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Thursday, November 21st, 2024
the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre Romans 13". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/romans-13.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre Romans 13". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-14
Romanos 13 – A obrigação do cristão para com o governo
A. O cristão e o governo.
1. (1-2) Autoridade legítima do governo e a resposta do cristão.
Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.
a. Sujeitar-se às autoridades governamentais: A conexão entre Romanos 12 e Romanos 13 é clara. Se o cristão não deve buscar vingança pessoal, isso não tira a autoridade do governo para punir os transgressores.
b. Todos devem: Isso certamente inclui os cristãos. Paulo simplesmente diz que devemos estar sujeitos às autoridades governamentais. Isso contrastava com os grupos de zelosos judeus daquela época, que não reconheciam nenhum rei a não ser Deus e não pagavam impostos a ninguém a não ser Deus.
c. Pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas: Nós nos sujeitamos às autoridades governamentais porque elas são designadas por Deus e servem a um propósito em Seu plano.
i. Não há autoridade que não venha de Deus: Deus nomeia os líderes de uma nação, mas nem sempre para abençoar o povo. Às vezes é para julgar o povo ou amadurecer a nação para julgamento.
ii. Lembramos que Paulo escreveu isso durante o reinado do Império Romano. Não era uma democracia e nenhum amigo especial para os cristãos – mas ele ainda via sua autoridade legítima.
iii. “Seu Salvador sofreu sob Pôncio Pilatos, um dos piores governadores romanos que a Judeia já teve; e Paulo sob Nero, o pior imperador romano. E nem nosso Senhor nem Seu apóstolo negaram ou injuriaram a ‘autoridade’” (Newell)
d. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu: Uma vez que os governos têm autoridade de Deus, somos obrigados a obedecê-los – a menos, é claro, que eles nos ordenem que façamos algo em contradição com a lei de Deus. Então, somos ordenados a obedecer a Deus diante do homem (como em Atos 4:19).
e. E aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos: Deus usa as autoridades governamentais como um freio aos desejos e tendências pecaminosas do homem. O governo pode ser uma ferramenta eficaz para resistir aos efeitos da queda do homem.
2. (3-4) O trabalho do governo: punir e deter os malfeitores.
Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.
a. Pratique o bem, e ela o enaltecerá: A ideia de Paulo é que os cristãos devem ser os melhores cidadãos de todos. Embora sejam leais a Deus antes de serem leais ao estado, os cristãos são bons cidadãos porque são honestos, não dão problemas ao estado, pagam seus impostos e – o mais importante – ora pelo estado e pelos governantes.
b. Pois é serva de Deus: Paulo descreve os funcionários do governo como serva de Deus. Eles têm um ministério no plano e administração de Deus, tanto quanto os líderes da igreja têm.
i. Se os governantes do estado são serva de Deus(servos), eles devem se lembrar que eles são apenas servos, e não os próprios deuses.
c. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal: É através da justa punição do mal que o governo cumpre sua função no plano de Deus de conter as tendências pecaminosas do homem. Quando um governo falha em fazer isso de forma consistente, ele se abre para o julgamento e correção de Deus.
d. Pois ela não porta a espada sem motivo: A espada é uma referência à pena capital. No Império Romano, os criminosos eram normalmente executados por decapitação com uma espada (a crucificação era reservada para os piores criminosos das classes mais baixas). Paulo, falando por inspiração do Espírito Santo, não tem dúvidas de que o estado tem autoridade legítima para executar criminosos.
3. (5-7) A responsabilidade do cristão para com o governo.
Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Deem a cada um o que lhe é devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra.
a. Portanto, é necessário que sejamos submissos: Devemos estar submissos ao governo; não apenas porque tememos o castigo, mas porque sabemos que é certo perante Deus fazê-lo.
i. Por questão de consciência: A obediência cristã ao estado nunca é cega – obedece com os olhos da consciência bem abertos.
b. Vocês pagam imposto… Deem a cada um o que lhe é devido: Nós também devemos pagar os impostos devidos por nós, porque há um sentido em que apoiamos a obra de Deus quando o fazemos.
i. Por implicação, Romanos 13:6 também diz que os impostos coletados devem ser usados pelo governo para realizar o trabalho de conter o mal e manter uma sociedade ordeira – não para enriquecer os próprios funcionários do governo.
c. Impostos… tributo… temor… honra: Devemos dar ao estado o dinheiro, a honra e a devida reverência que são devidos ao estado, ao mesmo tempo reservando nosso direito de dar a Deus o que é devido somente a Deus (Mateus 22:21).
d. À luz disso, a rebelião contra o governo é justificada? Se um cidadão pode escolher entre dois governos, é correto escolher e promover aquele que é mais legítimo aos olhos de Deus – aquele que melhor cumprirá o propósito de Deus para os governos.
i. Em uma democracia, entendemos que em certo sentido somos o governo e não devemos hesitar em ajudar a “governar” nossa democracia por meio de nossa participação no processo democrático.
B. A obrigação do cristão para com seus vizinhos.
1. (8-10) A obrigação de amar.
Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei. Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”, “não matarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei.
a. Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros: Em um nível pessoal, a única “dívida” que devemos carregar é a “dívida” de amar uns aos outros – esta é uma obrigação perpétua que carregamos tanto diante de Deus quanto uns dos outros.
i. Alguns tomam isso como uma ordem de nunca pedir emprestado, mas Jesus permitiu o empréstimo em passagens como Mateus 5:42. Esse não é o sentido do que Paulo está dizendo aqui, embora as Escrituras nos lembrem do perigo e das obrigações de tomar emprestado ( Provérbios 22:7).
ii. “Podemos pagar nossos impostos e ficar quietos. Podemos oferecer respeito e honra onde eles são devidos e não temos nenhuma obrigação adicional. Mas nunca podemos dizer: ‘Fiz todo o amor que precisava fazer’. O amor, então, é uma obrigação permanente, uma dívida impossível de cumprir”. (Morris)
b. Ame o seu próximo como a si mesmo: Paulo ecoa as palavras de Jesus, conforme registrado em Mateus 22:36-40. Este é um dos dois mandamentos sobre os quais dependem toda a Lei e os Profetas.
i. Ame o seu próximo significa amar as pessoas com quem você realmente encontra e com quem lida todos os dias. É fácil para nós amar no teórico e no abstrato, mas Deus exige que amemos pessoas reais.
ii. “Nenhum homem pode chegar ao fim da vida traçando uma pequena linha ao redor de si mesmo no chão. Nenhum homem pode cumprir seu chamado como cristão buscando o bem-estar de sua esposa e família apenas, pois estes são apenas uma espécie do ‘eu’ superior.” (Spurgeon)
c. O amor é o cumprimento da lei: é fácil fazer todas as “coisas” religiosas certas, mas negligenciar o amor. Nosso amor é a verdadeira medida de nossa obediência a Deus.
2. (11-14) A urgência de amar e andar bem com Deus.
Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos. A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e vistamo-nos a armadura da luz. Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne.
a. A noite está quase acabando; o dia logo vem: Porque conhecemos o perigo dos tempos e antecipamos o breve retorno de Jesus, devemos estar ainda mais enérgicos e comprometidos com uma caminhada correta com Deus em vez de um andar sonolento com Deus.
i. Como é importante despertar do sono! É possível fazer muitas coisas cristãs e, ainda assim, estar essencialmente adormecido em relação a Deus.
• Às vezes, as pessoas falam durante o sono.
• Às vezes, as pessoas ouvem coisas durante o sono.
• Às vezes, as pessoas andam dormindo.
• Às vezes, as pessoas cantam durante o sono.
• Às vezes, as pessoas pensam durante o sono; nós chamamos isso de sonho.
ii. Por que alguém pode fazer muitas coisas religiosas e ainda estar adormecido em relação a Deus, é importante para todo cristão certificar-se de que está verdadeiramente desperto e ativa em sua vida diante de Deus.
b. Deixemos de lado as obras das trevas e vistamo-nos a armadura da luz: A ilustração é tirando e colocando roupas. Quando você se veste todos os dias, você se veste de acordo com quem você é e com o que planeja fazer. Portanto, todos os dias, revistam-se do Senhor Jesus Cristo.
i. Devemos deixar de lado antes de podermos revestir. “Os trapos do pecado devem cair ao colocarmos o manto de Cristo. Deve haver um afastamento do amor ao pecado, deve haver uma renúncia às práticas e hábitos do pecado, ou então o homem não pode ser cristão. Será uma tentativa inútil de tentar vestir a religião como uma espécie de avental celestial por cima dos velhos pecados.” (Spurgeon)
c. As obras das trevas: São caracterizadas como orgias e bebedeiras, imoralidade sexual e depravação… desavença e invejaIsso não é apropriado para os cristãos que saíram da noite para a luz de Deus.
i. A ideia por trás da palavra orgia é “o desejo de uma cama proibida”. Descreve a pessoa que não valoriza a pureza e a fidelidade sexual.
ii. A Imoralidade sexual nesta passagem tem a ideia de pessoas que estão perdidas na vergonha. Eles não se importam mais com o que as pessoas pensam e exibem seus pecados abertamente, até mesmo com orgulho.
d. A armadura de luz: Está relacionada ao próprio Senhor Jesus Cristo. Quando nos revestimos de Cristo, colocamos toda a armadura de Deus e estamos equipados para defender e atacar.
i. “Revistam-se do Senhor Jesus Cristo é uma metáfora forte e vívida. Significa mais do que revestir o caráter do Senhor Jesus Cristo, significando antes: Deixe o próprio Jesus Cristo ser a armadura que você veste.” (Morris)
e. Não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne a carne será tão ativa quanto nós permitirmos que seja. Temos um trabalho a fazer ao comportarmos com decência, como quem age à luz do dia– não é como se Jesus o fizesse por nós enquanto nos sentamos; em vez disso, Ele faz isso por nosso intermédio, quando temos uma parceria ativa e voluntária com ele.
i. Deus usou essa passagem para mostrar a Agostinho, o grande teólogo da igreja primitiva, que ele realmente poderia viver a vida cristã com o poder do Espírito Santo – ele simplesmente tinha que fazer isso. E nós também.