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Friday, November 22nd, 2024
the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Bible Commentaries
Comentário Bíblico Enduring Word Enduring Word
Declaração de Direitos Autorais
Esses arquivos devem ser considerados domínio público e são derivados de uma edição eletrônica disponível no site "Enduring Word".
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Informação Bibliográfica
Guzik, David. "Comentário sobre Acts 25". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/commentaries/por/tew/acts-25.html. 2024.
Guzik, David. "Comentário sobre Acts 25". "Comentário Bíblico Enduring Word". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-27
Atos 25 – O Julgamento de Paulo Perante Festo
A. Paulo apela para César evitar a conspiração contra sua vida.
1. (1-3) Quando Félix é substituído, os acusadores judeus de Paulo decidem julgar novamente o caso contra Paulo.
Três dias depois de chegar à província, Festo subiu de Cesaréia para Jerusalém, onde os chefes dos sacerdotes e os judeus mais importantes compareceram diante dele, apresentando as acusações contra Paulo. Pediram a Festo o favor de transferir Paulo para Jerusalém, contra os interesses do próprio Paulo, pois estavam preparando uma emboscada para matá-lo no caminho.
a. Depois de chegar à província, Festo: Atos 24 terminou com a transição do governo de Antônio Félix para Pórcio Festo. Félix foi sem dúvida um homem mau, mas a história nos conta que Festo foi basicamente um bom homem. Ele governou bem, apesar de todos os problemas que Félix lhe deixou.
i. A declaração “Três dias depois de chegar à província, Festo subiu de Cesaréia para Jerusalém” sugere a liderança boa e energética de Festo. Ao chegar em Cesaréia, a capital da província da Judeia, ele imediatamente fez sua viagem para Jerusalém, provavelmente a cidade mais importante da província.
b. Os chefes dos sacerdotes e os judeus mais importantes compareceram diante dele, apresentando as acusações contra Paulo: Apesar de fazer dois anos, o caso de Paulo ainda era importante para os líderes religiosos. Eles tinham esperança de fazer Paulo aparecer diante deles novamente em Jerusalém.
i. Podemos ver que o aprisionamento generoso de Paulo em Cesaréia foi na verdade, uma provisão providencial de custódia protetora contra as intenções assassinas dos líderes religiosos. Foi também uma temporada de descanso e recuperação depois de seus anos de serviço missionário difícil, o preparando para o desafio dos anos seguintes.
c. Pediram a Festo o favor de transferir Paulo para Jerusalém… pois estavam preparando uma emboscada para matá-lo no caminho: Os líderes religiosos sabiam que Paulo seria inocentado em qualquer tribunal justo. Portanto, eles não queriam na verdade que Paulo fosse colocado sob julgamento novamente; eles queriam fazer uma emboscada e assassiná-lo antes que o julgamento acontecesse.
i. Estes eram homens religiosos, líderes religiosos. As ações deles mostram o perigo da religião que não está em contato verdadeiro com Deus. Se sua religião te faz um mentiroso e um assassino, há algo errado com sua religião.
ii. “Nós vemos um aumento de corrupção. Em Atos 23, onde a conspiração para assassinar Paulo foi primeiramente lançada, descobrimos que eram os zelotes os responsáveis. Em Atos 25, descobrimos que os líderes estão iniciando exatamente o que eles estavam apenas tangencialmente envolvidos anteriormente”. (Boice)
2. (4-6a) Festo recusa colocar Paulo em julgamento novamente em Jerusalém.
Festo respondeu: “Paulo está preso em Cesaréia, e eu mesmo vou para lá em breve. Desçam comigo alguns dos seus líderes e apresentem ali as acusações que têm contra esse homem, se realmente ele fez algo de errado”. Tendo passado com eles oito a dez dias, desceu para Cesaréia
a. Festo respondeu: “Paulo está preso em Cesaréia: Não sabemos se Festo sabia ou não das intenções dos líderes judeus. De qualquer maneira, ele se recusou a atender seu pedido por uma mudança de local, e isto foi outra maneira com que Deus protegeu Paulo.
b. Desçam comigo alguns dos seus líderes e apresentem ali as acusações que têm contra esse homem, se realmente ele fez algo de errado: Festo estava disposto a colocar Paulo em julgamento novamente para resolver a questão. Contudo, ele insistiu que isso aconteceria em Cesaréia, não em Jerusalém.
3. (6b-8) Festo reabre o caso em Cesaréia.
E, no dia seguinte, convocou o tribunal e ordenou que Paulo fosse trazido perante ele. Quando Paulo apareceu, os judeus que tinham chegado de Jerusalém se aglomeraram ao seu redor, fazendo contra ele muitas e graves acusações que não podiam provar. Então Paulo fez sua defesa: “Nada fiz de errado contra a lei dos judeus, contra o templo ou contra César”.
a. Convocou o tribunal e ordenou que Paulo fosse trazido perante ele: Mais uma vez Paulo foi trazido em julgamento diante de um governante gentio, acusado por líderes religiosos. Como antes, a vida de Paulo estava em perigo se fosse considerado culpado.
b. Fazendo contra ele muitas e graves acusações que não podiam provar: Como antes, os líderes religiosos fizeram acusações contra Paulo sem evidência. Em resposta, Paulo se baseou confiantemente na evidência e em sua aparente integridade.
i. Muitos na Bíblia foram o alvo de acusações falsas (como José e Daniel). Ainda assim, em outro sentido, todo seguidor de Jesus é o alvo de acusações falsas pelo acusador dos nossos irmãos ( Apocalipse 12:10). Ainda bem que Jesus é nossa defesa contra a condenação e acusação falsa ( Romanos 8:33-34).
4. (9-12) Paulo apela seu caso para César.
Festo, querendo prestar um favor aos judeus, perguntou a Paulo: “Você está disposto a ir a Jerusalém e ali ser julgado diante de mim, acerca destas acusações?” Paulo respondeu: “Estou agora diante do tribunal de César, onde devo ser julgado. Não fiz nenhum mal aos judeus, como bem sabes. Se, de fato, sou culpado de ter feito algo que mereça pena de morte, não me recuso a morrer. Mas se as acusações feitas contra mim por estes judeus não são verdadeiras, ninguém tem o direito de me entregar a eles. Apelo para César!” Depois de ter consultado seus conselheiros, Festo declarou: “Você apelou para César, para César irá!”
a. Festo, querendo prestar um favor aos judeus: Apesar de ser um bom homem, Festo também entendia que era importante para ele ter e manter um bom relacionamento com o povo judeu de sua província.
b. Você está disposto a ir a Jerusalém e ali ser julgado diante de mim, acerca destas acusações? Festo achou difícil decidir o caso. A posição de Paulo como cidadão romano aparentemente preveniu Festo de ordenar o julgamento a ser movido para Jerusalém, então ele perguntou a Paulo sobre isso.
i. É interessante imaginar se Festo sabia ou não da conspiração para assassinar Paulo. Se ele de fato sabia, então ele intencionalmente pediu a Paulo para entrar em uma emboscada e ser assinado. Se ele não sabia, então ele meramente pensou que isto agradaria os líderes religiosos, ter o julgamento em Jerusalém.
c. Paulo respondeu: “Estou agora diante do tribunal de César, onde devo ser julgado… Apelo para César!”: Paulo enxergou a conspiração contra sua vida. Talvez foi por meio de conhecimento sobrenatural, ou talvez por meio do senso comum e dedução concedidos por Deus. Portanto, ele exigiu ser julgado diante de César.
i. Certa e sabiamente, Paulo queria evitar o martírio se pudesse. Ele não estava com medo de enfrentar os leões, mas ele não queria colocar sua cabeça na boca do leão se pudesse evitá-lo.
ii. O apelo de Paulo faz sentido. Ele estava convencido de que a evidência estava do seu lado e que ele podia ganhar em um julgamento justo. Ele também tinha razão para imaginar se seu novo juiz (Festo) era simpático aos seus acusadores, os líderes religiosos dentre os judeus.
d. Apelo para César: Era o direito de qualquer cidadão romano ter seu caso ouvido pelo próprio César, depois que julgamentos e apelos iniciais falhassem ao alcançar uma decisão satisfatória. Este foi em efeito um apelo a suprema corte do Império Romano.
i. “Deus, que nomeou tribunais de justiça, também dá ao seu povo a liberdade de usá-los legalmente”. (Calvin, citado em Hughes)
ii. Paulo apelou especificamente para César Nero, que foi mais tarde um notório inimigo dos cristãos. Mas os primeiros cinco anos de seu reinado, sob a influência de bons homens em volta dele, Nero foi considerado como um governante sábio e justo. Paulo não tinha razão neste momento para acreditar que Nero se tornaria anticristão.
B. A audiência de Paulo diante do Rei Agripa.
1. (13-14a) Herodes Agripa e Berenice visitam Cesaréia.
Alguns dias depois, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia para saudar Festo. Visto que estavam passando muitos dias ali, Festo explicou o caso de Paulo ao rei:
a. O rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia: Herodes Agripa II governou um reino cliente do Império Romano no nordeste da província de Festo. Agripa era conhecido como um especialista em costumes e assuntos religiosos judeus. Embora ele não tivesse jurisdição sobre Paulo neste caso, ouvir sobre o assunto seria útil para Festo.
i. Sobre este Rei Agripa, seu tataravô tentou matar Jesus enquanto bebê; seu avô decepou João Batista; seu pai martirizou o primeiro apóstolo, Tiago. Agora Paulo estava diante do próximo na linha de Herodes. Herodes Agripa.
ii. Berenice era irmã de Agripa. A história secular registra rumores de que sua relação era incestuosa.
iii. Herodes Agripa II não governou em muito território, mas foi de grande influência porque o imperador deu a ele o direito de supervisionar os assuntos do templo em Jerusalém e de nomear o sumo sacerdote.
b. Festo explicou o caso de Paulo ao rei: Festo, novo em sua posição e talvez não familiarizado com as tradições e costumes judeus, pareceu estar um pouco confuso pelo caso de Paulo. Portanto, embora não houvesse evidências suficientes para condenar Paulo, sua investigação continuou.
i. O caso era provavelmente confuso para Festo por causa da falta de evidências concretas. Porém, é claro que não havia evidências concretas para condenar Paulo das acusações contra ele, porque ele não havia feito nada errado! Isto era razão suficiente para absolvição.
ii. Esta aparição diante do Rei Agripa foi na verdade uma audiência, e não um julgamento, Agripa não tinha jurisdição no assunto. Contudo, ele podia ter uma influência importante sob Festo.
2. (14b-22) Festo explica o caso envolvendo Paulo ao visitante Rei Agripa.
Há aqui um homem que Félix deixou preso. Quando fui a Jerusalém, os chefes dos sacerdotes e os líderes dos judeus fizeram acusações contra ele, pedindo que fosse condenado. “Eu lhes disse que não é costume romano condenar ninguém antes que ele se defronte pessoalmente com seus acusadores e tenha a oportunidade de se defender das acusações que lhe fazem. Vindo eles comigo para cá, não retardei o caso; convoquei o tribunal no dia seguinte e ordenei que o homem fosse apresentado. Quando os seus acusadores se levantaram para falar, não o acusaram de nenhum dos crimes que eu esperava. Ao contrário, tinham alguns pontos de divergência com ele acerca de sua própria religião e de um certo Jesus, já morto, o qual Paulo insiste que está vivo. Fiquei sem saber como investigar tais assuntos; por isso perguntei-lhe se ele estaria disposto a ir a Jerusalém e ser julgado ali acerca destas acusações. Apelando Paulo para que fosse guardado até a decisão do Imperador, ordenei que ficasse sob custódia até que eu pudesse enviá-lo a César”. Então Agripa disse a Festo: “Eu também gostaria de ouvir esse homem”. Ele respondeu: “Amanhã o ouvirás”.
a. Pedindo que fosse condenado: Os líderes religiosos tinham esperança de que Festo decidiria contra Paulo sem ao menos ouvir a defesa de Paulo.
b. Não é costume romano: Festo apelou para a forte tradição e sistema de justiça. Ele não condenaria Paulo sem um julgamento justo.
c. Não o acusaram de nenhum dos crimes que eu esperava: Festo ficou surpreso, pensando que as acusações deles contra Paulo não fossem importantes. As acusações deles estavam focadas em assuntos da religião deles e de um certo Jesus, já morto, o qual Paulo insiste que está vivo.
i. É divertido pensar nos líderes religiosos protestando para Festo de que Paulo não parava de falar sobre o Jesus ressuscitado e tendo esperança de que o governador faria Paulo parar.
ii. As palavras ”um certo Jesus” mostram que Festo não conhecia muito sobre Jesus. É bom lembrar de que as pessoas grandes e importantes na época de Paulo não sabiam muito sobre Jesus, e elas tinham que ser contadas. “Irmãos, é por isso que devemos continuar pregando Jesus Cristo, porque ele ainda é muito pouco conhecido. As massas dessa cidade são tão ignorantes sobre Jesus como era Festo”. (Spurgeon)
d. Um certo Jesus, já morto, o qual Paulo insiste que está vivo: O conhecimento limitado que Festo de fato tinha com relação a pregação de Paulo mostra que em sua pregação, Paulo enfatizou a morte e ressurreição de Jesus.
i. Por implicação, também mostra que Paulo enfatizou a cruz. É difícil acreditar que Festo sabia que Paulo pregava que Jesus morreu, sem também ouvir sobre como Jesus morreu.
e. Eu também gostaria de ouvir esse homem: A curiosidade de Agripa significava que Paulo teria outra oportunidade de falar a verdade de Deus para um governante gentio. Esta seria a terceira oportunidade semelhante para Paulo em Atos 24-26 (Félix, Festo e agora Agripa).
3. (23) Paulo, o prisioneiro, é trazido diante de Agripa, Berenice e Festo.
No dia seguinte, Agripa e Berenice vieram com grande pompa e entraram na sala de audiências com os altos oficiais e os homens importantes da cidade. Por ordem de Festo, Paulo foi trazido.
a. Agripa e Berenice vieram com grande pompa: Isto era mais do que uma audiência de evidência; era um evento. Foi realizado em uma sala de audiências, e todos os altos oficiais e os homens importantes da cidade estavam lá. Esta foi outra tremenda oportunidade para Paulo.
b. Por ordem de Festo, Paulo foi trazido: Cercado pelas pessoas importantes e influentes da Cesaréia e além, Paulo entrou na sala de audiências. Toda a pompa tinha a intenção de comunicar quem era importante e quem não era importante.
i. A maioria dos presentes – com exceção, possivelmente do Apóstolo Paulo – estava errado em sua estimativa de quem era importante e quem não era. Paulo tinha uma autoridade e uma dignidade maior do que qualquer uma das pessoas importantes nesta audiência.
ii. “Todas estas pessoas tão importantes teriam ficado muito surpresas, e nem um pouco escandalizadas, se pudessem prever as estimativas relativas que as gerações posteriores formariam deles e do prisioneiro que agora estava diante delas para expor seu caso”. (Bruce)
4. (24-27) Festo faz uma declaração de abertura na audiência de Paulo perante Agripa.
Então Festo disse: “Ó rei Agripa e todos os senhores aqui presentes conosco, vejam este homem! Toda a comunidade judaica me fez petições a respeito dele em Jerusalém e aqui em Cesaréia, gritando que ele não deveria mais viver. Mas verifiquei que ele nada fez que mereça pena de morte; todavia, porque apelou para o Imperador, decidi enviá-lo a Roma. No entanto, não tenho nada definido a respeito dele para escrever a Sua Majestade. Por isso, eu o trouxe diante dos senhores, e especialmente diante de ti, rei Agripa, de forma que, feita esta investigação, eu tenha algo para escrever. Pois não me parece razoável enviar um preso sem especificar as acusações contra ele”.
a. Verifiquei que ele nada fez que mereça pena de morte: Era importante para Lucas registrar estas palavras de Festo. Elas claramente declaram que Festo entendia que Paulo era inocente.
b. De forma que, feita esta investigação, eu tenha algo para escrever: Festo queria usar este julgamento para preparar um relatório oficial para o futuro julgamento de Paulo diante de César.
i. Festo não podia simplesmente enviar Paulo a César com uma carta que dissesse: “Eu realmente não sei do que este homem é acusado e ele é provavelmente inocente de qualquer transgressão, mas eu achei que deveria mandá-lo para você de qualquer maneira”. Esta não era uma maneira de ser bem-visto por César.
c. Não me parece razoável enviar um preso sem especificar as acusações contra ele: Paulo era tão inocente que Festo na verdade, não podia descrever ou especificar as acusações contra ele.