)
·Pois sempre faço o que lhe agrada. (João 8:29)
v. “Ele irá de fato agir, assim como ela estava tão certa de que Ele iria quando mandou os servos fazerem tudo o que Ele lhes dissesse, mas Ele agirá de Sua própria maneira, por Suas próprias razões, e no Seu próprio tempo”. (Tasker)
vi. “Jesus em seu ministério público não era somente ou primeiramente o Filho de Maria, mas sim ‘o Filho do homem’ que traria as realidades do céu para os homens. Um novo relacionamento foi estabelecido. Maria não deve presumir”. (Morris)
vii. “Com todo o respeito amoroso, ele ainda muito decididamente exclui qualquer interferência de Maria; pois seu reino devia ser de acordo com o espírito, e não de acordo com a carne. Eu me deleito em acreditar, a respeito da mãe de Jesus, que apesar de ela ter caído em um erro natural, ainda assim, nem por um instante persistiu nele; ela também não o escondeu de João, mas provavelmente tomou cuidado ao contá-lo a ele, para que assim nenhum outro caísse no erro semelhante de pensar nela de uma maneira inadequada”. (Spurgeon)
viii. Trench estava correto quando ele observou: “O Cristianismo, Católico ou Ortodoxo, por muito tempo viu neste primeiro milagre Dele o valor que nosso Senhor atribui às súplicas de sua mãe e o prazer que ele tem em concedê-las”. Contudo, isto é não entender esta obra inteiramente. Jesus deixou claro e ele não fez isso com base no relacionamento de mãe e filho.
ix. A minha hora ainda não chegou: “Esta expressão, minha hora, é geralmente usada em João para o tempo da Morte de Cristo. Mas é usada assim somente porque Sua morte naquelas passagens é o assunto naturalmente subjacente à narrativa. É qualquer hora fixada ou designada – e, portanto, aqui, a hora designada de Sua auto manifestação por meio de milagres”.
d. Façam tudo o que ele lhes mandar: As palavras registradas de Maria são poucas. No entanto, é bom prestar atenção às palavras dela que foram registradas porque elas consistentemente glorificam a Jesus, não a própria Maria. É sábio para todos obedecer a diretriz de Maria, façam tudo o que ele lhes mandar.
i. Passar através de Maria deliberadamente para chegar a Jesus é considerar Jesus como alguém de coração duro, e Maria como de coração terno. Este conceito “é totalmente estranho à Bíblia. Ele vem de ideias sobre mãe-filho prevalentes nas religiões pagãs”. (Barnhouse)
ii. “As palavras registradas de Maria são poucas; essas palavras em particular têm uma aplicação além da ocasião imediata que pediu por elas”. (Bruce)
3. (6-7) Enchendo os potes de água.
Ali perto havia seis potes de pedra, do tipo usado pelos judeus para as purificações cerimoniais; em cada pote cabiam entre oitenta e cento e vinte litros. Disse Jesus aos serviçais: “Encham os potes com água”. E os encheram até a borda.
a. Seis potes de pedra: Jesus começou este milagre usando o que tinha à sua disposição. Ele poderia ter suprido mais vinho de muitas outras maneiras, mas ele começou com o que estava lá.
b. Do tipo usado pelos judeus para as purificações cerimoniais: Os potes estão conectados ao sistema da Lei, porque eles eram usados em purificação cerimonial.
i. Em cada pote cabiam entre oitenta e cento e vinte litros: Spurgeon viu significância para pregadores no número aproximado de João. “Falemos sempre corretamente; às vezes, ‘quase’ ou ‘por volta de’ serão palavras que salvarão nossa sinceridade por pouco. Não falemos positivamente quando não soubermos; e quando a precisão de uma declaração for necessária, e não pudermos dá-la em termos que serão definitivos, vamos dá-la em palavras como estas: “contendo dois ou três firkins cada”. (Spurgeon)
c. Encham os potes com água: Os servos sob a direção de Jesus estavam em um lugar único de benção para este milagre. Jesus queria a cooperação dos homens neste milagre. Ele poderia ter enchido os potes sozinho, ou apenas facilmente criado o líquido nos potes. Mas ele sabia que se os servos compartilhassem na obra, eles também compartilhariam na bênção.
i. Os servos não fizeram o milagre. Seus esforços por si só eram completamente insuficientes. Mas por causa de sua obediência à Jesus, eles compartilharam na alegria do milagre.
ii. Os servos foram especialmente abençoados porque eles obedeceram sem questionar, e ao máximo (e os encheram até a borda). Isto significa que o milagre seria ser cumprido na maior medida possível. Se eles fossem preguiçosos e somente enchessem os potes pela metade, haveria somente metade do vinho.
d. E os encheram até a borda: Os potes foram enchidos até a borda – sem espaço para adicionar mais – porque Jesus não iria adicionar algo na água; ele iria transformá-la.
i. Este é um padrão para a nossa fé e obediência. “Quando você for convidado a acreditar nele, acredite nele até a borda. Quando lhe disserem para amá-lo, ame-o até a borda. Quando você for comandado a servi-lo, sirva-o até a borda”. (Spurgeon)
4. (8-10) A água se torna vinho, e o melhor vinho.
Então lhes disse: “Agora, levem um pouco ao encarregado da festa”.
Eles assim fizeram, e o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo e disse: “Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora”.
a. Agora, levem um pouco ao encarregado da festa: Isso levou fé pela parte dos serviçais. Imagine o quão bravo o encarregado da festa ficaria se eles lhe trouxessem água para provar! Contudo, na fé, eles obedeceram a palavra de Jesus.
i. “O architriklinos então, quando provou a água que havia agora se transformado em vinho, e não sabia onde havia sido adquirida, estava, portanto, a jugando imparcialmente meramente como vinho entre vinhos”. (Dods)
ii. Jesus insistiu que o milagre fosse colocado ao teste, e de imediato. Ele não comandou a água tornada vinho ser primeiro servida aos convidados, mas ao encarregado da festa. Teste-a, pela autoridade apropriada, e faça isso imediatamente.
iii. “Para que o vinho seja produzido, temos o crescimento e amadurecimento da uva; seu esmagamento em recipientes adequados; a fermentação; – mas aqui tudo isso em um momento é trazido até seus resultados, pelo mesmo Poder que fez as leis da natureza, e criou e desenvolveu as capacidades do homem”. (Alford)
b. Embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água: Os fiéis serviçais que fizeram o seu trabalho ao máximo sabiam da grandeza do milagre. O encarregado da festa sabia apenas que era um bom vinho; ele não sabia que era um milagre. esse conhecimento era uma bênção especial para os serviçais.
i. Não nos é contado exatamente como Jesus realizou esse milagre. Presumimos que a transformação aconteceu dentro dos potes, mas também poderia ter acontecido no próprio servir do vinho. Contudo, de acordo com o registro, Jesus não disse uma palavra ou realizou uma cerimônia; Ele simplesmente exercitou Sua vontade e o milagre foi feito.
ii. “Quando Moisés adocicou a água amarga foi perto de uma árvore que o senhor mostrou a ele. Quando Eliseu purificou as fontes ele jogou sal na água. Não temos nenhuma instrumentalidade aqui”. (Spurgeon)
iii. “Não é esta a assinatura da divindade, que sem meios, a mera manifestação da vontade é tudo o que se deseja para moldar a matéria como plástico ao Seu comando?” (Maclaren)
iv. Na primeira tentação no deserto, o diabo pediu a Jesus para transformar pedras em pão – para Si mesmo. Neste primeiro sinal, Maria pediu a Jesus para transformar água em vinho – para os outros. Jesus recusou o primeiro e fez o segundo.
v. “É manifesto que um milagre prova o poder de realizar todo milagre. Se Cristo pode transformar água em vinho com sua vontade, ele pode fazer qualquer coisa e tudo. Se Jesus uma vez exercitou um poder além da natureza, podemos prontamente acreditar que ele pode fazer isso novamente; não há limite para seu poder”. (Spurgeon)
vi. A grande quantidade de vinho – muito mais do que uma festa de casamento conseguiria consumir – foi proposital. Vender o vinho excedente era uma provável fonte de renda para os recém-casados. Também, “forneceria prova, depois que o casamento acabasse, de que a transformação tinha sido verdade. Os convidados do casamento não sonharam com ela. O vinho existia”. (Dods) “Presentes pequenos não caem de uma mão tão grande”. (Trapp)
c. Você guardou o melhor até agora: O encarregado da festa fez ao noivo um elogio grande e público. Ficar sem vinho teria significado uma desgraça social; o milagre de Jesus transformou isso em uma festa de casamento melhor do que nunca.
i. Quando Jesus fez vinho, fez o melhor vinho. Isso não significa que ele tinha um conteúdo alcoólico particularmente alto, mas que era um vinho bem-feito.
ii. Alguns vão longe para mostrar que o que Jesus fez aqui foi na verdade suco de uva. Enquanto alguns acham que essa linha de pensamento é convincente, não é a opinião do autor. O melhor vinho é o melhor vinho, não o melhor suco de uva. É verdade que vinho naquela época (como comumente servido) era diluído (duas partes de vinho para três partes de água, de acordo com Barclay) e possuía uma quantidade muito menor de álcool do que o vinho moderno; mas ainda era vinho.
iii. “Quanto ao vinho da maneira que é comumente usado no Oriente, a pessoa deve beber excessivamente antes de poder ficar intoxicada por ele. Seria possível, pois havia casos nos quais homens ficavam intoxicados com vinho; mas, como regra, a intoxicação era um vício raro nos tempos do Salvador e nas eras anteriores”. (Spurgeon)
iv. “Não há muitas coisas que Jesus trouxe ao mundo, do mesmo tipo que o mundo sempre teve, ainda assim, superando todas elas em valor e excelência?” Havia amor e alegria e bondade no mundo antes de Jesus, mas era um tipo totalmente diferente depois de Jesus”. (Morrison)
d. Você guardou o melhor até agora: Há um princípio por trás dessas palavras; o princípio, que para o povo de Deus, o melhor está sempre ainda para chegar.
i. “Eu posso conceber vocês, irmãos, no último momento de sua vida, ou melhor, no primeiro momento de sua vida, dizendo: ‘Ele guardou o melhor vinho até agora’. Quando você começa a vê-lo face a face, quando você entra na comunhão mais íntima, sem nada para perturbá-lo ou distraí-lo, então você dirá: ‘O melhor vinho está guardado até agora’”. (Spurgeon)
ii. “Sem Deus o último é o pior… se o pecado esconde o pior atrás do amanhã, não poderia esconder o pior atrás da cova?” (Morrison)
iii. “Eu apelo a você que olhe dentro das portas da casa do diabo, e você verá que ele é fiel a esta regra; ele apresenta primeiro o vinho bom, e quando os homens tiverem bebido bem, e seus cérebros estiverem confusos por isso, ele então trará aquilo que é pior”. (Spurgeon)
5. (11-12) O começo dos sinais.
Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
Depois disso ele desceu a Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. Ali ficaram durante alguns dias.
a. Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou: Este primeiro…sinal miraculoso no Evangelho de João (o primeiro de sete) é um milagre de conversão, dos caminhos antigos da Lei, cerimônia e purificação para a nova vida de Jesus.
i. “Mas para ele [João] os milagres são todos ‘sinais’. Eles apontam para além de si mesmos. Este milagre em particular significa que há um poder transformador associado a Jesus”. (Morris)
ii. Moisés transformou água em sangue, mostrando que a Lei resulta em morte ( Êxodo 7:17-21). Porém o primeiro milagre de Jesus transformou água em vinho, mostrando a alegria de sua nova obra. Isto representa o que João disse em João 1:17: pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo.
iii. Poderíamos dizer que a água é como um relacionamento com Deus através da Antiga Aliança, e o vinho é como o relacionamento com Deus através da Nova Aliança.
·O vinho foi depois da água, e a Nova Aliança é depois da Antiga Aliança.
·O vinho veio a partir da água, e a Nova Aliança veio a partir da Antiga Aliança.
·O vinho era melhor do que a água; e a Nova Aliança é melhor do que a Antiga Aliança.
iv. Este primeiro… sinal miraculoso é o primeiro de sete sinais apresentados no Evangelho de João, cada um designado a trazer o leitor para a fé em Jesus Cristo. João explicou este propósito em João 20:30-31: Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome.
v. A maioria reconhece os sete sinais no Evangelho de João como:
·João 2:1-11 – Água transformada em vinho.
·João 4:46-54 – Curando o filho do oficial do rei.
·João 5:1-15 – Curando no tanque de Betesda.
·João 6:1-14 – Dando de comer aos 5,000.
·João 6:15-21 – Jesus anda na água.
·João 9:1-12 – Curando o homem cego de nascença.
·João 11:1-44 – Lázaro ressuscitado dos mortos.
vi. A palavra grega antiga semeion [sinal] é usada 74 vezes no Novo Testamento, e 23 das 74 estão nos escritos de João. A maioria das restantes estão em outros evangelhos, com algumas também em Atos e nas cartas de Paulo. “João tem semeion no sentido formal de ‘sinal’ ou ‘ponteiro’… O semia estabelece a fé, porém Deus é o conteúdo da fé, não o semeia”. (Kittel)
vii. “Que o incidente possa ser alegorizado não é prova de que é apenas alegoria e não história. Todos os incidentes e histórias podem ser alegorizados”. (Dods)
viii. Este sinal miraculoso…foi o primeiro: “Essa afirmação de São João exclui todos os milagres apócrifos do Evangelho da Infância, e obras semelhantes, de levarem crédito”. (Alford)
b. Revelou assim a sua glória: De acordo com o João 2:1, este milagre aconteceu no terceiro dia. João indica a ideia de que Jesus mostrou Sua glória no terceiro dia, e que Seus discípulos creram Nele quando viram Sua glória.
i. A glória de Jesus é encontrada em Sua compaixão, e este foi um milagre cheio de compaixão. O vinho não era uma necessidade absoluta; ninguém morreria bebendo água. Tudo o que estava em risco era o constrangimento, reputação e talvez a conta bancária do casal de noivos. No entanto, Jesus – e Seu Pai – contou isso o suficiente para realizar este primeiro milagre e sinal público.
c. Seus discípulos creram nele: É claro que eles acreditavam antes, mas agora a sua crença estava mais profunda e reafirmada. Isso é típico na vida cristã. Deus faz grandes coisas em nossas vidas, e nós cremos Nele mais uma vez.
i. “Você que lê seu Testamento Grego perceberá a expressão aqui? É dito, ‘Seus discípulos creram?’ Não. É ‘Creram dele?’ Não. ‘Creram nele?’ Sim. É assim também em nossa versão; mas para dentro seria mais correto. O grego é ‘eis’: Seus discípulos creram para dentro dele. Eles creram tanto que eles pareciam submergir-se em Jesus”. (Spurgeon)
ii. A fé dos discípulos é significativa, especialmente em comparação aos outros presentes que se beneficiaram do milagre, mas de quem nenhuma crença específica é mencionada.
·O encarregado da festa não acreditou.
·O noivo não acreditou.
·Nem fala que os serviçais creram.
·Aqueles que eram Seus discípulos creram.
iii. Cada uma das pessoas em volta de Jesus nos mostra algo significativo a respeito de Jesus e Sua obra.
·Maria nos mostra a ter expectativa de que Jesus faz grandes coisas, mas não dizer a Ele como fazê-las.
·Os serviçais nos mostram a obedecer a Jesus sem questionar e ao máximo, e a desfrutar sendo parte do milagre.
·O noivo nos mostra que Jesus ama salvar o dia.
·O encarregado da festa nos mostra que Jesus guarda o melhor por último.
·Os discípulos nos mostram que isso aconteceu de verdade.
d. Depois disso ele desceu a Cafarnaum: Na margem norte do Mar da Galiléia, a vila de Cafarnaum foi o lar adotivo de Jesus (Mateus 4:13).
i. “Parece que a família sagrada como um todo se mudou de Nazaré para Cafarnaum, onde Jesus teve sua sede para a maior parte de seu ministério galileu”. (Bruce)
ii. “O texto grego pela forma da sentença e seu uso – (singular) implica que esta remoção é devida ao nosso Senhor, e que os outros nomeados foram porque Ele foi”. (Trench)
iii. Seus irmãos: “A expressão ‘seus irmãos’ tem sido entendida de várias maneiras. A maneira mais natural de compreendê-la é entender como os filhos de José e Maria… A expressão ocorre várias vezes nos Evangelho Sinópticos, e nunca com alguma qualificação como seria esperado se as palavras tivessem qualquer outro significado”. (Morris)
iv. “A palavra para primo (anepsios) existia na língua grega e poderia ter sido usada se necessário”. (Tenney) Duas outras passagens, no sentido mais simples, nos contam que Jesus tinha meios-irmãos através de Maria.
·José não a conhecia até que ela gerou um filho. (Mateus 1:25)
·Jesus foi o filho primogênito de Maria. (Lucas 1:27).
B. O templo purificado.
1. (13-17) Jesus expulsa os cambistas e vendedores de animais sacrificiais.
Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém. No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: “Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!” Seus discípulos lembraram-se que está escrito: “O zelo pela tua casa me consumirá”.
a. Já estava chegando a Páscoa judaica: Jerusalém estaria lotada com milhares de visitantes vindos para a Páscoa. O monte do templo estaria particularmente lotado, e Jesus viu muitos trocando dinheiro nos pátios externos do templo.
i. “O mero fato do mercado sendo realizado aqui produziria uma mistura inadequada de transações sagradas e profanas, até mesmo deixando de lado os abusos que certamente se misturariam com o tráfego”. (Alford)
ii. Outros…trocando dinheiro: “Por mais impressionante que possa soar, é provável que por volta de dois milhões, duzentos e cinquenta mil judeus às vezes se juntavam na Cidade Sagrada para passar a Páscoa”. (Barclay) De acordo com Barclay, todos eles deviam pagar o imposto do templo, que era equivalente a mais ou menos dois dias de salário para um homem da classe trabalhadora – mas que tinham que ser pagos na moeda especial do templo. É por isso que os cambistas trocavam tanto dinheiro.
iii. Muitos comentaristas dizem que a razão pela qual moedas estrangeiras não eram permitidas em contribuições do templo era porque elas carregavam a imagem do imperador ou de deuses pagãos. Porém “a cunhagem de Tyrian era não só permitida, como também expressamente prescrita (Mishnah, Bekh. 8:7), e ela levava símbolos pagãos”. (Morris) Parece que o problema não era o que estava em cima da moeda, mas o que estava dentro da moeda, e apenas cunhagem que tinha uma reputação de ser de bom peso e conteúdo era permitida.
iv. “Sendo familiar tornou-se legítima, e ninguém pensou em nenhuma incongruência nisso até que este jovem nazareno sentiu um lampejo de zelo pela santidade da casa de Seu Pai consumindo-O”. (Maclaren)
v. A Páscoa judaica: “Nosso Evangelista repetidamente se refere aos festivais como festivais ‘dos judeus’ – não porque ele em pessoa não era um judeu por nascimento e criação (ele era), mas porque muitos de seus leitores seriam gentios, sem familiaridade com os detalhes do ano sagrado judeu”. (Bruce)
b. Então ele fez um chicote de cordas: Quando Jesus expulsou aqueles trocando o dinheiro para fora dos pátios do templo, Ele não o fez tem um lampejo de raiva. Ele cuidadosamente tirou o tempo para fazer um chicote de cordas, e pensou cuidadosamente sobre o que Ele faria.
i. Curiosamente, alguns comentaristas estão confiantes de que Jesus usou o chicote de cordas somente nos animais, e outros estão confiantes de que Ele o usou em ambos os homens e os animais. No entanto, o sentido é muito mais uma demonstração da autoridade de Jesus do que de violência.
c. Expulsou todos do templo… espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas: Aqueles trocando o dinheiro nos pátios externos do tempo estragaram o único lugar onde gentios podiam vir e adorar. Esta área (o pátio dos gentios) foi transformada em um mercado.
i. Lembre-se que purificar fazia parte da celebração de Páscoa. Remover cada partícula de qualquer coisa fermentada (feita com fermento) da casa era um símbolo, uma imagem de purificação do pecado.
ii. Mateus, Marcos e Lucas cada um descreve uma outra purificação do templo realizada por Jesus, chegando ao fim de Seu ministério terreno. Em ambos os casos, a presença destes cambistas nos pátios do templo estragou o único lugar onde os gentios podiam orar. Além disso, a desonestidade deles tornou sua presença ainda pior.
iii. “João não está corrigindo um suposto erro cronológico por parte dos primeiros evangelistas, nem alterando deliberadamente sua história pelos interesses da exposição teológica, no entanto, podemos supor razoavelmente, que está relatando uma ‘purificação’ adicional”. (Tasker)
iv. “O mal em questão era um que iria provavelmente se repetir depois de uma supervisão. A ação de Jesus, apesar de salutar, provavelmente não colocou um fim permanente a esta prática”. (Morris)
d. O zelo pela tua casa me consumirá: Os discípulos lembraram-se desta linha do Salmo 69:9 e a conectaram ao zelo que Jesus teve pela pureza da casa de Deus e a adoração praticada lá.
i. João começou com um milagre de conversão (mudando água para vinho). Em seguida ele mostrou Jesus realizando uma obra de purificação (a purificação do templo). É assim que Jesus sempre trabalha em seu povo: conversão primeiro, e em seguida purificação.
2. (18-22) Jesus fala de um novo templo e de seu destino.
Então os judeus lhe perguntaram: “Que sinal miraculoso o senhor pode mostrar-nos como prova da sua autoridade para fazer tudo isso?”
Jesus lhes respondeu: “Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias”. Os judeus responderam: “Este templo levou quarenta e seis anos para ser edificado, e o senhor vai levantá-lo em três dias?” Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo. Depois que ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se do que ele tinha dito.
a. Que sinal miraculoso o senhor pode mostrar-nos como prova da sua autoridade para fazer tudo isso? Isso não foi necessariamente uma pergunta ruim. Qualquer um que expulsasse os mercadores dos pátios externos do tempo reivindicava ter autoridade para fazer isso. Os judeus queriam saber se Jesus realmente possuía essa autoridade. O problema é que eles exigiram um sinal de Jesus para prová-la.
i. “Seu pedido por um ‘sinal’ foi equivocado: que sinal poderia ter sido mais eloquente do que aquele que eles acabaram de testemunhar?” (Bruce)
b. Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias: Jesus falou aqui do templo que era o seu corpo. Ele até provavelmente gesticulou para Si mesmo enquanto dizia isso. Jesus sabia que esses líderes religiosos tentariam destruir Seu corpo, mas Ele também sabia que eles não conseguiriam.
i. A ironia é que os líderes religiosos em si seriam os meios pelo qual a profecia seria cumprida. Quando Jesus disse “destruam este templo”, Ele sabia que eles iriam na verdade fazer o seu melhor para destruí-lo.
ii. No julgamento de Jesus, uma das acusações feitas contra Ele foi que Ele disse que destruiria o templo (Mateus 26:60-61, Marcos 14:57-59). Quando Ele morreu na cruz, os zombadores lembraram Jesus do que pareceu ser uma promessa impossível (Mateus 27:40, Marcos 15:29).
iii. Destruam este templo: Jesus não tinha nada contra o tempo, mas certamente olhou para além dele. Ele disse à mulher samaritana que estava chegando o dia em que as pessoas não mais adorariam em um templo na Samaria ou Jerusalém, mas elas adorariam a Deus em Espírito e em verdade.
iv. O corpo de Jesus ainda é um templo. Ambos, Efésios 2:19-22 e 1 Pedro 2:5 conectam a ideia da igreja – metaforicamente chamada de o corpo de Cristo – com um templo construído sobre e por Jesus Cristo.
c. Eu o levantarei: Jesus reivindicou confiantemente o poder de ressuscitar a Si mesmo dos mortos, e Ele repetiu essa reivindicação em João 10:18. É interessante observar que o Novo Testamento também reivindica que Deus Pai ressuscitou Jesus dos mortos ( Romanos 6:4 e Gálatas 1:1), e que o Espírito Santo O ressuscitou dos mortos ( Romanos 1:4 e 8:11). A ressurreição de Jesus foi uma obra de cada Pessoa da Trindade, cada uma trabalhando junta.
i. Nenhum mero homem poderia reivindicar ressuscitar a si mesmo dos mortos, mesmo se tivesse a confiança de que Deus o ressuscitaria. A afirmação de Jesus é notável, audaciosa e evidência da autoconsciência de sua Divindade.
ii. “A técnica de Jesus de usar uma declaração paradoxal para confundir seus inimigos, que ele explicou subsequentemente para seus discípulos, aparece frequentemente no evangelho de João”. (Tenney)
d. Seus discípulos lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na Escritura: Foi apenas após a morte e ressurreição de Jesus que Seus discípulos entenderam e creram tanto nas Escrituras quanto nas promessas de Jesus.
i. A Escritura na qual eles acreditavam era primeiramente o Salmo 16:10, a promessa de que o Santo de Deus não permaneceria no sepulcro.
ii. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera: “A colocação das palavras de Jesus ao lado da Escritura é interessante e suas implicações Cristológicas não deveriam ser negligenciadas”. (Morris)
3. (23-25) Jesus não Se confia aos muitos que creem.
Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome. Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos. Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.
a. Muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome: Jesus sabia que esta era uma crença fina e superficial. Não era baseada em nada mais do que uma admiração do espetacular. Sabendo disso, Jesus não se confiava a eles.
i. “Se a crença não é nada mais do que admiração pelo espetacular, ela criará aplauso em multidões; mas o filho de Deus não pode Se confiar a este tipo de fé”. (Morgan)
ii. Uma luz ou fé superficial podem ser melhores do que nenhuma, mas ninguém deveria pensar que é suficiente – e Jesus sabe. “É o que Luther chama de ‘fé de leite’ e talvez cresça para algo mais confiável”. (Dods)
b. Ele bem sabia o que havia no homem: Sabendo o que havia e há na humanidade, Jesus ainda ama. Ele conheceu e conhece o pior; contudo, também vê a imagem de Deus, até mesmo em homens e mulheres caídos.
i. Jesus não se confiava a eles: “Outros líderes e professores podem se equivocar, às vezes, dando aos seus seguidores mais crédito pela lealdade e compreensão do que eles realmente possuem; não Jesus, que podia ler os pensamentos mais íntimos dos homens e mulheres como um livro aberto”. (Bruce)
ii. “Quando muitos vieram a crer Nele, Ele não Se confiou a eles. Ele não dependia da aprovação do homem”. (Morris)
iii. Ele bem sabia o que havia no homem: “Nada menos do que conhecimento divino é demonstrado aqui… como o texto está agora, ele afirma um conhecimento completo de tudo o que está em todos os homens”. (Alford)