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Sunday, December 22nd, 2024
the Fourth Week of Advent
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Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre Acts 6". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/acts-6.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre Acts 6". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-15
Atos 6 – A Nomeação de Diáconos e a Prisão de Estêvão
A. A nomeação de diáconos.
1. (1) Uma disputa sobre a distribuição da assistência às viúvas.
Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento.
a. Naqueles dias…os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica: Até este ponto no Livro dos Atos, os ataques de Satanás a igreja vieram de muitas Fontes diferentes. Ele tentou muitas formas de oposição direta e intimidação, e ele tentou corromper a igreja de dentro. Estas estratégias foram todas malsucedidas em parar ou retardar a obra da igreja. Agora Satanás esperava “dividir e conquistar” colocando um grupo de cristãos contra o outro.
i. Nós podemos dizer que com Atos 5-6, os bons velhos tempos estavam acabados para os primeiros cristãos. Eles agora tinham que lidar com corrupção interna, e agora disputas e divisões em potencial. Como eles lidaram com estas coisas fez toda a diferença.
ii. Crescendo o número de discípulos indica que a obra do Reino de Deus através da primeira comunidade cristã ainda foi altamente bem-sucedida e eles lidaram bem com os problemas.
iii. A menção do crescimento mais uma vez nos lembra de que a primeira igreja era organizada. Eles sabiam quantos estavam salvos; eles se encontravam em lugares específicos e horas específicas. Dinheiro e mercadorias eram coletados e distribuídos para aqueles que estavam em necessidade. O pecado era confrontado e tratado. Tudo isso indica pelo menos algum nível de organização.
b. Os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica: Os judeus de fala hebraica eram aqueles judeus mais inclinados a abraçar a cultura judaica e eram em sua maioria da Judeia. Os judeus de fala grega eram aqueles judeus mais inclinados a abraçar a cultura grega e eram em sua maioria da Diáspora (de todo lugar do Império Romano).
i. Para simplificar mais, judeus de fala hebraica tendiam a considerar os judeus de fala grega como comprometedores não espirituais da cultura grega, e os judeus de fala grega consideravam os judeus de fala hebraica como moralistas arrogantes e tradicionalistas. Já havia uma suspeita natural entre os 2 grupos e Satanás tentou tirar vantagem dessa suspeita existente.
ii. É importante lembrar que apesar dos títulos judeus de fala hebraica e judeus de fala grega são usados, estes eram cristãos seguidores de Jesus. Eles eram todos de uma origem judaica, porém eles todos haviam abraçado Jesus como seu Messias.
c. Na distribuição diária: A primeira igreja tomou seriamente como sua responsabilidade ajudar a sustentar viúvas porque elas frequentemente não tinham outro sustento; mas eles também esperavam que estas viúvas servissem à igreja fielmente ( 1 Tessalonicenses 5:3-16).
i. Há a dica aqui de uma crescente divisão entre os líderes religiosos e os primeiros seguidores de Jesus. Cuidar das viúvas e órfãos era uma parte importante da vida judaica, e normalmente as autoridades do templo organizavam a distribuição para os necessitados. Contudo, parece que as viúvas cristãs não estavam sendo cuidadas pelos líderes judeus; provavelmente porque eles não gostavam do fato de que os apóstolos continuavam pregando Jesus quando foram mandados parar.
d. Porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento: Aparentemente, alguns dos cristãos de origem grega acreditavam que as viúvas entre os cristãos hebreus recebiam cuidados melhores.
i. “Não é sugerido que a negligência foi deliberada…a causa foi mais provavelmente uma administração ou supervisão malfeita”. (Slott)
ii. “Em uma congregação daquele tamanho, era inevitável que as necessidades de alguém fossem negligenciadas”. (MacArthur)
iii. Satanás ama usar erros não intencionais para começar um conflito. Os cristãos de fala hebraica estavam corretos em seus corações, E os cristãos de fala grega estavam corretos em seus fatos. Estas eram as condições perfeitas para um conflito de divisão da igreja.
2. (2-4) Os apóstolos arranjam para que diáconos sejam nomeados.
Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”.
a. Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas: Os apóstolos explicaram que eles deveriam permanecer fiéis ao seu chamado principal que era o ministério da palavra de Deus. Era errado para eles passar seu tempo administrando as necessidades práticas das viúvas.
i. Alguns acreditam que isso é prova de uma atitude superior entre os Doze; que eles se consideravam acima de tal trabalho. Este provavelmente não era o caso, eles eram sábios em delegar estas responsabilidades. Deus não chamou estes apóstolos para ser tudo para a igreja. Deus chamou e chamará outros para servir de outras maneiras.
ii. Um pastor não deveria ter seu tempo consumido em tarefas que são essencialmente servir às mesas. Contudo há algo de errado com um pastor que considera tal trabalho abaixo dele.
iii. Isto não significa exatamente servir comida e limpar mesas de jantar para estas viúvas. Isso fala sobre lidar com a administração prática dos detalhes financeiros e práticos relevantes aos cuidados das viúvas. “‘Uma mesa’ naquele tempo significava um lugar onde um doleiro fazia a sua coleta ou troca de dinheiro. Os diáconos foram eleitos para supervisionar a distribuição do dinheiro e provisões aos necessitados dentre a irmandade”. (Ogilvie)
b. Nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra: O fato de que os apóstolos se mantinham ocupados com a oração e o ministério da palavra mostra como eles faziam essas coisas energeticamente e quão consumidor é pregar e orar corretamente.
i. O Ministério dá muito trabalho, até mesmo a parte das dores de cabeça administrativas. Um jovem rapaz disse a Donald Grey Barnhouse: “Eu daria o mundo para ser capaz de ensinar a bíblia como você”. Olhando firme nos olhos dele, Dr. Barnhouse respondeu: “Bom, porque isso é exatamente o que vai te custar”.
ii. Nos dedicaremos à oração: Eles deram a si mesmos para mais do que o ministério da palavra. “Portanto, pastores não devem pensar que eles cumpriram seu dever de tal maneira de que eles não precisam fazer mais quando eles todos os dias passaram algum tempo pregando”. (Calvin)
c. Escolham entre vocês: Os apóstolos (os Doze) falaram ao grupo geral de crentes (todos os discípulos) e buscaram a solução com muita comunicação e informações dentre as pessoas. Eles até mesmo perguntaram àqueles – provavelmente especialmente aqueles que se sentiam injustiçados – para sugerir homens de bom caráter para fazer este trabalho.
i. Esta foi uma maneira maravilhosa de resolver o problema. Eles não mandaram os reclamadores embora. Eles não se dividiram em duas congregações. Eles não evitaram as pessoas infelizes. Eles não formaram um comitê e discutiram o problema até não aguentar mais.
ii. Sem dúvida alguém sugeriu que os apóstolos em si deram mais atenção direta a distribuição da assistência as viúvas. Ao invés disso, eles delegaram e trouxeram mais pessoas para fazer o trabalho do ministério.
d. De bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria: As qualificações descritas pelos apóstolos focavam no caráter dos homens a serem escolhidos. Os apóstolos estavam muito mais preocupados com a qualidade interna dos homens do que sua aparência externa ou imagem.
i. A ideia por trás de cheios do Espírito e de sabedoria é que estes homens deveriam ter uma mente tanto espiritual quanto prática. Esta pode ser uma combinação difícil de encontrar.
ii. Sete homens: Possivelmente eles escolheram sete para que cada um pudesse supervisionar as necessidades das viúvas em um dia diferente da semana.
e. Passaremos a eles: A decisão final cabia aos apóstolos. Eles pediram a congregação para nomear os homens (escolham entre vocês), mas a decisão realmente cabia aos apóstolos. Este não era um exercício de governo congregacional, apesar dos apóstolos sabiamente quererem e valorizarem a opinião da congregação.
f. Passaremos a eles essa tarefa: Sete homens seriam escolhidos para servir as mesas. Era um serviço simples e prático para o qual eles foram nomeados; mesmo assim eles devem ser bem qualificados em um sentido espiritual, especialmente por causa do perigo da divisão.
i. Portanto, os homens precisavam ser de bom testemunho. Eles deviam ser homens em que a família da igreja se sentisse confiante.
ii. “Os apóstolos não estavam tentando proteger seus próprios direitos. Eles nem estavam protegendo seu próprio ponto de vista. Eles simplesmente queriam resolver o problema”. (Boice)
3. (5-7) A seleção de diáconos.
Tal proposta agradou a todos. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, além de Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pármenas e Nicolau, um convertido ao judaísmo, proveniente de Antioquia. Apresentaram esses homens aos apóstolos, os quais oraram e lhes impuseram as mãos. Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé.
a. Tal proposta agradou a todos: Nós não podemos dizer que isto foi uma boa decisão somente porque as pessoas gostaram dela. Ainda, Deus confirmou a sabedoria dos apóstolos por meio do acordo entre o povo. Os apóstolos eram liderados pelo Senhor, não pela opinião popular. Ainda sim, porque eles estavam todos tem um acordo básico, eles concordaram em como o Senhor estava liderando os apóstolos.
b. Estêvão…Filipe, Prócoro: Todos os sete homens tinham nomes gregos indicando que eles eram em si, provavelmente cristãos de fala grega. As pessoas (e os apóstolos) mostraram grande sensibilidade aos judeus de fala grega ofendidos por nomear judeus de fala grega para tomar conta da distribuição entre as viúvas.
i. “Eu imaginaria que havia mais cristãos de fala aramaica na igreja do que cristãos de fala grega, mas a igreja como um todo disse: vamos eleger líderes de fala grega”. (Boice)
c. Apresentaram esses homens aos apóstolos, os quais oraram e lhes impuseram as mãos: Neste caso, o povo nomeou os homens e os apóstolos os aprovaram impondo as mãos neles e depois de orar pela orientação e aprovação de Deus.
i. Era importante lhes impor as mãos mesmo que o serviço deles fosse principalmente para as necessidades práticas das viúvas. Serviço prático é serviço espiritual. A mesma palavra grega é usada tanto para distribuição ( Atos 6:1) quanto para ministério ( Atos 6:4). A ideia por trás da palavra em ambas as partes é serviço, ou de maneira prática ou de maneira espiritual.
ii. As pessoas deveriam contar como um privilégio servir ao Senhor dessas maneiras básicas e práticas, ao invés de ver isso como um fardo “não espiritual”. Além da cruz, Jesus mostrou a medida final de amor simplesmente lavando os pés de Seus discípulos (João 13:1-5).
iii. Em nenhuma parte deste capítulo de Atos estes homens são chamados de diáconos, mas a maioria considera que eles foram os primeiros a ocupar o cargo de diácono como descrito em 1 Tessalonicenses 3:8-13. A palavra diácono simplesmente significa “servo”, e estes homens certamente foram servos. Eles podiam reivindicar a mesma promessa pelo serviço fiel que Paulo especificamente fez aos diáconos em 1 Tessalonicenses 3:13: Os que servirem bem alcançarão uma excelente posição e grande determinação na fé em Cristo Jesus.
d. Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém: Considerando tudo o que poderia ter dado errado quando Satanás tentou atacar através da divisão, todos os envolvidos merecem muito crédito.
i. Aqueles com a reclamação, os judeus de fala grega, fizeram a coisa certa: Eles tornaram a necessidade conhecida ao invés de reclamar e choramingar, e eles confiaram na solução dos apóstolos.
ii. Aqueles do outro grupo, os judeus de fala hebraica, fizeram a coisa certa: Eles reconheceram que os judeus de fala grega tinham uma necessidade legítima e eles confiaram na solução dos apóstolos.
iii. Os sete homens escolhidos fizeram a coisa certa: Eles aceitaram o chamado para um serviço sem glamour.
iv. Os apóstolos fizeram a coisa certa: Eles responderam a necessidade sem se distraírem de sua tarefa principal.
e. Assim, a palavra de Deus se espalhava: Por esta situação ter sido resolvida com sabedoria e sensibilidade por aqueles que foram ofendidos, um problema potencialmente divisivo foi resolvido, e o evangelho continuou a se espalhar. Até mesmo um grande número de sacerdotes veio para a fé em Jesus.
i. “A igreja deu diáconos com o Espírito Santo e recebeu padres convertidos…Os discípulos escolheram diáconos com o Espírito Santo, e receberam mártires e evangelistas com o Espírito Santo”.
ii. “Homens foram escolhidos para servir mesas – para fazer coisas comuns; mas eles foram encontrados fazendo coisas incomuns – realizando sinais e maravilhas entre as pessoas”.
iii. A estratégia de Satanás falhou. Ele tentou dividir a igreja e não funcionou. Mas a segunda estratégia de Satanás também falhou. Os apóstolos não foram distraídos do foco do Ministério que Deus tinha para eles – focar na palavra de Deus e na oração.
B. O testemunho e prisão de Estêvão.
1. (8-10) O testemunho de Estêvão por Deus.
Estêvão, homem cheio da graça e do poder de Deus, realizava grandes maravilhas e sinais entre o povo. Contudo, levantou-se oposição dos membros da chamada sinagoga dos Libertos, dos judeus de Cirene e de Alexandria, bem como das províncias da Cilícia e da Ásia. Esses homens começaram a discutir com Estêvão, mas não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
a. Estêvão, homem cheio da graça e do poder de Deus, realizava grandes maravilhas e sinais entre o povo: Deus realizava grandes maravilhas e sinais através dos apóstolos; mas também através de outros como Estêvão, um dos servos escolhidos para ajudar as viúvas. Deus usou Estêvão porque ele era cheio da graça e do poder.
i. Há uma disputa textual pequena sobre se o texto original de Lucas disse que Estêvão era cheio da graça e do poder ou cheio da fé e do poder. O significado é substancialmente o mesmo, porque viver na fé é caminhar na graça de Deus.
b. Começaram a discutir com Estêvão: Estêvão debateu com judeus da sinagoga dos Libertos. Empoderado pelo Espírito Santo, ele mostrou maior sabedoria do que seus oponentes (não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava).
i. Não há indicação de que Estêvão – em si – era mais inteligente, mais educado ou um melhor debatedor do que estes judeus. Nós deveríamos atribuir sua vantagem no debate ao Espírito com que ele falava.
ii. Das províncias da Cilícia: “A menção da Cilícia sugere que esta deve ter sido a sinagoga de Paulo antes dele ser convertido. Ele veio de Tarso na Cilícia”. (Lovett)
2. (11-14) Os judeus oponentes, derrotados no debate, induzem acusações falsas contra Estêvão.
Então subornaram alguns homens para dizerem: “Ouvimos Estêvão falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus”. Com isso agitaram o povo, os líderes religiosos e os mestres da lei. E, prendendo Estêvão, levaram-no ao Sinédrio. Ali apresentaram falsas testemunhas que diziam: “Este homem não pára de falar contra este lugar santo e contra a Lei. Pois o ouvimos dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deixou”.
a. Então subornaram alguns homens para dizerem: Os oponentes de Estêvão não conseguiam ganhar em uma luta justa, então eles usaram mentiras e estratégias secretas para colocar a opinião pública contra Estêvão.
i. Normalmente Lucas não saberia que os oponentes de Estêvão subornaram alguns homens para dizerem. Possivelmente ele sabia disso porque um homem chamado Saulo de Tarso estava entre os oponentes. Alguns deles eram da Cilícia, terra natal de Paulo. Saulo (que ficou conhecido como Paulo, o apóstolo) pode ter contado a Lucas sobre este incidente.
b. Agitaram o povo: Os oponentes de Estêvão não podiam fazer nada contra os seguidores de Jesus até que eles tivessem a opinião pública do seu lado. Anteriormente, a perseguição contra os apóstolos havia sido limitada porque a opinião pública estava do lado deles ( Atos 2:47, 5:26).
i. A opinião pública pode ser facilmente mudada. As mesmas multidões que louvavam a Jesus (Lucas 19:35-40) logo pediram por sua crucificação (Lucas 23:18-23). As multidões que amavam os apóstolos ( Atos 2:47, 5:26) gritaram contra Estêvão. É por isso que nós nunca deveríamos deixar a opinião popular formar a visão ou o foco da igreja, mas deixá-la repousar na Palavra eterna de Deus.
c. Ouvimos Estêvão falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus… este homem não pára de falar contra este lugar santo e contra a Lei… Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deixou: Estas foram as acusações contra Estêvão. Significativamente, muitas das mesmas acusações falsas foram levantadas contra Jesus (Mateus 26:59-61). É algo bom ser acusado das mesmas coisas das quais Jesus foi acusado.
i. Eles o acusaram destas coisas porque Estêvão claramente pregava que:
·Jesus era maior do que Moisés (palavras blasfemas contra Moisés).
·Jesus era Deus (palavras blasfemas contra…Deus).
·Jesus era maior do que o templo (palavras blasfemas contra… este lugar santo).
·Jesus era o cumprimento da lei (palavras blasfemas contra…a lei).
·Jesus era maior do que seus costumes religiosos e tradições (Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes).
ii. É claro que Estêvão nunca ensinou contra Moisés e Deus, porém a glorificação dele de Jesus era distorcida. Estêvão nunca falou palavras blasfemas contra… este lugar santo (o templo), contudo ele não faria dele um ídolo, como muitos judeus naquele tempo faziam. Estêvão teve suas palavras distorcidas e acusações falsas foram levantadas contra ele.
iii. “Qualquer forma de palavras que Estêvão usou que deram motivo para a acusação de que ele disse que Jesus destruiria o templo, ele certamente entendeu e expôs o significado interno das próprias palavras de Jesus”. (Bruce)
iv. Vários comentaristas implicam ou afirmam diretamente que o impulso da mensagem de Estêvão – de que Jesus substitui o templo e sua adoração local – era uma doutrina que os apóstolos em si evitaram de proclamar. Esta é uma especulação injustificada. A ousadia demonstrada pelos apóstolos é prova inegável de que eles não tinham medo de falar verdades que pudessem ser muito controversas – ou perigosas.
3. (15) O semblante de Estêvão quando acusado.
Olhando para ele, todos os que estavam sentados no Sinédrio viram que o seu rosto parecia o rosto de um anjo.
a. Olhando para ele, todos os que estavam sentados no Sinédrio: Estêvão estava em julgamento diante da mais alta corte religiosa que ele poderia enfrentar; examinado por homens honrados, educados e poderosos e parecia ter perdido o apoio popular.
b. Seu rosto parecia o rosto e um anjo: O rosto de Estêvão não tinha aquele semblante sereno, suave e angelical que nós vemos em tantas pinturas; nem era um semblante de julgamento severo e ira. Em vez disso, seu rosto refletia a perfeita paz e confiança de alguém que conhece e confia em seu Deus. O rosto dele tinha a mesma glória refletida que Moisés tinha ao contemplar Deus intimamente.
i. “A descrição é de uma pessoa que está perto de Deus e reflete um pouco da Sua glória como um resultado de estar em sua presença ( Êxodo 34:29ff)”. (Marshall)
c. O rosto de um anjo também significa que Estêvão estava em perfeita paz. O rosto dele não estava repleto de medo ou terror porque ele sabia que sua vida estava nas mãos de Deus e que Jesus nunca abandona Seu povo.