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Friday, November 22nd, 2024
the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
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Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre Philippians 3". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/philippians-3.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre Philippians 3". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-21
Filipenses 3 – Deixando a Lei e Prosseguindo para Jesus
A. A futilidade de um relacionamento com Deus baseado no princípio da lei.
1. (1-2) Alertando sobre a influência de judeus legalistas.
Finalmente, meus irmãos, alegrem-se no Senhor! Escrever-lhes de novo as mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês. Cuidado com os “cães”, cuidado com esses que praticam o mal, cuidado com a falsa circuncisão!
a. Finalmente: Isto não significava que Paulo tinha quase acabado; Paulo escreveu aqui como muitos pregadores falam. Contudo, deveríamos esperar algum tipo de transição na carta com a finalmente.
i. “O ‘finalmente’ de Paulo aqui não é o ‘finalmente’ do pregador do tempo presente. Ele tem outro ‘finalmente’ em 4:8. Ele não quer dizer por isso que ele está para finalizar a carta. As palavras traduzidas pela palavra ‘finalmente’ são literalmente ‘e quanto ao restante’”. (Wuest)
b. Alegrem-se no Senhor: Este é um tema adequado para a carta inteira. Paulo compartilhou com os Filipenses o princípio de ser capaz de se alegrar no Senhor – não em circunstâncias ou em situações, mas no Senhor que trabalha em todas as coisas ao mesmo tempo para o bem.
i. Esta alegria permanente é adequada para o crente porque ela mostra que nós realmente confiamos em um Deus em quem realmente acreditamos estar no controle. Quando acreditamos nisso, não é nenhuma surpresa que então estejamos cheios de alegria.
ii. Alegrem-se no Senhor: “A frase inteira pode ser o equivalente cristão à exclamação do Antigo Testamento: Aleluia”. (Martin)
iii. “É um dever para nós cultivarmos esta alegria. Devemos firmemente deter qualquer tendência de murmúrio ou reclamação; encontrar falhas nos tratos de Deus; ou buscar obter simpatia. Devemos resistir ao máximo a tentação da depressão e melancolia assim como qualquer forma de pecado”. (Meyer)
c. Escrever-lhes de novo as mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês: Paulo assegurou os Filipenses de que ele não se importava em relembrá-los das mesmas coisas porque era para a segurança deles.
i. Paulo não se importava em relembrá-los porque ele era apaixonadamente preocupado com certos perigos e tinha uma posição firme contra eles. “Esta explosão é muito notável, pois sua veemência é tão diferente do resto do tom da carta. Que é calmo, alegre, leve, mas isto é tempestuoso e apaixonado, cheio de palavras faiscantes e mordazes”. (Maclaren)
d. Cuidado com os “cães”: Esta foi uma referência dura aos legalistas problemáticos que tentavam enganar os Filipenses. “Cães” é exatamente o termo de desprezo que os judeus usariam contra gentios. Paulo disse muito ao usar esta palavra contra esses legalistas influenciados por judeus.
i. Muller citando Lightfoot: “As matilhas de cães que rondavam pelas cidades dos orientais, sem um lar e sem um dono, se alimentando do lixo e sujeira das ruas, brigando entre si e atacando os transeuntes, explica as aplicações da imagem”.
ii. “Nós somos instruídos, portanto, a tomar cuidado com homens de espírito briguento e contencioso, que sob o disfarce da religião escondem coisas impuras e imundas; e que não estão somente contaminadas, mas são contaminantes em sua influência”. (Meyer)
e. Cuidado com esses que praticam o mal: Isso descreve tanto o que estes legalistas fazem (trabalhando o mal) quanto é também uma palavra contra a ênfase na justiça deles para com Deus pelas obras. Paulo admitiria que eles têm uma preocupação pelas obras, mas eles eram desses que praticam o mal.
i. Esses que praticam o mal: “Estas pessoas são as ‘Manivelas’ de nossas Igrejas; elas introduzem modismos e passatempos; elas exageram a importância de ninharias; elas captam toda nova teoria e capricho e os seguem ao detrimento da verdade e do amor”. (Meyer)
f. Cuidado com a falsa circuncisão: Aqui está outra dura referência à insistência desses legalistas judeus. Em exigir circuncisão para os gentios que queriam se tornar cristãos. Isso tudo era feito com a ideia de que alguém deve se tornar um judeu primeiro antes de se tornar um cristão.
i. “Eles não negavam que Jesus era o Messias ou que Seu Evangelho era o poder de Deus para a salvação, porém eles insistiam que os gentios convertidos apenas conseguiriam vir para a plenitude do privilégio do Evangelho através da lei de Moisés”. (Meyer)
ii. No entanto Paulo não via a insistência deles na circuncisão como algo lindo ou nobre; ele a considerava como um exemplo feio de mutilação (falsa circuncisão). Maclaren Imagina Paulo dizendo dessa maneira: “Eu não as chamarei de circuncisão, eles não foram circuncidados, eles foram apenas cortados e mutilados, isso foi apenas uma mera mutilação da carne”.
iii. Martin sobre a circuncisão: “Pelo trocadilho, ele zombando a chama de corte, katatome, i.e. mutilação do corpo em paridade com as práticas pagãs proibidas em Levítico 21:5”.
2. (3-4) Paulo define a verdadeira circuncisão.
Pois nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos pelo Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma na carne, embora eu mesmo tivesse razões para ter tal confiança. Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais:
a. Pois nós é que somos a circuncisão: Estes legalistas judeus se consideravam os verdadeiros circuncidados e justos perante a Deus. Mas Paulo declarou que ele e seus seguidores eram a verdadeira circuncisão.
b. Nós que adoramos pelo Espírito de Deus: Isso define a verdadeira circuncisão. Eles adoram pelo espírito de Deus em oposição a adoração carnal e externa enfatizada por estes legalistas.
i. “A palavra ‘adoramos’ é a tradução da palavra grega que se refere ao serviço a Jeová por Seu povo peculiar, os judeus. Um judeu ficaria escandalizado pela aplicação dessa palavra a um gentio”. (Wuest)
c. Nos gloriamos em Cristo Jesus: Isto também caracteriza aqueles que são da verdadeira circuncisão. Sua alegria não é encontrada em sua própria capacidade de ser justificado pela lei ou pelo fato de que cumprem a lei. Jesus e apenas Jesus é sua alegria.
d. Não temos confiança alguma na carne: Esta é uma terceira característica da verdadeira circuncisão. Eles não confiam na própria capacidade de serem justos diante de Deus através de obras externas (na carne), mas a confiança deles está somente em Jesus.
e. Embora eu mesmo tivesse razões para ter tal confiança… eu ainda mais: Paulo sabia que ele era mais qualificado a ser justificado por cumprir a lei do que qualquer um dos seus oponentes legalistas presentes eram.
i. Curiosamente, frequentemente aqueles que promovem a ideia de ter confiança na carne são os mesmos que são menos qualificados a ter tal confiança. Isso se dá por causa do princípio que Paulo explica em Colossenses 2:23 – Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne.
3. (5-6) As razões de Paulo do porquê ele poderia ter confiança na carne.
Circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível.
a. Circuncidado no oitavo dia de vida: Paulo primeiro listou 4 coisas que eram suas possessões por nascimento, todas as razões do porquê ele poderia ter confiança na carne.
·Paulo foi circuncidado no oitavo dia de vida de acordo com Levítico 12:3.
·Paulo era pertencente ao povo de Israel, um descendente de Abraão, Isaque e Jacó; e, portanto, um herdeiro da aliança de Deus com eles.
·Paulo era da tribo de Benjamin, uma tribo distinta. Benjamin era distinta pelo fato de que deu a Israel seu primeiro rei, Saulo ( 1 Samuel 9:1-2). Foi a primeira tribo que se alinhou com a fiel Judá quando Israel foi dividida em 2 nações no tempo de Roboão ( 1 Reis 12:21). Ela também foi a tribo que tinha a cidade de Jerusalém dentro de suas fronteiras ( Juízes 1:21).
·Paulo era um verdadeiro hebreu. Isto o contrastava dos judeus que aceitaram a cultura grega enquanto ela se espalhava através do Mediterrâneo. Naquele tempo, muitos judeus ficaram com vergonha de seu judaísmo e tentaram viver e agir o mais parecido possível que podiam com gregos, às vezes até mesmo ao ponto de ter sua circuncisão cosmeticamente restaurada ou escondida para que eles então pudessem desfrutar os banhos públicos romanos sem ser notados como judeus. Em contraste, Paulo foi criado pelos seus pais como um verdadeiro hebreu.
b. Quanto à Lei: Paulo então listou 3 coisas que eram suas por escolha pessoal e convicção, todas as razões do porquê ele poderia ter confiança na carne.
·Paulo era quanto à Lei, fariseu. Conta que entre um povo de elite (os Judeus), Paulo era de uma seita de elite (os Fariseus), que eram notórios pela sua devoção escrupulosa a lei de Deus. “Não havia muitos fariseus, nunca mais do que seis mil, porém eles eram atletas espirituais do judaísmo. Seu próprio nome significa Os Separados. Eles tinham se separado de toda a vida comum e de todas as tarefas comuns para fazer como seu único objetivo de vida cumprir cada pequeniníssimo detalhe da lei”. (Barclay) A preocupação que os fariseus tinham por cumprir a lei está refletida nas passagens como Mateus 23:23.
·Quanto ao zelo, perseguidor da igreja. Paulo não era meramente um oponente intelectual de heresias percebidas contra o judaísmo; ele também era um lutador ativo contra elas – até mesmo em sua cegueira para com Deus. A observação de Paulo de que os judeus de seu dia tinham zelo por Deus, mas o seu zelo não se baseia no conhecimento ( Romanos 10:2) era verdade sobre sua própria vida antes de Deus confrontá-lo na estrada para Damascos.
·Quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível. Isto mostra que Paulo alcançou o padrão de justiça que era aceito entre os homens do seu dia – embora este padrão fosse aquém do padrão sagrado de Deus. Por causa de como a lei era interpretada e ensinada, havia aqueles daqueles dias que eram enganados a pensar que eles realmente eram irrepreensíveis como o certo homem importante (Lucas 18:18-23).
i. Em resumo, se qualquer um podia reivindicar que agrada a Deus pelo cumprimento da lei e pelas obras da carne, esse alguém era Paulo. Ele era muito mais qualificado para fazer tal reivindicação do que eram seus oponentes legalistas.
4. (7) Paulo rejeita toda a confiança na carne.
Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo.
a. Passei a considerar como perda, por causa de Cristo: Qualquer um dos professores corruptos sobre os quais Paulo alertou, ficaria orgulhoso de reivindicar o pedigree Paulo. Ainda, Paulo foi claro sobre isso: passei a considerar como perda, por causa de Cristo.
i. “A palavra ‘lucro’ é plural no grego, isto é, ‘lucros’…. ‘Perda’ é singular. Os vários lucros são todos contados como uma perda”. (Wuest)
ii. “Ele era habilidoso em aritmética espiritual e muito cuidadoso em seu reconhecimento. Ele expôs suas contas com cautela e observou com um olho diligente suas perdas e seus lucros”. (Spurgeon)
b. Passei a considerar como perda: Paulo passou a considerar estas coisas como perda. Não tanto porque elas eram uma perda pelo seu caráter, mas sim porque ele escolheu considerá-las como uma perda.
i. Elas não foram consideradas como perda porque elas eram prejudiciais à Paulo, mas porque essas coisas eram caminhos pelos quais Paulo buscava agradar a Deus nas energias da carne. Antes de Paulo se tornar cristão, ele pensava que todas essas coisas faziam dele um sucesso no esforço de agradar a Deus pelas obras.
ii. Nós podemos dizer que a atitude de Paulo foi a mesma que Jesus descreveu na parábola da pérola de grande valor (Mateus 13:45-46).
B. A total confiança de Paulo em um relacionamento vivo com Jesus Cristo.
1. (8) O lucro de Paulo em Jesus Cristo.
Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo
a. Mais do que isso considero tudo como perda: Paulo não apenas contava seu pedigree religioso como uma perda; ele contava tudo como perda – mas ele as contava como uma perda em vista da suprema grandeza do conhecimento de Jesus Cristo.
i. Mais do que isso: “A tradução de cinco partículas, que mais tarde são literalmente traduzidas como “sim, de fato, portanto, pelo menos, mesmo” e mostra a força e paixão da convicção de Paulo”. (Wuest)
ii. Não era tanto que aquelas coisas eram sem valor em si, mas comparadas a grandeza da suprema grandeza do conhecimento de Jesus Cristo, elas não eram realmente nada.
iii. Paulo colocou aqui um relacionamento pessoal com Jesus Cristo no próprios centro da vida cristã. Ele alegremente aceitou a perda de tudo pela grandeza desse relacionamento pessoal.
iv. Em Filipenses 3:7 Paulo disse que ele considerou (contou); neste versículo ele disse considero tudo. Este primeiro relato foi na sua conversão; o segundo – mais ou menos 30 anos depois – foi em sua prisão romana. Depois de tudo o que ele havia experimentado, ele ainda considerava digno desistir de tudo para seguir Jesus.
v. “Depois de mais de 20 anos de experiência Paulo tinha uma oportunidade de revisar sua folha de balanço e olhar de novo para suas estimativas e ver se sua conta estava correta ou não. Qual foi o assunto de sua última busca? Como estão as coisas em seu último balanço? Ele exclama com uma ênfase especial: ‘Sim, sem dúvidas; e eu conto tudo como perda pela suprema grandeza do conhecimento de Jesus Cristo meu Senhor’”. (Spurgeon)
b. Por quem perdi todas as coisas: Esta perda contábil não era meramente um exercício espiritual interno. Paulo tinha realmente sofrido uma perda de todas as coisas para que ele pudesse ganhar Cristo.
i. Isto é demonstrado pelo lugar e circunstâncias sob as quais Paulo escreveu esta carta – a prisão romana de onde ele verdadeiramente poderia dizer que ele tinha perdido todas as coisas.
c. Eu as considero como esterco: Paulo usou uma linguagem forte aqui. Literalmente Paulo as considerava como excremento – como estrume; não apenas como sem valor, mas como ofensivas.
i. A palavra grega antiga para esterco tinha um de dois usos. Ela poderia descrever o excremento do corpo ou sobras de comida que só serviam para ser jogadas para os cachorros. Nós podemos supor que Paulo estaria confortável com qualquer um dos significados neste contexto.
ii. “A palavra [esterco] significa a mais vil escória ou refugo de qualquer coisa; o pior excremento. A palavra mostra como totalmente insignificante e inútil, com relação à salvação, o apóstolo considerava todas as coisas exceto o Evangelho de Jesus”. (Clarke)
2. (9) Os benefícios espirituais de seu lucro em Jesus Cristo.
E ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.
a. E ser encontrado nele: Porque Paulo estava nele ele podia renunciar sua própria justiça e viver pela justiça que procede de Deus e se baseia na fé. A fundação de sua vida espiritual estava no que Jesus tinha feito por ele e não no que ele tinha feito, estava fazendo ou faria por Jesus no futuro.
b. A justiça que procede de Deus e se baseia na fé: Aqui Paulo expôs a grande diferença entre o relacionamento pela lei destacada pelos seus oponentes e sua conexão pessoal com Jesus Cristo. A diferença está entre viver e confiar em sua própria justiça, e viver e confiar na justiça de Deus dada mediante a fé em Cristo.
i. “Ele renega a sua própria justiça tão avidamente quanto outros homens renegam seus pecados, e ele estima altamente a justiça que Cristo operou por nós, que se torna nossa pela fé”. (Spurgeon)
3. (10-11) A experiência de Paulo de um relacionamento pessoal com Jesus.
Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos.
a. Quero conhecer Cristo: Este foi o simples apelo do coração de Paulo. Era um apelo desconhecido pelo legalista que deve focar necessariamente em seu próprio desempenho e status para encontrar algum tipo de paz com Deus. Mas Paulo queria Jesus, não a si mesmo.
i. Conhecer Jesus não é o mesmo que conhecer a vida histórica Dele; não é o mesmo que conhecer as doutrinas corretas com relação à Jesus; não é o mesmo que conhecer o Seu exemplo moral, e não é o mesmo que conhecer Sua grande obra em nosso favor.
·Podemos dizer que conhecemos alguém porque nós o reconhecemos: porque nós conseguimos distinguir o que é diferente sobre ele comparado a outras pessoas.
·Podemos dizer que conhecemos alguém porque nós somos familiares com o que ele faz; nós conhecemos o padeiro porque nós pegamos nosso pão com ele.
·Podemos dizer que conhecemos alguém porque nós realmente conversamos com ele; nós estamos nos falando com aquela pessoa.
·Podemos dizer que conhecemos alguém porque passamos tempo em sua casa e com sua família.
·Podemos dizer que conhecemos alguém porque comprometemos nossa vida a ele e vivemos com ele todo dia, compartilhando cada circunstância como em um casamento.
·Além de tudo isso, ainda há uma maneira de conhecer Jesus Cristo que inclui todas estas e ainda vai além delas.
ii. “Eles me dizem que ele é um refinador, que ele limpa a partir das manchas; ele me lavou em seu sangue precioso e nessa medida eu o conheço. Eles me dizem que ele veste os nus; ele me cobriu com uma vestimenta de justiça, e nessa medida eu conheço. Eles me dizem que ele é um destruidor e que ele destrói grilhões, ele libertou a minha alma e por isso eu o conheço. Eles me dizem que ele é um rei e que ele reina sobre o pecado; ele subjugou meus inimigos diante de seus pés e eu o conheço por esse caráter. Eles me dizem que ele é um pastor: eu o conheço pois eu sou sua ovelha. Eles dizem que ele é uma porta: eu entrei através dele e eu o conheço como uma porta. Eles dizem que ele é comida: meu espírito se alimenta dele como do pão do céu e, portanto, assim é que eu conheço”. (Spurgeon)
b. O poder da sua ressurreição: Conhecer Jesus significa conhecer seu poder, a nova vida que nos é transmitida agora, não quando morremos.
i. “Ele quer conhecer de uma maneira experiencial o poder da ressurreição de Cristo. Isto é, ele quer experimentar o mesmo poder que ressuscitou Cristo dos mortos surgindo através de seu próprio ser, sobrepujando o pecado em sua vida e produzindo as graças de Cristo”. (Wuest)
ii. “Contudo, eu não acho que Paulo está aqui pensando tanto no poder demonstrado na ressurreição, quanto no poder que sai dela, que pode ser mais propriamente chamado de ‘o poder de sua ressurreição’. Isto o apóstolo desejava apreender e conhecer”. (Spurgeon)
·O poder da Sua ressurreição é um poder evidente. É a prova e selo que tudo que Jesus fez e disse foi verdade.
·O poder da Sua ressurreição é um poder justificador. É a nota fiscal e prova de que o sacrifício da cruz foi aceito como pagamento integral.
·O poder da Sua ressurreição é um poder que dá vida. Ele significa que aqueles que estão conectados com Jesus Cristo recebem a mesma vida de ressurreição.
·O poder da Sua ressurreição é um poder consolador e confortador. Ele promete que nossos amigos e amados que estão mortos em Cristo vivem com Ele.
c. E a participação em seus sofrimentos: Conhecer Jesus também significa conhecer a participação em seus sofrimentos. É tudo parte de seguir Jesus e estar em Cristo. Podemos dizer que este sofrimento é parte de nossa herança como filhos de Deus; nós podemos fazer parte da família do sofrimento: Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória ( Romanos 8:17).
d. Tornando-me como ele em sua morte: Isto nos lembra que estar em Cristo também significa estar “dentro” de Sua morte. Estas palavras tinham uma relevância particular para Paulo que enfrentava um possível martírio.
e. Para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos: Paulo não estava morbidamente focado no sofrimento e morte na vida cristã. Ele viu que eram um caminho necessário para o objetivo da vida de ressurreição agora mesmo e para a ressurreição final dentre os mortos.
i. Este era o objetivo que valia a pena de alguma forma para Paulo. O sofrimento vale a pena considerando a grandeza do objetivo da ressurreição dentre os mortos.
ii. Alcançar: Paulo não duvidou de que ele estava salvo, mas ele ansiava fortemente pela conclusão de sua salvação através da ressurreição de seu corpo. Isso era algo que ele ainda não havia alcançado e pelo qual ansiava.
iii. Lembre-se que Paulo escreveu isto tendo experimentado mais sofrimento do que nós jamais experimentaremos, e que ele escreveu isso da custódia dos soldados romanos. Isso não era meramente uma teoria ou ideias teológicas, mas uma conexão vivida com Deus.
4. (12-14) O futuro do relacionamento de Paulo com Jesus Cristo.
Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.
a. Não que eu já tenha obtido: Paulo escreveu de tanta maturidade e pureza espiritual que nós poderíamos esperar que ele acreditasse que ele havia conquistado todas as dificuldades espirituais e via a si mesmo como tendo chegado perto da perfeição. Contudo, ele nos assegura de que esse não é o caso. Não havia nenhum perfeccionismo em Paulo.
i. Tristemente, é como um para muitos líderes cristãos cultivar a atitude de que eles já tenham obtido. Sem dizer as palavras, eles exibem a imagem constante que dá a ideia de que eles já tenham obtido e já estão aperfeiçoados.
ii. “Irmãos, é algo muito saudável para nós que somos ministros ler uma biografia como a de M’Cheyne. Leia ela toda se você é um ministro e ela irá estourar muitos dos seus sacos de vento. Vocês irão desmoronar terrivelmente. Pegue a vida de Brainerd entre os indianos, ou a de Baxter em nossa própria terra. Pense na santidade de George Herbert, na devoção de Fletcher, ou no zelo de Whitfield. Onde você se encontra depois de ler sobre as vidas deles? Você não poderia espiar em busca de um esconderijo para a sua insignificância?” (Spurgeon)
iii. “Assim como uma pequena criança é um ser humano perfeito, mas ainda está longe de ser perfeita em todo o seu desenvolvimento como homem, então o verdadeiro filho de Deus também é perfeito em todas as partes, embora ainda não seja perfeito em todos os estágios de seu desenvolvimento na fé”. (Muller)
iv. “Porém, enquanto a obra de Cristo por nós é perfeita e seria presunçoso pensar em adicionar algo a ela, a obra do Espírito Santo em nós não é prefeita, ela é continuamente carregada dia após dia, e precisará ser continuada através de toda as nossas vidas”. (Spurgeon)
b. Mas prossigo: Porque Paulo percebeu que ele ainda não havia alcançado, havia apenas uma opção aberta para ele. Ele tinha que prosseguir. Não havia um retorno para Ele.
i. Quando a Espanha liderava o mundo (no século XV), suas moedas refletiam sua arrogância nacional e tinham a inscrição Ne Plus Ultra que significava “Nada Mais Além” – significando que a Espanha era a melhor no mundo todo. Após a descoberta do Mundo Novo, ela percebeu que não era o fim do mundo, então a Espanha mudou a inscrição em suas moedas para Plus Ultra significando: “Mais Além”. Da mesma maneira, algumas vidas cristãs dizem: “Nada Mais Além” e outras dizem: “Mais Além”.
ii. Isto é onde a fé infantil se encontra com a fé madura. A criança mal pode esperar para ficar maior e sempre quer ser mais madura.
iii. Mas prossigo significava que Paulo havia colocado sua mão no arado e se recusava a olhar para trás (Lucas 9:62).
c. Para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus: Paulo prosseguia pelo que Jesus queria. Seu esforço foi colocado adiante para fazer a vontade de Deus, não a sua própria.
i. Quando Paulo disse: “Para alcançá-lo”, ele usou uma linguagem forte. “A palavra ‘apreender’ vem da mesma palavra grega traduzida de ‘alcançado’, mas com a preposição prefixa que significa em sua força local ‘baixo’. Ele quer agarrá-la e puxá-la para baixo como um jogador de futebol americano que não quer apenas pegar seu homem, mas quer puxá-lo para baixo e fazer dele um dos seus”. (Wuest)
ii. Paulo começou este versículo com a ideia de que Jesus Cristo o tinha alcançado. Esta é uma ideia importante; contudo, às vezes cristãos reagem a essa ideia de ser passivo. Eles supõem: “Jesus me alcançou; então agora é isso. Eu sou um cristão e eu vou para o céu”. Paulo mostrou uma atitude diferente; ele estava determinado a alcançar (agarrar) aquilo que Jesus alcançou nele. Então você deveria perguntar: “Por que Jesus alcançou Paulo?”
·Jesus alcançou Paulo para transformá-lo em um novo homem ( Romanos 6:4) – para que então Paulo alcançasse aquilo e quisesse ver a obra de conversão de Jesus totalmente realizada em si mesmo.
·Jesus alcançou Paulo para conformá-lo dentro da imagem de Jesus Cristo ( Romanos 8:29) – para que então Paulo alcançasse aquilo e quisesse ver a natureza de Jesus dentro de si mesmo.
·Jesus alcançou Paulo para transformá-lo em uma testemunha ( Atos 9:15) – para que então Paulo alcançasse tanto a experiência de Jesus quanto testemunhasse sobre aquela experiência.
·Jesus alcançou Paulo para transformá-lo em um instrumento na conversão dos outros ( Atos 9:15) – para que então Paulo alcançasse a obra de trazer outros para Jesus.
·Jesus alcançou Paulo para trazê-lo ao sofrimento ( Atos 9:16) – para que então Paulo alcançasse até mesmo aquela obra de Deus em sua vida, querendo conhecer Jesus na participação em seus sofrimentos.
·Jesus alcançou Paulo para que então o Apóstolo pudesse alcançar a ressurreição dentre os mortos ( Filipenses 3:11) – para que então Paulo alcançasse aquela esperança celestial.
d. O prêmio do chamado celestial de Deus em Jesus Cristo: Paulo estava focado em uma coisa e não deixaria que as coisas que ficaram para trás o distraíssem dela. Ele prosseguiu pelo prêmio.
i. Nós frequentemente deixamos que as coisas que ficaram para trás nos distraiam, sejam elas coisas boas ou ruins. Olhando para o que está no passado frequentemente nos mantêm longe do que Deus tem para nós no futuro.
ii. É uma enganação viver tanto no passado quanto no futuro; Deus quer que nós prossigamos no presente porque o presente é onde a eternidade nos toca agora. Paulo sabia que uma corrida é ganha apenas no momento presente, não no passado ou no futuro.
e. Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus: O prêmio é o chamado celestial de Deus. O prêmio é o chamado em si, não os benefícios que vem do chamado ou qualquer outra coisa. O prêmio é ser capaz de correr a corrida, trabalhar com Deus como um parceiro para fazer a obra do Seu reino.
i. “É um nobre chamado porque ele vem de cima, de Deus; sua concepção emanou do coração Dele. É um nobre chamado porque é digno de Deus. É um nobre chamado porque está tão mais acima dos ideais dos homens…E então, isto é um nobre chamado porque ele nos chama para onde Cristo se senta ao lado direito de Deus”. (Meyer)
ii. Porque é um chamado glorioso vale a pena prosseguir para ele. “A palavra grega destaca os fortes esforços feitos na corrida; cada músculo e nervo é exaurido e ele coloca adiante cada partícula de sua força em correr. Ele estava correndo pela vida e correndo pela vida dele”. (Clarke)
f. Chamado celestial de Deus em Jesus Cristo: Como todo o resto, este chamado celestial de Deus é apenas em Cristo Jesus. Os legalistas poderiam dizer que eles seguiam o chamado celestial de Deus, mas eles certamente não o faziam em Cristo Jesus; ao invés disso eles o faziam nos esforços sua própria carne.
5. (15-16) Paulo exorta os Filipenses a adotarem esta mesma atitude.
Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e, se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos.
a. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma: Aqueles que são realmente maduros verão as coisas desta forma. Se eles não vissem, Paulo confiava que Deus revelaria a necessidade de eles verem.
b. Isso também Deus lhes esclarecerá: Paulo tinha grande confiança na capacidade do Senhor de lidar com Seu próprio povo. Ele não tinha a atitude de que se ele falhasse em convencê-los eles então nunca seriam convencidos.
c. Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos: No entanto, Paulo não deixaria que uma falta de entendimento fosse uma desculpa para qualquer um não fazer o que ele sabia de fato que era a vontade do Senhor. O que nós não sabemos nunca pode desculpar nossa falha em cumprir o que sabemos fazer.
d. De acordo com o que já alcançamos: Parte de fazer o que sabemos é estar de acordo com o que já alcançamos. Este é um chamado para a união (a reunião da verdade contra a divisão potencial trazida pelos legalistas) que olha de volta para Filipenses 2:12.
i. Os problemas de união enfrentados pelos Filipenses não nasceram de grandes problemas com a carnalidade como era o caso com os Coríntios ( 1 Coríntios 3:1-4). Ao invés parecia ser um perigo trazido pela pressão tanto de fora ( Filipenses 1:27-30) quanto de dentro ( Filipenses 3:2). Paulo queria ter certeza de que esta pressão os juntasse ao invés de dividi-los.
C. Andando pelo caminho.
1. (17) O bom exemplo de andar pelo caminho: Paulo e outros.
Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos.
a. Sigam Unidos meu exemplo: Nós não deveríamos pensar que Paulo estava sendo egoísta aqui. Ele sabia que ele não era sem pecado ou um exemplo perfeito, contudo ele ainda era um bom exemplo. Ele podia dizer o mesmo que disse em 1 Coríntios 11:1 – tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
i. Nós precisamos de exemplos concretos. Ao mesmo tempo que é errado colocar nossa confiança em qualquer homem, é hipócrita para qualquer cristão dizer: “faça o que eu falo, não o que eu faço”.
b. E observem os que vivem de acordo: Assim também, Paulo não era tão orgulhoso de pensar que ele era o único que poderia ser tal exemplo. Ele disse aos Filipenses para observar os que vivem de acordo com o caminho do qual ele falou, e ele observou que os filipenses tinham como um padrão o que apresentamos (ao invés de dizer que Paulo era o único padrão).
2. (18-19) Os maus exemplos: os inimigos da cruz.
Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o seu deus é o estômago e eles têm orgulho do que é vergonhoso; só pensam nas coisas terrenas.
a. Há muitos que vivem: Com grande tristeza, Paulo percebe que há muitos que vivem de uma maneira contrária ao que ele ensina. Ele considera estas pessoas como inimigos da Cruz de Cristo.
i. Os inimigos da cruz eram realmente o oposto dos legalistas que celebravam sua suposta liberdade em Cristo na indulgência de sua carne.
ii. Paulo teve que confrontar pessoas desse jeito em 1 Coríntios 6:12-20 e Romanos 6, que pensavam que a salvação vinha sem arrependimento e conversão, e que pensavam que contanto que sua alma estivesse salva, não importava o que você fizesse com o seu corpo.
iii. Quando nós dizemos que homens são inimigos da cruz, nós não queremos dizer que eles são inimigos de uma representação física da cruz. Queremos dizer que eles são inimigos da verdade bíblica da expiação que Jesus fez por nós na cruz e seu contínuo poder e efeito em nossas vidas.
iv. Estas pessoas eram verdadeiramente inimigas da cruz de Cristo que não queriam seguir Jesus tomando Sua cruz de autonegação (Mateus 16:24-26).
b. E agora repito com lágrimas: A obra e o fim desses inimigos era que eles, em seu desrespeito pela santidade de Deus, davam munição as acusações dos legalistas de que Paulo pregava uma graça barata que não exigia nenhum comprometimento de vida. Isso é o que entristecia Paulo no ensinamento deles.
i. Spurgeon pensou que Paulo chorou por três razões. Primeiro, por causa da culpa desses inimigos da cruz de Cristo. Segundo, por causa dos efeitos ruins da conduta deles. Finalmente, por causa da perdição deles.
ii. “Eu nunca li que este apóstolo chorou quando ele foi perseguido. Embora eles tenham rasgados suas costas com sulcos, eu realmente acredito que nunca nenhuma lágrima foi vista caindo de seu olho enquanto os soldados o açoitavam. Embora ele tenha sido jogado na prisão, nós lemos de sua cantoria, nunca de seus gemidos. Eu não acredito que ele jamais chorou por causa de qualquer sofrimento ou por perigos a que ele próprio estava exposto pelo amor de Cristo. Eu chamo isso de uma tristeza extraordinária, porque o homem que chorou não era um pedaço de sentimento suave, e raramente soltava uma lágrima até mesmo em provações dolorosas”. (Spurgeon)
iii. “Professores de religião que entram para a igreja e ainda levam vidas ímpias são os piores inimigos que a cruz de Cristo tem. Estes são o tipo de homens que trazem lágrimas aos olhos do ministro; estes são aqueles que partem seu coração; eles são os inimigos da cruz de Cristo”. (Spurgeon)
c. O destino deles é a perdição: A palavra traduzida para perdição é a mesma palavra usada para destruição em outras partes (como em Filipenses 1:28). Isto se refere tanto a condenação final deles quanto a presente destruição de suas vidas. Provavelmente a condenação final deles está mais a vista.
d. O seu deus é o estômago: Isto descreve a idolatria desses inimigos. Não é que eles estavam necessariamente focados no que eles comiam, mas estomago aqui faz uma referência mais ampla a indulgência sensual no geral. Eles vivem pelos prazeres do corpo, da mente e da alma.
e. Eles têm orgulho do que é vergonhoso: Isto mostra as prioridades equivocadas desses inimigos. Eles tinham orgulho de coisas das quais eles deveriam ter vergonha.
f. Só pensam nas coisas terrenas: Isto descreve o foco da vida deles. Não era agradar e adorar a Deus, mas se darem bem neste mundo. A atitude deles era a mesma que a do rico insensato em Lucas 12:16-21.
3. (20) Nossa cidadania e nosso Senhor.
A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
a. A nossa cidadania, porém, está nos céus: Nós precisamos apreciar o que tudo isso significaria para os Filipenses que davam um grande valor a sua cidadania romana. Assim como os Filipenses poderiam se considerar cidadãos de Roma e sob as leis e os costumes romanos (embora eles ficavam na verdade longe de Roma), também os cristãos deveriam se considerar cidadãos do céu.
i. Uma paráfrase de nossa cidadania…está no céu seria assim: “Nós temos nossa casa no céu e aqui na Terra nós somos uma colônia de cidadãos do céu”. Paulo está dizendo: “Assim como os colonos romanos nunca esqueceram de que eles pertenciam a Roma, você nunca deve esquecer que você é um cidadão do céu; e sua conduta deve combinar com a sua cidadania”. (Barclay)
ii. Se nós somos cidadãos do céu, isso significa que nós somos residentes estrangeiros na terra. Estrangeiros são distintos em qualquer terra estrangeira que eles vão. Cristãos devem ser tão marcados por sua cidadania celeste que eles são percebidos como diferentes.
·Estrangeiros buscariam fazer boas obras na terra em que eles residem.
·Estrangeiros não deveriam buscar interferir nos assuntos da terra em que eles residem.
·Estrangeiros tem privilégios tanto quanto deveres; eles não estão sob as mesmas obrigações como os cidadãos da terra em que eles residem.
·Estrangeiros não são elegíveis para as mesmas recompensas e reconhecimentos como os cidadãos da terra em que eles residem.
·Estrangeiros não deveriam focar em construir riquezas na terra em que eles residem
iii. Nós também temos um certo caráter como cidadãos do céu.
·Como cidadãos nós estamos sob o governo do céu.
·Como cidadãos nós compartilhamos das honras do céu.
·Como cidadãos nós temos direitos de propriedade no céu.
·Como cidadãos nós desfrutamos dos prazeres do céu.
·Como cidadãos do céu nós amamos o céu e nos sentimos conectados a ele.
·Como cidadãos do céu nós nos mantemos em comunicação com a nossa terra nativa.
iv. “Com quanto coração os alemães cantam de sua querida velha terra natal; mas eles não podem com todo o seu patriotismo alemão, eles não podem bater o brilho genial do coração britânico quando ele pensa sobre sua terra natal também. O escocês também, onde quer que esteja, lembra da terra da ‘charneca marrom e madeira desgrenhada’. E o irlandês também, estando onde estiver, ainda pensa na ‘Ilha Esmeralda’, a primeira gema do mar. É correto que o patriota ame seu país. O seu amor não queima ferventemente em direção ao céu?” (Spurgeon)
v. Há um contraste significativo entre os cidadãos da terra como descrito em Filipenses 3:18-19 e os cidadãos do céu como descrito em Filipenses 3:20-21.
b. De onde esperamos ansiosamente o Salvador: Assim como os Filipenses esperariam avidamente por uma visita do imperador em Roma, ainda mais avidamente os cristãos devem esperar pela vinda do seu rei – Jesus Cristo.
i. Salvador foi um título dado aos Césares. Em 48 a.C Julius César foi declarado ser “o salvador universal da humanidade”. Então isso se tornou um título comum para o César governante. Paulo quer dizer algo quando ele aplica o título a Jesus no contexto de cidadania.
c. O Senhor Jesus Cristo: O título Senhor era também aplicado ao César de Roma. Não levou muito tempo depois do tempo de Paulo para cristãos serem martirizados por se recusarem a chamar César de Senhor, reivindicando que Jesus era o único Senhor.
4. (21) A obra futura de nosso Salvador: transformando nossos corpos.
Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso.
a. Ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso: Nosso Salvador pode fazer e fará algo que nenhum César pode. Quando nós estivermos ressuscitados, nós teremos o mesmo tipo de corpo que o próprio Jesus tinha quando foi ressuscitado.
i. Jesus não estava meramente ressuscitado dentre os mortos no mesmo corpo. Ele foi ressuscitado em um novo corpo, com o mesmo padrão do antigo, ainda assim, equipado e apropriado para o céu.
b. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio: Isto é apenas possível porque o Deus que nós servimos é onipotente. Ele é capaz de colocar todas as coisas debaixo do seu domínio e realizar algo tão incrível quanto a ressurreição de nossos corpos pelo padrão da ressurreição de Jesus.
i. Jesus consegue realmente colocar todas as coisas debaixo do seu domínio. “Pode haver pecados dentro de nosso coração que por muito tempo resistem ao nosso controle. Faça o que quiser com eles, eles ainda te desafiam…Mas se você render o conflito para Jesus, Ele irá subjugá-los; Ele os colocará sob Sua forte e subjugante mão. Tenha bom ânimo. O que você não consegue fazer, Ele consegue”. (Meyer)