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Bible Commentaries
Apocalipse 1

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

versos 1-20

Este livro é a revelação de Jesus Cristo; toda a Bíblia o é, porque toda revelação vem por meio de Cristo e todo se relaciona com Ele. seu tema principal é expor os propósitos de Deus acerca dos assuntos da Igreja e das nações segundo se relacionam com ela, e do fim do mundo. Tudo isso acontecerá com toda certeza e começarão a ocorrer dentro de muito pouco tempo. embora Cristo mesmo é Deus e tem luz e vida em si, contudo, como Mediador entre Deus e o homem recebe instruções do Pai. A Ele devemos o conhecimento do que devemos esperar de Deus e do que Ele espera de nós. O tema desta revelação eram as coisas que deviam acontecer logo. Pronuncia-se uma bênção para todos os que lêem ou escutam as palavras desta profecia. Boa ocupação têm os que investigam a Bíblia. Não basta com ler e ouvir, senão que devemos manter em nossa memória, em nossa mente, em nossos afetos e na prática, as coisas que estão escritas, e seremos abençoados na obra. Ainda os mistérios e as dificuldades deste livro estão unidos com revelações de Deus, adequadas para imprimir na mente um temor reverente e para purificar a alma do leitor, embora possa ser que este não discirna o significado profético. Nenhuma parte da Escritura expõe mais plenamente o evangelho e adverte melhor contra o mal do pecado.



Não pode haver verdadeira paz onde não há verdadeira graça; aonde vai primeiro a graça, seguirá a paz. Esta bênção é no nome de Deus, da Santa Trindade, é um ato de adoração. primeiro, se menciona ao Pai, descrito como o Senhor que é, que era e que há de vir, eterno, imutável. O Espírito Santo é chamado os sete espíritos, o perfeito Espírito de , em quem há diversidade de dons e operações. O Senhor Jesus Cristo foi desde a eternidade, uma Testemunha de todos os conselhos de Deus. Ele é o Primogênito dos mortos, que por seu poder ressuscitará a seu povo. Ele é o Príncipe dos reis da terra; por Ele são ab-rogados seus conselhos e ante Ele são eles responsáveis de render contas. O pecado deixa uma mancha de culpa e contaminação na alma. nada pode tirar esta mancha, senão o sangue de Cristo, e Cristo derramou seu próprio sangue para satisfazer sem justiça divina, e comprar o perdão e a pureza para seu povo.
Cristo tem feito dos crentes, reis e sacerdotes para Deus seu Pai. Como tais eles vencem o mundo, mortificam o pecado, governam seus próprios espíritos, resistem a Satanás, prevalecem com Deus em oração e julgarão o mundo. Ele os tem feito sacerdotes, lhes deu acesso a Deus, os capacitou para oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis, e por estes favores eles devem dar-lhe domínio e glória para sempre.
Ele julgará o mundo. Chama a atenção até esse grande dia em que todos veremos a sabedoria e a felicidade dos amigos de Cristo e a loucura e infelicidade de seus inimigos. Pensemos freqüentemente na segunda vinda de Cristo. Ele virá para terror dos que o ferem e crucificam de novo em sua apostasia; Ele virá para assombro de todo o mundo dos ímpios. Ele é o Princípio e o Fim; todas as coisas são dEle e para Ele; e o Todo Poderoso; o mesmo Eterno e Imutável. Se desejarmos ser contados com seus santos na glória eterna, devemos submeter-nos agora voluntariamente a Ele, recebê-lo, e honrá-lo como Salvador, a quem cremos virá a ser o nosso Juiz. Ai, que houvesse muitos que desejassem não morrer nunca, e que não houvesse um dia de juízo!



Consolo do apóstolo é que não sofreu como malfeitor, senão pelo testemunho de Jesus, por dar testemunho de Cristo como o Emmanuel, o Salvador; o Espírito de glória e de Deus repousou sobre este perseguido apóstolo. O dia e a hora desta visão foi o dia do Senhor, o dia de repouso cristão, o primeiro dia da semana, observado em memória da ressurreição de Cristo. nós, que o chamamos "nosso Senhor", devemos honrá-lo em seu próprio dia. O nome mostra como deve observar-se este dia sagrado; o dia do Senhor deve ser dedicado absolutamente ao Senhor e nenhuma de suas horas deve empregar-se em forma sensual, mundana ou em diversões.
Ele estava em uma atitude seria, celestial, espiritual, sob a influência da graça do Espírito de Deus. Os que desejem desfrutar da comunhão com Deus no dia do Senhor, devem procurar tirar seus pensamentos e afetos das coisas terrenas. Se os crentes são impedidos de observar o dia santo do Senhor com as ordenanças públicas e a comunhão dos santos, por necessidade e não por própria opção, podem buscar consolo na mediação e nos deveres secretos da influência do Espírito; ouvindo a voz e contemplando a glória de seu amado Salvador, de cujas palavras de graça e poder não os pode separar nenhum confinamento nem circunstância externa. Se nos dá um alarme com o som da trombeta e, depois, o apóstolo ouviu a voz de Cristo.



As igrejas recebem sua luz de Cristo e do evangelho, e as mostram aos outros. Elas são os candeeiros de ouro; devem ser preciosas e puras; não só os ministros, senão os membros delas; assim deve brilhar sua luz diante dos homens, como para elevar a outros a dar glória a Deus. o apóstolo viu como se o Senhor Jesus Cristo aparecesse em meio dos candeeiros de ouro. Ele sempre está com suas igrejas, até o fim do mundo, enchendo-as com luz, vida e amor. Estava vestido com um manto até os pés, talvez representando sua justiça e seu sacerdócio, como Mediador. Esta vestimenta estava cingida com um cinto de ouro, que pode denotar quão preciosos são seu amor e afeto por seu povo. sua cabeça e cabelos brancos como lã e neve podem representar sua majestade, pureza e eternidade. Seus olhos como chamas de fogo podem representar seu conhecimento dos secretos de todos os corações e dos acontecimentos mais distantes. Seus pés, como de latão reluzente que arde num forno, podem denotar a firmeza de seus desígnios e a excelência de seus procedimentos. Sua voz, como o som de muitas águas, pode representar o poder de sua palavra, para tirar ou destruir. As sete estrelas eram símbolo dos ministros das sete igrejas às quais devia escrever o apóstolo, e a quem Cristo sustentava e mandava. A espada representa sua justiça e sua palavra, que alcança até dividir alma e espírito (Hb 4.12). Seu rosto era como o sol, quando brilha clara e fortemente; sua força demasiado brilhante e cegante para que a contemplem os olhos mortais.
O apóstolo estava estarrecido com a grandeza do brilho e a glória com que apareceu Cristo. nós bem podemos estar contentes com andar por fé enquanto estivermos aqui na terra. O Senhor Jesus disse palavras de consolo: Não temas. Palavras de instrução, dizendo quem era o que assim aparecia. Sua natureza divina: o Primeiro e o Último. Seus sofrimentos anteriores: estive morto; o mesmo ao qual viram na cruz seus discípulos. Sua ressurreição e vida: venci a morte e sou partícipe da vida eterna. Seu ofício e autoridade: o domínio soberano no mundo invisível e sobre ele, como o Juiz de tudo, de cuja sentença não há apelação. Escutemos a voz de Cristo e recebamos as prendas de seu amor, porque, que pode ocultar daqueles por cujos pecados morreu? Então, obedeçamos a Sua palavra e entreguemo-nos totalmente Àquele que dirige retamente todas as coisas.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Revelation 1". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/revelation-1.html. 1706.
 
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