Lectionary Calendar
Sunday, December 22nd, 2024
the Fourth Week of Advent
the Fourth Week of Advent
advertisement
advertisement
advertisement
Attention!
For 10¢ a day you can enjoy StudyLight.org ads
free while helping to build churches and support pastors in Uganda.
Click here to learn more!
free while helping to build churches and support pastors in Uganda.
Click here to learn more!
Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre Matthew 20". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/matthew-20.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre Matthew 20". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-34
Mateus 20 – Jesus Ensina Sobre Graça, Grandeza e Serviço
A. A parábola dos trabalhadores da vinha.
1. (1-2) Os trabalhadores de um fazendeiro de manhã cedo.
“Pois o Reino dos céus é como um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha.”
a. Pois o Reino dos céus é como um proprietário: Como muitas das parábolas de Jesus, essa história é sobre um empregador e aqueles que trabalham para ele. Jesus usará essa história para responder a uma pergunta de Mateus 19:27: “Nós deixamos tudo para seguir-te! Que será de nós?” Sua resposta veio em etapas.
·Primeiro, uma promessa de recompensa (Mateus 19:28).
·Em segundo lugar, um aviso de que a maneira de Deus distribuir a recompensa não é necessariamente a maneira dos homens (muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros, Mateus 19:30).
·Finalmente, essa parábola ilustra o princípio de que a maneira de Deus recompensar não é como a prática do homem de dar recompensas.
b. Para contratar trabalhadores para a sua vinha: O proprietário da terra foi ao mercado, que era o local de encontro dos trabalhadores diaristas. Um homem que quisesse trabalhar ia até lá logo pela manhã, levando suas ferramentas, e esperava até que alguém o contratasse.
c. De manhã cedo: Literalmente, “ao amanhecer”, geralmente considerado por volta das 6 horas da manhã. Esses trabalhadores contratados logo no início do dia de trabalho combinaram em trabalhar por um denário pelo dia, o salário diário comum de um trabalhador. Esse era um combinado totalmente normal.
2. (3-7) Durante o dia, o proprietário da terra continua a contratar trabalhadores.
“Por volta das nove horas da manhã, ele saiu e viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram. “Saindo outra vez, por volta do meio-dia e das três horas da tarde, fez a mesma coisa. Saindo por volta das cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês estiveram aqui desocupados o dia todo?’ ‘Porque ninguém nos contratou’, responderam eles. “Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha.’
a. Por volta das nove horas da manhã, ele saiu: Nove horas da manhã era também chamada de terceira hora; meio-dia, a sexta hora; cinco horas da tarde, a décima primeira hora. Durante o dia, o proprietário foi ao local onde os trabalhadores se reuniam, encontrou outros que estavam desocupados e os contratou para fazer o trabalho em sua vinha.
i. “Se a colheita não fosse feita antes do início das chuvas, estava arruinada; portanto, a colheita era uma corrida frenética contra o tempo. Qualquer trabalhador era bem-vindo, mesmo que pudesse dedicar apenas uma hora ao trabalho.” (Barclay)
ii. A imagem é que o proprietário de terras tinha um suprimento inesgotável de trabalho para aqueles que quisessem trabalhar. A impressão é que o fazendeiro ficou surpreso ao encontrar pessoas desocupadas, porque ele tinha muito trabalho para lhes dar.
iii. Spurgeon aplicou isso a nós espiritualmente: “Por que qualquer um de nós está desocupado em relação a Deus? Será que nada ainda teve o poder de nos envolver no serviço sagrado? Podemos nos atrever a dizer: ‘Ninguém nos contratou’?”
b. Eu lhes pagarei o que for justo: O proprietário da terra prometeu aos primeiros trabalhadores o salário de um dia (um denário pelo dia). Aos outros trabalhadores contratados durante o dia não foi prometido um salário específico, apenas o que fosse justo. Ele prometeu pagar a todos os trabalhadores posteriores de forma justa.
3. (8-10) O proprietário paga seus trabalhadores.
“Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros’. “Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário.
a. Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros: Esses trabalhadores são diaristas, portanto, são pagos no final de cada dia. Quando chegou a hora de pagar os trabalhadores, os homens contratados por último foram pagos primeiro – e pagos por um dia inteiro de trabalho!
i. Os homens que foram contratados às cinco horas da tarde – que trabalharam apenas cerca de uma hora – estavam obviamente felizes por terem sido pagos primeiro e por um dia inteiro.
b. Esperavam receber mais: Os homens que trabalharam para o fazendeiro o dia todo viram os homens que trabalharam por apenas uma hora saírem da mesa de pagamento e esperavam: “Se o fazendeiro está pagando a esses homens um dia inteiro por uma hora de trabalho, então receberemos muito mais”.
i. A ordem de pagamento era importante. Se os primeiros trabalhadores tivessem sido pagos primeiro, eles não teriam tido tempo de desenvolver a expectativa de receber mais pagamentos para si mesmos. “É possível que os primeiros sentissem sua vaidade ferida por serem pagos depois dos outros. Eles usaram o tempo de espera para considerar sua própria superioridade em relação aos retardatários.” (Spurgeon)
c. Mas cada um deles também recebeu um denário: No entanto, os homens contratados primeiro – no início do dia, e que haviam trabalhado o dia inteiro – receberam exatamente o que o proprietário da terra lhes havia prometido (um denário pelo dia, Mateus 20:2). O fazendeiro fez exatamente o que prometera, mas a suposição deles de que receberiam mais do que o prometido foi frustrada.
4. (11-15) A queixa dos primeiros trabalhadores.
Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’. “Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?’
a. Começaram a se queixar do proprietário da vinha: Depois de serem pagos, os homens contratados primeiro reclamaram com o proprietário da terra. Eles ficaram ofendidos pelo fato de o proprietário tê-los igualado a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia.
i. “O dinheiro foi pago pelo superintendente, mas ele estava parado apreciando a cena.” (Bruce)
ii. É fácil simpatizar com aqueles que trabalharam o dia inteiro. Eles trabalharam enquanto os outros estavam ociosos. Trabalhavam o calor do dia enquanto os outros se protegiam. No entanto, recebiam exatamente o mesmo salário.
b. Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? O proprietário lembrou-lhes que não havia sido injusto com eles. Ele não lhes fez nada de errado e não quebrou nenhuma promessa.
c. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei: O proprietário não fez nada para explicar por que fez isso, a não ser simplesmente dizer “eu quero”. As razões para a generosidade do fazendeiro estavam completamente no próprio fazendeiro, e não naqueles que receberam.
d. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso? O proprietário repreendeu-os por sua inveja e ressentimento em relação à generosidade do proprietário para com os outros. Ele também reivindicou veementemente seu direito de fazer o que quisesse com o que era seu.
i. O “mau-olhado” era um olhar de inveja e ciúme. O fazendeiro perguntou se eles estavam com inveja porque o fazendeiro era generoso com outras pessoas. “O ‘mau-olhado’ era uma expressão idiomática usada para se referir à inveja (cf. Deuteronômio 15:9; 1 Samuel 18:9).” (Carson)
ii. “Mau-olhado era uma expressão usada entre os antigos judeus para denotar um homem ou disposição invejosa e cobiçosa; um homem que repugnava a prosperidade de seu vizinho, amava seu próprio dinheiro e não fazia nada em termos de caridade por amor a Deus.” (Clarke)
5. (16) A parábola aplicada: o princípio da recompensa de Deus.
“Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.”
a. Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos: Pedro e os discípulos sabiam que haviam desistido de muita coisa para seguir Jesus. Pedro queria saber o que eles receberiam em troca. Por meio dessa parábola, Jesus assegurou a Pedro e aos discípulos que eles seriam recompensados – mas o princípio de que muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros (Mateus 19:30) significava que Deus poderia não recompensar como o homem espera – mesmo como a parábola ilustrava.
i. Alguns acham que essa parábola fala da maneira como as pessoas se aproximam de Deus em diferentes estágios de suas vidas. Elas podem vir no início da vida, na juventude, na idade adulta, na velhice ou no final. Outros acham que se refere a como o evangelho surgiu primeiro com João Batista, depois com a pregação de Jesus, depois com a pregação no Pentecostes, depois para os judeus e, finalmente, para os gentios. É melhor entendida como uma parábola sobre graça e recompensa.
ii. Os discípulos devem esperar ser recompensados; mas não devem se surpreender se, quando as recompensas forem distribuídas, Deus recompensar outros de maneiras inesperadas.
b. Os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos: Essa é a essência da graça de Deus, quando Ele recompensa e abençoa o homem de acordo com Sua vontade e prazer, não necessariamente de acordo com o que os homens merecem.
i. O sistema da lei é fácil de entender: você recebe o que merece. O sistema da graça é estranho para nós: Deus lida conosco de acordo com o que Ele é, não de acordo com o que nós somos.
ii. É importante observar que o fazendeiro não tratou ninguém injustamente, embora tenha sido mais generoso com alguns do que com outros. Podemos ter certeza de que Deus nunca, jamais, será injusto conosco, embora Ele possa – para Seu próprio propósito e prazer – conceder uma bênção maior a alguém que pareça menos merecedor.
iii. A questão não é que todos tenham a mesma recompensa – embora todo o povo de Deus vá para o mesmo céu (onde terão recompensas em medidas diferentes). A questão é que Deus recompensa com base no princípio da graça e, portanto, devemos esperar surpresas. Ele nunca será menos do que justo, mas se reserva o direito de ser mais do que justo, se for do Seu agrado. A graça de Deus sempre opera de forma justa.
iv. Essa parábola não é uma ilustração perfeita da graça de Deus, porque o princípio de trabalhar e merecer está envolvido. A graça de Deus não nos dá mais bênçãos do que merecemos – ela nos dá bênçãos completamente à parte do princípio do merecimento.
v. Viver sob a graça é uma espécie de faca de dois gumes. Sob a graça, não podemos nos aproximar de Deus reclamando: “Não mereço mais do que isso?”, porque Deus responderá: “Isso significa que você realmente quer que Eu lhe dê o que você merece?”
vi. A graça deve ser especialmente manifestada em nosso serviço; é pela graça, não pelas obras.
·Todo o nosso serviço já é devido a Deus; pertence a Ele.
·A capacidade de servir a Deus é o dom de Sua graça.
·O chamado para servir a Deus é uma dádiva de Sua graça.
·Toda oportunidade de servir é uma dádiva de Sua graça.
·Estar no estado de espírito certo para fazer o trabalho do Senhor é uma dádiva da graça.
·O serviço bem-sucedido a Deus é uma dádiva de Sua graça.
vii. “Minha última palavra para os filhos de Deus é esta: o que importa, afinal, se somos os primeiros ou os últimos? Não nos deixem insistir muito nisso, pois todos nós compartilhamos a honra dada a cada um. Quando nos convertemos, tornamo-nos membros do corpo vivo de Cristo; e à medida que crescemos em graça e adquirimos o verdadeiro espírito que permeia esse corpo, diremos, quando qualquer membro dele for honrado: ‘Isso é honra para nós’… Se algum irmão for grandemente honrado por Deus, eu me sinto honrado em sua honra. Se Deus abençoar seu irmão e torná-lo dez vezes mais útil do que você, então você verá que Ele o está abençoando – não apenas abençoando a ele, mas a você. Se minha mão tem algo em mãos, meu pé não diz: “Ah, não tenho!”. Não, pois se minha mão tem, meu pé também tem; isso pertence a todo o meu corpo.” (Spurgeon)
c. Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos: Isso foi dito no contexto dessa ilustração da graça. Jesus enfatizou que tanto o chamado quanto a escolha de Deus são baseados em Sua graça – especialmente Sua escolha.
B. Jesus ensina sobre o status no reino.
1. (17-19) Jesus revela novamente o destino que o aguarda em Jerusalém.
Enquanto estava subindo para Jerusalém, Jesus chamou em particular os doze discípulos e lhes disse: “Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios para que zombem dele, o açoitem e o crucifiquem. No terceiro dia ele ressuscitará!”
a. Estamos subindo para Jerusalém: Isso não foi uma surpresa para os discípulos. Mesmo que Jesus não tivesse dito especificamente a eles, o fato de terem se deslocado da Galileia para o sul, na época da festa da Páscoa, facilitou a compreensão de que Jesus e os discípulos estariam em Jerusalém para a Páscoa.
b. O Filho do homem será entregue: Jesus novamente contou aos discípulos o que o aguardava em Jerusalém, mas não se nota nenhuma reação dos discípulos. Uma reação poderia ser especialmente esperada quando Jesus disse que seria entregue.
i. “Isso ele disse ao ouvir o discípulo que seria o traidor: será que a compaixão não visitou o seu coração?” (Spurgeon)
ii. “E ele ainda é traído! Se o evangelho morrer na Inglaterra, escreva em seu túmulo: ‘Traído’. Se nossas igrejas perderem sua santa influência entre os homens, escrevam nelas: ‘Traído’. O que nos importa os infiéis? O que nos importa aqueles que amaldiçoam e blasfemam? Eles não podem ferir o Cristo. Suas feridas são aquelas que ele recebe na casa de seu amigo”. (Spurgeon)
iii. Aparentemente, os discípulos não ouviram de fato quando Jesus disse essas coisas. A expectativa deles estava tão concentrada no fato de Jesus estabelecer um reino político imediato, e essas palavras de Jesus eram tão contrárias a essa expectativa que simplesmente passaram despercebidas.
iv. “Mas Lucas diz que eles não entenderam nenhuma dessas coisas; isto é, certamente não acreditaram em nenhuma delas, pois a palavra lhes foi ocultada.” (Poole)
v. “Quando nosso Senhor disse aos doze que morreria, eles imaginaram que se tratava de uma parábola, ocultando algum mistério profundo. Olharam uns para os outros e tentaram sondar onde não havia profundidade, mas onde a verdade estava na superfície.” (Spurgeon)
vi. Muitas vezes, é mais agonizante contemplar o futuro doloroso do que vivê-lo de fato. Jesus reconheceu abertamente o sofrimento e a agonia que O aguardavam. Jesus pensou em como cumpriria a vontade de Seu Pai no futuro. Para Ele, era importante olhar para a provação que estava por vir e pensar e dizer: “Vou completar o que Meu Pai me deu para fazer. Obedecerei até o fim”.
c. Será entregue… Eles o condenarão à morte… o entregarão aos gentios para que zombem dele, o açoitem e o crucifiquem. No terceiro dia ele ressuscitará! Jesus foi extremamente específico nesse anúncio de Seu destino e previu muitas coisas sobre as quais aparentemente não tinha controle.
i. Será entregue: É possível que Jesus pudesse ter sido entregue às autoridades religiosas sem isso. Certamente, Ele não planejou Sua própria traição. No entanto, Ele disse com confiança que isso aconteceria.
ii. Eles o condenarão à morte: Jesus previu com confiança que os líderes religiosos fariam isso; no entanto, isso não era algo que Ele pudesse planejar.
iii. Entregá-lo aos gentios: Jesus sabia que os líderes religiosos dos judeus não tinham autoridade para executar a pena capital; no entanto, às vezes eles executavam homens apesar dessa proibição ( Atos 7:54-60). Mesmo assim, Jesus estava confiante de que seria entregue aos gentios.
iv. Para que zombem dele, o açoitem: Jesus previu esses aspectos específicos de Sua agonia vindoura – que, em um nível humano, Ele não poderia organizar. “Arrancaram-lhe os cabelos, bateram-lhe nas faces, cuspiram-lhe no rosto. A zombaria não podia ir mais longe. Era um desprezo cruel, cortante e maldito”. (Spurgeon)
v. E o crucifiquem: A crucificação não era a única forma de execução de criminosos sob o domínio dos romanos, mas Jesus sabia que seria assim que Ele seria morto. “Aqui está a primeira menção do modo da morte de Jesus e da participação dos gentios nela (somente os romanos podiam crucificar pessoas).” (Carson)
vi. Em conjunto, o quadro completo é de grande sofrimento.
·Sofrimento com a deslealdade dos amigos.
·Sofrimento pela injustiça.
·Sofrimento por insultos deliberados.
·Sofrimento de dor física.
·Sofrimento de grande humilhação e degradação.
vii. No terceiro dia ele ressuscitará! O mais importante é que Jesus não tinha nenhum controle aparente sobre isso. No entanto, Ele anunciou com confiança aos discípulos que isso aconteceria.
2. (20-21) A mãe de Tiago e João pede um lugar de status especial para seus filhos.
Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido. “O que você quer?”, perguntou ele. Ela respondeu: “Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda.”
a. Aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu: Essa mãe de Tiago e João (Mateus 4:21) veio com um pedido que deixaria uma mãe orgulhosa e os filhos muito felizes.
i. Ela “era um membro regular do grupo de discípulos que acompanhava Jesus (Mateus 27:56), portanto, seu envolvimento nas ideias ambiciosas de seus filhos não é surpreendente.” (France)
b. Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão: Pedindo em nome de seus filhos (observe a quem Jesus responde em Mateus 20:22-23), ela queria posições de destaque para eles na administração messiânica de Jesus.
i. “A ‘mão direita’ e a ‘mão esquerda’ sugerem proximidade com a pessoa do Rei e, portanto, uma participação em seu prestígio e poder.” (Carson)
ii. “A promessa de Mateus 19:28 forma o pano de fundo desse pedido; os ‘tronos’ já estão garantidos, restando apenas a questão da precedência.” (France)
3. (22-23) Jesus responde a Tiago e João: quando vocês pedem um lugar de status especial, vocês sabem o que estão pedindo?
Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos. E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.”
a. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber: A resposta deles (“Podemos”) parece ter vindo um pouco rápido demais. Jesus reconheceu que eles realmente não entendiam, mas que iriam entender.
i. “Mas esses homens dormiram no Getsêmani, abandonaram o Mestre quando Ele foi preso, e um deles, pelo menos, falhou com Ele na cruz… nós só podemos seguir Cristo em seu cálice e batismo, depois de termos sido revestidos com o Espírito de Pentecostes.” (Meyer)
b. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado: Tanto Tiago quanto João tiveram de ser batizados no sofrimento, assim como Jesus, mas seus “cálices” e “batismos” eram diferentes. Tiago foi o primeiro mártir entre os apóstolos, e João foi o único apóstolo a não morrer pelo martírio – embora não por falta de tentativas.
i. Tiago teve de estar pronto para ser o primeiro a morrer entre os discípulos; João teve de estar pronto para viver a vida e o testemunho cristãos mais longos entre eles. “Certa vez, foi encontrada uma moeda romana com a imagem de um boi; o boi estava voltado para duas coisas – um altar e um arado; e a inscrição dizia: ‘Pronto para qualquer uma delas’.” (Barclay)
ii. Esse é um bom exemplo de como a palavra batismo tem o sentido de “imersão” ou de ser “engolido”.
c. Mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo: Aqui Jesus demonstrou uma notável submissão ao Pai. Ele nem mesmo reivindicou o direito de escolher como Seus servos seriam recompensados, mas cedeu isso a Seu Pai.
i. Ele não veio para fazer a sua própria vontade, mas a vontade daquele que o enviou, e por isso diz corretamente sobre a posição em seu reino: “Não me pertence dá-lo.” Quão profundamente nosso Senhor assumiu um lugar humilde por nossa causa! Ao deixar de lado a autoridade, ele dá uma repreensão silenciosa à nossa busca pessoal”. (Spurgeon)
4. (24-28) A reação dos discípulos; Jesus expõe a verdadeira grandeza.
Quando os outros dez ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos. Jesus os chamou e disse: “Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”
a. Ficaram indignados: Os outros dez discípulos pensaram erroneamente que Tiago e João tinham acabado de receber uma honra única. Eles não sabiam que Jesus poderia ter feito a mesma promessa de sofrimento a qualquer um deles (se eles realmente quisessem!).
i. “A indignação dos dez, sem dúvida, não se originou tanto da humildade quanto do ciúme e do medo de que pudessem perder”. (Carson)
b. Não será assim entre vocês: Seu desejo por posição e status mostrava que eles ainda não conheciam a natureza de Jesus no que diz respeito à liderança e ao poder. Os governantes das nações as dominam, mas deveria ser diferente entre o povo de Deus.
i. Não será assim entre vocês é uma repreensão contundente à maneira pela qual a igreja moderna olha para o mundo, tanto em termos de conteúdo quanto de estilo. Claramente, a igreja não deve operar da mesma forma que o mundo.
c. Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo: Na comunidade do Reino, status, dinheiro e popularidade nunca devem ser os pré-requisitos para a liderança. O serviço humilde é o grande pré-requisito, conforme demonstrado pelo próprio ministério de Jesus.
i. “No mundo pagão, a humildade era vista não tanto como uma virtude, mas como um vício. Imagine um escravo recebendo a liderança!” (Carson)
d. Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir: O verdadeiro ministério é feito para o benefício dos que são ministrados, não para o benefício do ministro. Muitas pessoas estão no ministério pelo que podem receber (material ou emocionalmente) de seu povo, e não pelo que podem dar.
i. “Ele não recebeu nada dos outros; sua vida foi uma vida de doação, e a doação de uma vida… Nenhum serviço é maior do que redimir os pecadores por sua própria morte, nenhum ministério é mais humilde do que morrer no lugar dos pecadores.” (Spurgeon)
ii. “Ele não veio para ser servido, mas para servir. Isso não combina com você, pobre pecador – você que nunca o serviu, você que não poderia, como você é, ministrar a ele? Pois bem, ele não veio para receber seu serviço; ele veio para prestar-lhe seus serviços; não para que você possa honrá-lo primeiro, mas para que ele possa mostrar-lhe misericórdia”. (Spurgeon)
e. E dar a sua vida em resgate por muitos: A morte de Jesus – a entrega de sua vida – comprou a liberdade de Seu povo. A ideia é que Seu povo estava em cativeiro como escravos, e Ele pagou o preço.
i. O resgate “era mais comumente usado como o preço de compra para libertar escravos”. (Carson) “Lytron (‘resgate’) e a preposição anti (‘para’, literalmente ‘em vez de’) apontam claramente para a ideia de que ele ‘tomou nosso lugar’.” (France)
ii. Essas palavras de Jesus deram origem a uma antiga e complicada questão teológica: a quem Jesus pagou o resgate? Orígenes disse que foi o diabo; Gregório de Nissa objetou que isso colocava o diabo no mesmo nível de Deus e permitia que o diabo ditasse os termos a Deus. Gregório, o Grande, disse que Jesus era como um anzol com isca para capturar Satanás, e Pedro, o Lombardo, disse que a cruz era como uma ratoeira para capturar o demônio, iscada com o sangue de Cristo. Tudo isso leva longe demais a imagem simples que Jesus deu. “Um resgate é algo pago ou dado para libertar um homem de uma situação da qual é impossível se libertar”. (Barclay)
iii. “Se todos os pecadores que já viveram no mundo tivessem sido condenados ao inferno, eles não poderiam ter cumprido as exigências da justiça. Eles ainda devem continuar a suportar o flagelo do crime que nunca puderam expiar. Mas o Filho de Deus, combinando a infinita majestade de Sua Deidade com a perfeita capacidade de sofrer como homem, ofereceu uma expiação de valor tão inestimável que pagou absolutamente toda a dívida de Seu povo.” (Spurgeon)
iv. “A maioria dos estudiosos também reconheceu em ‘os muitos’ uma clara referência a Isaías.” (Carson) “Com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” ( Isaías 53:11). “… foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos” ( Isaías 53:12).
C. Jesus cura dois cegos.
1. (29-31) Dois cegos chamam a atenção de Jesus.
Ao saírem de Jericó, uma grande multidão seguiu Jesus. Dois cegos estavam sentados à beira do caminho e, quando ouviram falar que Jesus estava passando, puseram-se a gritar: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!” A multidão os repreendeu para que ficassem quietos, mas eles gritavam ainda mais: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!”
a. Quando ouviram falar que Jesus estava passando: Eles sabiam que essa poderia ser a última vez que encontrariam Jesus. Eles sentiram o desespero apropriado para aqueles que sabem que hoje é o dia da salvação.
i. “É o fim do relato do ministério itinerante de Jesus, e seu cenário ao saírem de Jericó aponta para a próxima cidade na estrada, Jerusalém.” (France)
b. Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! A seriedade desses homens era maravilhosa; eles estavam desesperados para serem curados e ignoraram a multidão que tentava acalmá-los (mas eles gritavam ainda mais).
i. “Quando o mundo e o diabo começam a repreender, nesse caso, é uma prova de que a salvação de Deus está próxima; portanto, que esses gritem ainda mais”. (Clarke)
c. Senhor, Filho de Davi: No entanto, em seu desespero, eles glorificaram Jesus. Eles Lhe deram total honra com esse título.
2. (32-34) Jesus cura os dois cegos.
Jesus, parando, chamou-os e perguntou-lhes: “O que vocês querem que eu lhes faça?” Responderam eles: “Senhor, queremos que se abram os nossos olhos”. Jesus teve compaixão deles e tocou nos olhos deles. Imediatamente eles recuperaram a visão e o seguiram.
a. Jesus, parando: Nada poderia detê-Lo em Sua jornada para Jerusalém; no entanto, Ele parou para atender a um pedido persistente de misericórdia.
b. O que vocês querem que eu lhes faça? Essa é uma pergunta simples e maravilhosa que Deus não parou de fazer. Às vezes ficamos sem nada quando Deus gostaria de nos dar algo simplesmente porque não respondemos a essa pergunta, e não temos porque não pedimos ( Tiago 4:2).
i. Jesus fez essa pergunta com pleno conhecimento de que esses homens eram cegos. Ele sabia o que eles precisavam e o que queriam, mas Deus ainda quer que digamos a Ele nossas necessidades como uma expressão constante de nossa confiança e dependência Nele.
c. Imediatamente eles recuperaram a visão e o seguiram: Esse foi um grande resultado. Eles não apenas foram curados, mas também seguiram Aquele que fez grandes coisas por eles.
i. “Leitor, quem quer que sejas, age em favor de tua alma como estes cegos agiram em favor de sua visão, e tua salvação é certa. Dirija-se ao Filho de Davi; não perca um momento; ele está passando, e você está passando para a eternidade, e provavelmente nunca terá uma oportunidade mais favorável do que a atual. O Senhor aumente sua seriedade e sua fé!” (Clarke)