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Bible Commentaries
Hebreus 10

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

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versos 1-39

Tendo mostrado que o tabernáculo e as ordenanças da aliança do Sinai eram somente emblemas e tipos do Evangelho, o apóstolo conclui que os sacrifícios que os sumos sacerdotes ofereciam continuamente não podiam aperfeiçoar os adoradores Enquanto ao perdão e a purificação de suas consciências, mas quando "Deus manifestado em carne" se fez sacrifício, e o resgate foi sua morte no madeiro maldito, então, por ser de infinito valor quem sofreu, seus sofrimentos voluntários foram de infinito valor. O sacrifício expiatório deve ser capaz de consentimento, e deve ser colocado pela própria vontade no lugar do pecador: Cristo fez assim. A fonte de tudo isso que Cristo tem feito por seu povo é a soberana vontade e graça de Deus. a justiça introduzida e o sacrifício oferecido uma só vez por Cristo são de poder eterno, e sua salvação nunca será eliminada. São de poder para fazer perfeitos a todos os que vão até Ele; eles obtêm do sangue expiatório a força e os motivos para obedecer e para o consolo interior.



Sob a nova aliança ou a dispensação do evangelho, se tem perdão pleno e definitivo. Isto significa uma enorme diferença da aliança nova a respeito da antiga. Na antiga deviam repetir-se amiúde os sacrifícios e, depois de tudo, se obtinha por eles perdão somente neste mundo. Sob a nova, basta com um só Sacrifício para procurar o perdão espiritual de todas as nações e todas as épocas, ou para ser livrado do castigo no mundo vindouro. Bem pode ser chamado de aliança nova, esta. Que ninguém suponha que as invenções humanas podem valer de algo para os que as coloquem no lugar do sacrifício do Filho de Deus. que resta então, senão que procuremos um interesse pela fé neste Sacrifício; e o selo disso em nossas almas pela santificação do Espírito para obediência? Assim sendo, como a lei está escrita em nossos corações, podemos saber que somos justificados, e que Deus não lembrará mais de nossos pecados.



Havendo terminado a primeira parte da epístola, o apóstolo aplica a doutrina a propósitos práticos. Como os crentes tinham o caminho aberto à presença de Deus, então lhes convinha usar este privilégio. O caminho e os médios pelos quais os cristãos desfrutam destes privilégios passa pelo sangue de Jesus, pelo mérito desse sangue que Ele ofereceu como sacrifício expiatório. O acordo da santidade infinita com a misericórdia que perdoa não foi entendido claramente até que a natureza humana de Cristo, o Filho de Deus, foi ferida e moída pelas nossas iniqüidades. Nosso caminho ao céu passa pelo Salvador crucificado; sua morte é para nós o caminho de vida e para os que crêem nisto, Ele é precioso. Devem aproximar-se a Deus; seria desprezar a Cristo continuar de longe.
Seus corpos deviam ser lavados com água pura, aludindo aos lavamentos ordenados pela lei: deste modo, o uso da água no batismo era para lembrar aos cristãos que suas condutas deviam ser puras e santas. Como eles derivam consolo e graça de seu Pai reconciliado a suas próprias almas, adornam a doutrina de Deus seu Salvador em todas as coisas.
Os crentes devem considerar como podem servir-se os uns aos outros, especialmente estimulando-se uns a outros no exercício mais vigoroso e abundante do amor, e na prática das boas obras. A comunhão dos santos é uma grande ajuda e privilégio, e um médio de constância e perseverança. Devemos observar a chegada de tempos de prova, e por eles ser despertados a uma maior diligência. Existe um dia de prova que vem para todos os homens: o dia de nossa morte.



As exortações contra a apostasia e a favor da perseverança são enfatizadas por muitas razões de peso. O pecado aqui mencionado é a falha total e definitiva em que os homens desprezam e rejeitam, com vontade e resolução total e firme, a Cristo, o único Salvador; desprezam e resistem ao Espírito, o único Santificador; e desprezam e renunciam ao evangelho, o único caminho para a salvação, e as palavras de vida eterna. Desta destruição Deus dá, ainda na terra, um aviso prévio temível para as consciências de alguns pecadores, que perdem a esperança de serem capazes de suportá-la ou de fugir dela. Pois, que castigo pode ser mais doloroso que morrer sem misericórdia? Respondemos: morrer por misericórdia, pela misericórdia e a graça que eles desprezaram. Quão temível é o caso quando não só a justiça de Deus, senão a sua graça e misericórdia, abusadas, clamam vingança! tudo isso não significa no mais mínimo que fiquem excluídas da misericórdia as almas que se lamentam pelo pecado, ou que lhes seja negado o benefício do sacrifício de Cristo a alguém disposto a aceitar estas bênçãos. Cristo não lançará fora o que acudir a Ele.



Muitas e variadas aflições se conjugaram contra os primeiros cristãos e eles tiveram grande conflito. O espírito cristão não é um espírito egoísta; leva-nos a compadecer o próximo, a visitá-lo, ajudá-lo e rogar por eles.
Aqui todas as coisas não são senão sombras. A felicidade dos santos durará para sempre no céu; os inimigos nunca podem tirá-la, como os bens terrenos. Isto fará rica restauração por todo o que perdemos e sofremos aqui. A parte maior da alegria dos santos ainda está na promessa. É uma prova da paciência dos cristãos ter de contentar-se com viver depois que sua obra estiver feita, e continuar em pós de sua recompensa até que chegue o tempo de Deus de dá-la. Logo Ele virá a eles, na morte. Para terminar todos seus sofrimentos e dar-lhes a coroa de vida. O atual conflito do cristão pode ser agudo, porém acabará logo. Deus nunca se compraz com a profissão formal e os deveres e serviços externos dos que não perseveram, senão que os contempla com muito desagrado. Os que têm sido mantidos fiéis nas grandes provas do tempo passado, têm razão para esperar que a mesma graça os ajude ainda a viver por fé até que recebam o objetivo de sua fé e pacientemente a salvação mesma de suas almas. Vivendo por fé e morrendo por fé, nossas almas estão a salvo para sempre.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Hebrews 10". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/hebrews-10.html. 1706.
 
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