Lectionary Calendar
Sunday, December 22nd, 2024
the Fourth Week of Advent
the Fourth Week of Advent
advertisement
advertisement
advertisement
Attention!
Tired of seeing ads while studying? Now you can enjoy an "Ads Free" version of the site for as little as 10¢ a day and support a great cause!
Click here to learn more!
Click here to learn more!
Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre Acts 28". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/acts-28.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre Acts 28". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-31
Atos 28 – A Chegada de Paulo em Roma
A. O ministério de Paulo na Ilha de Malta.
1. (1-2) Os ilhéus de Malta ficam impressionados quando Paulo milagrosamente não fica machucado com uma mordida de cobra.
Uma vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta. Os habitantes da ilha mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio.
a. Descobrimos que a ilha se chamava Malta: Estes marinheiros experientes certamente conheceriam a ilha de Malta, mas não este lado da ilha. Quase todo o tráfico para Malta vinha ao porto principal, do outro lado; eles não reconheceram este lado da ilha.
b. Receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio: Lucas escreveu como alguém que teve experiência com isso, tanto a bondade dos nativos de Malta quanto o frio e molhado da tempestade. Malta pode significar refúgio, um nome adequado.
i. O significado do nome Malta é um tanto contestado, dependendo em se o nome tem origem na língua dos antigos fenícios ou dos antigos gregos. Se o nome tem origem no antigo grego, ele provavelmente tem o sentido de “mel” por causa da criação de abelhas na ilha. Mas se o nome tem origem na língua dos antigos fenícios, ele provavelmente tem o sentido de “refúgio”.
2. (3-6) Paulo e a mordida de cobra.
Paulo ajuntou um monte de gravetos; quando os colocava no fogo, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. Quando os habitantes da ilha viram a cobra agarrada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, pois, tendo escapado do mar, a Justiça não lhe permite viver”. Mas Paulo, sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal nenhum. Eles, porém, esperavam que ele começasse a inchar ou que caísse morto de repente, mas, tendo esperado muito tempo e vendo que nada de estranho lhe sucedia, mudaram de idéia e passaram a dizer que ele era um deus.
a. Paulo ajuntou um monte de gravetos: O grande apóstolo juntou madeira para a fogueira, embora houvesse muitas pessoas entre os 276 passageiros e tripulantes muito mais adeptos para o trabalho. O coração servente de Paulo foi sempre evidente.
b. Uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão: Paulo era fiel a Deus e estava vivendo como um verdadeiro servo. Mas isso não o livrou de seu julgamento. Seu serviço humilde trouxe uma víbora, e a víbora não deu só uma mordidinha em Paulo – ela prendeu-se à sua mão.
i. Paulo não deixou isso incomodá-lo. Ele não gritou: “Por que Deus? Eu não aguento mais isso!” ou “O Senhor não consegue ver que estou lhe servindo?” Paulo não olhou para aquelas pessoas sentadas em volta da fogueira e disse: “Seus preguiçosos! Se vocês tivessem juntado madeira em vez de mim, isso não teria acontecido comigo!”
ii. A reação de Paulo pareceu calma e despreocupada, sacudindo a cobra no fogo.
c. Certamente este homem é assassino… pois… a Justiça não lhe permite viver: Os nativos estavam convencidos que a justiça havia finalmente chego para este prisioneiro. Justiça é na verdade uma referência a deusa grega da justiça, Dikee. Os nativos, sabendo que Paulo era um prisioneiro, presumiram que ele cometeu um grande crime, e a deusa da justiça não permitiria que Paulo escapasse sem punição.
d. Não sofreu nenhum mal: Deus não preservou Paulo da tempestade só para deixá-lo morrer para uma cobra. Paulo estava protegido. Foi prometido que ele iria à Roma (deverá testemunhar também em Roma, Atos 23:11), e Paulo ainda não estava em Roma. Não era que nada pararia Paulo, mas sim, que nada pararia a promessa de Deus de ser cumprida.
i. Paulo podia tomar a fidelidade passada de Deus como uma promessa de bênção e proteção futuras.
ii. Por extensão, também vemos que a “Justiça Divina” não tinha mais reivindicações contra Paulo – tudo havia sido satisfeito pela obra de Jesus na cruz. A justiça de Deus nunca poderia prejudicar Paulo, nem ninguém que teve todos os seus pecados pagos pela obra de Jesus na cruz.
e. Passaram a dizer que ele era um deus: Esta é uma reação humana típica. Para estes nativos, Paulo tinha de ser visto em extremos. Ou ele era terrivelmente mau ou considerado um deus. Em verdade, Paulo não era nem um criminoso merecedor de punição nem um deus. Isso é razão mais do que suficiente de que devemos ser cautelosos sobre o que os outros pensam de nós, ou para o bem ou para o mau.
2. (7-10) Paulo cura o pai de Públio e muitos outros.
Próximo dali havia uma propriedade pertencente a Públio, o homem principal da ilha. Ele nos convidou a ficar em sua casa e, por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou. Seu pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou. Tendo acontecido isso, os outros doentes da ilha vieram e foram curados. Eles nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos de que necessitávamos.
a. O homem principal da ilha…por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou: Esta foi uma grande benção e um forte contraste à miséria das duas semanas anteriores ao mar. Deus deu a Paulo, Lucas e Aristarco uma temporada de alívio e reabastecimento.
i. O homem principal da ilha: Este “é o termo técnico exato para a pessoa que representava Roma naquele local; é outro exemplo da precisão extraordinária de Lucas”. (Boice)
b. Seu pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria: Alguns pensam que isso foi uma doença conhecida como febre de Malta, que vem de um microrganismo encontrado no leite de cabras maltesas. Seus sintomas geralmente duram por volta de quatro meses.
c. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou: Deus curou este homem; contudo isso aconteceu por meio da boa vontade e atividade de Paulo. Deus fez o trabalho, mas Paulo se fez pronto e disponível para o trabalho.
d. Os outros doentes da ilha vieram e foram curados: Logo, a obra de Paulo chegou a muitos outros. Esta palavra para curado não é a palavra de costume para uma cura milagrosa. A palavra significa mais literalmente “receber atendimento médico”. Pode ser que Lucas (que era um clínico geral de acordo com Colossenses 4:14) serviu como médico missionário em Malta.
B. Paulo em Roma.
1. (11-15) A parte final da jornada de Paulo em direção à Roma.
Passados três meses, embarcamos num navio que tinha passado o inverno na ilha; era um navio alexandrino, que tinha por emblema os deuses gêmeos Cástor e Pólux. Aportando em Siracusa, ficamos ali três dias. Dali partimos e chegamos a Régio. No dia seguinte, soprando o vento sul, prosseguimos, chegando a Potéoli no segundo dia. Ali encontramos alguns irmãos que nos convidaram a passar uma semana com eles. E depois fomos para Roma. Os irmãos dali tinham ouvido falar que estávamos chegando e vieram até a praça de Ápio e às Três Vendas para nos encontrar. Vendo-os, Paulo deu graças a Deus e sentiu-se encorajado.
a. Passados três meses: Eles passaram três meses em Malta, juntando forças e esperando o inverno terminar.
b. Apontando em Siracusa: Esta foi a primeira parada de Malta. Siracusa era uma cidade famosa no mundo antigo, sendo a cidade capital da ilha da Sicília.
i. Arquimedes, o famoso matemático, viveu em Siracusa. Quando os romanos conquistaram a ilha, um soldado colocou uma adaga em sua garganta enquanto ele trabalhava em um problema matemático, desenhando na terra. Arquimedes disse: “Pare, você está perturbando minha equação!” e o soldado o matou.
c. Régio…Potéoli…E depois fomos para Roma: Assim que Paulo e os outros fizeram seu caminho em direção ao norte da península italiana, eles passaram tempo com companheiros seguidores de Jesus que conheceram ao longo do caminho (encontramos alguns irmãos que nos convidaram a passar uma semana com eles).
d. Os irmãos dali tinham ouvido falar que estávamos chegando e vieram até a praça de Ápio e às Três Vendas para nos encontrar: Eventualmente eles foram recebidos do lado de fora de Roma por cristãos da cidade que vieram ao seu encontro. Eles honraram Paulo recebendo-o como os imperadores eram recebidos quando chegavam em Roma: eles saíram para encontrá-lo enquanto ele entrava na cidade, andando a longa jornada (mais ou menos 43 milhas ou 69 quilômetros) para a Praça de Ápio para dar as boas-vindas à Paulo e seus companheiros.
i. Eles receberam a famosa carta de Paulo aos romanos alguns anos antes, então eles provavelmente sentiam como se já o conhecessem – e eles certamente quiseram honrá-lo. À luz do amor e honra por trás dessa saudação, não é à toa que Paulo deu graças a Deus e sentiu-se encorajado.
ii. “Lucas está longe de dar a impressão de que Paulo foi a primeira pessoa a levar o evangelho até Roma…a presença daqueles cristãos – os irmãos, como Lucas os chama – providencia evidência suficiente de que o evangelho já tinha chegado em Roma”. (Bruce)
iii. Você poderia dizer que eles trataram Paulo como se ele fosse um rei. “Era um costume quando um imperador visitava a cidade para as pessoas saírem e recebê-lo e escoltá-lo de volta para a cidade”. (Horton)
iv. Contudo, durante seu segundo aprisionamento Romano, Paulo foi deixado sozinho e esquecido ( 2 Timóteo 4:9-16), significando que em algum sentido, os cristãos em Roma não mantiveram (ou talvez não puderam manter) seu amor e honra por Paulo.
2. (16) A situação de Paulo como um prisioneiro em Roma.
E logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao general dos exércitos; mas a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta, com o soldado que o guardava.
a. Logo que chegamos a Roma: Finalmente, a promessa de Jesus foi cumprida. Paulo determinado de que iria para Roma tão cedo quanto sua terceira jornada missionária ( Atos 19:21, Romanos 1:15). Em Jerusalém, Jesus prometeu a Paulo que ele chegaria em Roma ( Atos 23:11) e repetiu a promessa durante as duas semanas de tempestade ao mar ( Atos 27:23-25).
i. “Agora, no final do livro, o apóstolo vem a Roma. Assim sendo, a profecia de Jesus de que seus discípulos seriam suas testemunhas “até os confins da terra” se cumpre”. (Boice)
ii. Quando Paulo veio a Roma, a cidade já existia por quase 800 anos. O famoso Coliseu ainda não havia sido construído; mas os prédios proeminentes eram o templo de Júpiter, os palácios de César, e o templo dedicado a Marte (o deus da guerra). Naquele momento, Roma possuía uma população de mais ou menos dois milhões – um milhão de escravos e um milhão livres. A sociedade era dividida basicamente entre três classes: uma pequena classe rica, uma grande classe de pobres e escravos.
b. O centurião entregou os presos ao general dos exércitos: Este foi um momento feliz para Julius o centurião, que cumpriu seu dever e com sucesso trouxe todos os prisioneiros da Cesaréia ( Atos 27:1) para Roma – com muita ajuda de Paulo.
c. O soldado que o guardava: Paulo não estava em uma prisão comum. Foi permitido a ele morar por sua conta e providenciar a sua própria moradia (uma casa alugada de acordo com Atos 28:30). Ainda assim, ele estava constantemente sob a supervisão de um guarda romano, e frequentemente acorrentado. A rotação dos guardas deu a ele um suprimento constante de pessoas para conversar.
i. “Para este soldado ele seria levemente acorrentado pelo pulso…o soldado seria dispensado a cada quatro horas mais ou menos, mas para Paulo não havia nenhum alívio comparável” (Bruce)
ii. “Em Filipenses 1:13, escrito de sua custódia romana, Paulo contou sobre como sua mensagem alcançou os guardas do palácio de Roma. Embora ele fosse um prisioneiro, ele tinha um público genuinamente cativo.
3. (17-20) Paulo apela para a comunidade judaica de Roma.
Três dias depois, ele convocou os líderes dos judeus. Quando estes se reuniram, Paulo lhes disse: “Meus irmãos, embora eu não tenha feito nada contra o nosso povo nem contra os costumes dos nossos antepassados, fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos. Eles me interrogaram e queriam me soltar, porque eu não era culpado de crime algum que merecesse pena de morte. Todavia, tendo os judeus feito objeção, fui obrigado a apelar para César, não porém, por ter alguma acusação contra o meu próprio povo. Por essa razão pedi para vê-los e conversar com vocês. Por causa da esperança de Israel é que estou preso com estas algemas”.
a. Ele convocou os líderes dos judeus: Paulo seguiu sua consistente prática de ir até os judeus primeiro em cada cidade que visitava como um evangelista. Ele levou apenas três dias para ter uma reunião com os líderes dos judeus em Roma.
b. Meus irmãos: Paulo queria que eles soubessem que ele não havia abandonado Israel e que eles ainda eram irmãos para ele. Assim como Paulo explicou para a multidão no templo da montanha no começo desta provação, sou judeu ( Atos 22:3).
c. Eu não tenha feito nada contra o nosso povo nem contra os costumes dos nossos antepassados: Paulo queria que eles soubessem que ele era inocente de qualquer crime contra a lei judaica ou contra o povo judeu.
d. Eles me interrogaram e queriam me soltar: Paulo queria que eles soubessem que os romanos estavam prontos e dispostos a soltá-lo.
e. Não porém, por ter alguma acusação contra o meu próprio povo: Paulo queria que eles soubessem que ele não abriu um processo ou fez acusação contra a liderança judaica que havia lhe acusado.
f. Por causa da esperança de Israel é que estou preso com estas algemas: Paulo queria que eles soubessem que ele era um prisioneiro por causa de sua crença no Messias de Israel, a esperança de Israel.
i. Ao se aproximar o ano de 70 d.C., o tempo estava acabando antes que uma calamidade nacional sem precedentes arrebatasse uma Israel que rejeita a Jesus. Em cerca de 10 anos, estaria claro que Jesus era a esperança de Israel, mas uma esperança que muitos deles rejeitaram.
4. (21-22) Os líderes judeus respondem a Paulo.
Eles responderam: “Não recebemos nenhuma carta da Judéia a seu respeito, e nenhum dos irmãos que vieram de lá relatou ou disse qualquer coisa de mal contra você. Todavia, queremos ouvir de sua parte o que você pensa, pois sabemos que por todo lugar há gente falando contra esta seita”.
a. Não recebemos nenhuma carta da Judéia a seu respeito: Isso demonstra que os líderes religiosos que acusaram Paulo em Jerusalém e Cesaréia sabiam que seu caso não tinha esperança. Eles não fizeram nenhum esforço para enviar à frente documentos confirmando o seu caso contra ele.
b. E nenhum dos irmãos que vieram de lá relatou ou disse qualquer coisa de mal contra você: Paulo queria saber o que eles ouviram de Jerusalém sobre ele. O povo judeu de Roma ainda não ouviu falar nada sobre Paulo.
c. Queremos ouvir de sua parte o que você pensa, pois sabemos que por todo lugar há gente falando contra esta seita: Embora eles não soubessem de nada sobre Paulo, eles ouviram falar que o cristianismo era impopular entre alguns, que por todo lugar há gente falando contra. Eles deveriam ser elogiados por querer ouvir a história de Paulo em pessoa.
5. (23-24) A comunidade judaica de Roma ouve o evangelho de Paulo.
Assim combinaram encontrar-se com Paulo em dia determinado, indo em grupo ainda mais numeroso ao lugar onde ele estava. Desde a manhã até a tarde ele lhes deu explicações e lhes testemunhou do Reino de Deus, procurando convencê-los a respeito de Jesus, com base na Lei de Moisés e nos Profetas. Alguns foram convencidos pelo que ele dizia, mas outros não creram.
a. Desde a manhã até a tarde ele lhes deu explicações e lhes testemunhou do Reino de Deus, procurando convencê-los a respeito de Jesus, com base na Lei de Moisés e nos Profetas: No que deve ter sido um momento maravilhoso de ensino, Paulo falou sobre o Reino de Deus, e deu um estudo exaustivo de como o Antigo Testamento falava de Jesus – desde a manhã até à tarde.
b. Testemunhou do Reino de Deus: Ao falar sobre o Reino de Deus, Paulo sem dúvida ensinou o que Jesus ensinou: que em Jesus, Deus trouxe um Reino espiritual que criaria raízes nos corações dos homens antes de assumir os governos deste mundo. A maioria do povo judeu da época de Jesus e da época de Paulo procuravam por um reino político, não um reino espiritual.
c. Alguns foram convencidos pelo que ele dizia, mas outros não creram: Em resposta a este notável ensino de um dia inteiro de Paulo, alguns acreditaram e confiaram em Jesus. Outros não, e não creram. Até mesmo o melhor ensino do melhor apóstolo nas melhores circunstâncias não conseguiu persuadi-los.
6. (25-27) Paulo explica a rejeição do evangelho de Isaías 6:9-10.
Discordaram entre si mesmos e começaram a ir embora, depois de Paulo ter feito esta declaração final: “Bem que o Espírito Santo falou aos seus antepassados, por meio do profeta Isaías:
‘Vá a este povo e diga:
Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão;
Ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão.
Pois o coração deste povo se tornou insensível;
De má vontade ouviram com os seus ouvidos,
E fecharam os seus olhos.
Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos,
Entender com o coração e converter-se,
E eu os curaria.’”
a. Discordaram entre si mesmos: Isto sugere que aqueles que foram persuadidos e aqueles que não creram começaram a discutir entre si.
b. Começaram a ir embora, depois de Paulo ter feito esta declaração final: “Bem que o Espírito Santo falou aos seus antepassados, por meio do profeta Isaías”: Paulo entendeu que Isaías profetizou sobre a sua dureza de coração. Certamente, Paulo estava feliz que alguns receberam o evangelho, porém ficaria sem dúvida angustiado, se mesmo um deles rejeitasse Jesus.
c. Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão: Essencialmente, Isaías disse isso nesta passagem de Isaías 6:9-10: “Se você rejeitar Jesus, você pode ouvir, mas nunca entender; você pode ver, mas nunca perceber. Seu coração é e será duro, seus ouvidos tampados e seus olhos fechados – porque você realmente não quer se converter a Deus e ser curado de seu pecado”.
i. Essa mensagem é tão verdadeira hoje quanto foi quando Isaías a disse na primeira vez – ou quando Paulo a citou. Muitos ouvem e rejeitam simplesmente porque eles não querem se converter a Deus e serem curados de seus pecados.
7. (28-29) Paulo lhes diz que levará a mensagem de salvação aos gentios.
“Portanto, quero que saibam que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão!” Depois que ele disse isto, os judeus se retiraram, discutindo intensamente entre si.
a. Portanto, quero que saibam: Se alguns deles rejeitaram a salvação de Deus, isso não tornou aquela salvação sem efeito. Apenas significou que Deus encontraria aqueles que a ouviriam – neste caso, os gentios.
i. Paulo implorou para os homens receberem Jesus, mas não como um mendigo imploraria. Paulo doía não por si mesmo, mas por aqueles que rejeitaram – e solenemente alertou aqueles que rejeitaram sobre as consequências.
ii. O pregador do evangelho prega realmente duas mensagens. Para aqueles que respondem ao evangelho com fé, ele é um mensageiro da vida. Para aqueles que rejeitam Jesus, o pregador adiciona à condenação deles. Para estes somos cheiro de morte; para aqueles, fragrância de vida. ( 2 Coríntios 2:16)
b. Depois que ele disse isto, os judeus se retiraram: Este grupo misto – alguns que acreditaram, alguns que não – deixaram Paulo discutindo um com o outro (discutindo intensamente entre si).
i. Em apenas alguns anos depois da repreensão de Paulo àqueles judeus que rejeitaram Jesus, o povo judeu da Judeia foi totalmente massacrado e Jerusalém foi destruída. O julgamento de Deus estava vindo, e parte da frustração de Paulo foi que ele sentiu isso.
8. (30-31) Paulo passa dois anos em Roma antes de seu julgamento no tribunal de César.
Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado, e recebia a todos os que iam vê-lo. Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem impedimento algum.
a. Por dois anos inteiros Paulo permaneceu: Paulo passou mais do que dois anos na Cesaréia esperando pelo seu caso a ser resolvido ( Atos 24:27). Agora ele passava outros dois anos esperando para o seu caso a ser ouvido diante de César.
i. “O prolongamento de dois anos da permanência de Paulo em Roma poderia ser explicado adequadamente pelo congestionamento dos negócios judiciais. Levou esse tempo para seu caso chegar até a audiência”. (Bruce)
b. Na casa que havia alugado: Provavelmente, Paulo continuou seu trabalho como um fabricante de tendas (de couro) para suprir o aluguel por sua casa (como em Atos 18:1-2 e 20:33-35). Paulo sempre foi um homem trabalhador.
c. Recebia a todos os que iam vê-lo: Um exemplo de alguém que ele recebeu em Roma foi um convertido de Paulo, um escravo fugitivo chamado Onésimo ( Filemom 1:10), que Paulo mandou voltar para seu mestre Filemón.
d. Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente: Embora Paulo não pudesse viajar, ele podia ensinar e pregar para todos que viessem até ele – e isso ele fez. Ele também escreveu cartas; nós devemos agradecer a estes dois anos de custódia romana pelas cartas aos Efésios, Filipenses e Colossenses.
i. Estes dois anos não foram desperdiçados, e Deus não desperdiçou o tempo de Paulo em Roma. Deus nunca desperdiça nosso tempo, embora nós talvez o desperdicemos ao não sentir o propósito de Deus para nossas vidas no momento.
ii. Paulo eventualmente teve sua aparição diante de César Nero. É inteiramente razoável acreditar que ele ousada e poderosamente proclamou a ele o evangelho – como Deus havia prometido que ele faria ( Atos 9:15 e 23:11).
iii. Parece provável que Paulo foi absolvido dessas acusações e, segundo a maioria das estimativas ficou livre por outros 4 ou 5 anos até que foi preso novamente, condenado e executado em Roma por ordem de Nero em 66 ou 67 d.C. – como declaram as tradições históricas da primeira igreja.
iv. Provavelmente, Lucas não registrou a aparição de Paulo diante de César porque o Evangelho de Lucas e o Livro de Atos foram escritos para dar ao tribunal romano a origem e os fatos do caso de Paulo em seu julgamento diante de César.
e. E sem impedimento algum: Isso leva a ideia de completamente sem impedimento. As correntes e custódia de Paulo não importavam em nada. A palavra de Deus estava sem impedimento.
i. Quando Paulo veio a Roma, o mar, os soldados e a cobra, todos ameaçaram sua vida. Mas Deus o salvou de todos eles. Através de Paulo, Deus mostra que o homem de Deus, cumprindo a vontade de Deus, não pode ser parado – embora todos os tipos de dificuldade possam aparecer pelo caminho.
ii. Finalmente, até mesmo a descrença de alguns dos judeus – ou a rejeição de Jesus por qualquer outro – não impedirá o evangelho. O evangelho seguirá em frente e encontrará aqueles que acreditarão.
iii. Mateus 22:1-14 é uma ilustração em parábola do Livro de Atos. Deus preparou um banquete para Israel e os convidou para vir (nos dias do Ministério de Jesus), porém eles não viriam. Então, Ele enviou um segundo convite, depois que todas as coisas estavam prontas. Mas eles não vieram de novo; em vez disso, eles mataram os servos de Deus que trouxeram a mensagem do banquete. Finalmente, Deus convidou todos que quisessem vir, incluindo gentios – mas eles somente poderiam vir se estivessem vestindo as vestes de Jesus.
f. Abertamente, e sem impedimento algum: Não há fim para a história, porque a História da igreja continua essa história através dos séculos. confiando em Jesus, confiando no poder do Espírito Santo e na orientação do Pai, a palavra de Deus continuará a se espalhar sem impedimento e continuará a mudar vidas para a glória de Deus. O Livro de Atos é na verdade uma história sem fim.
i. “Agora para ele, que é capaz de trabalhar de maneira que ninguém possa impedir, ser toda a honra e glória, domínio e poder, para todo o sempre. Amém”. (Poole)