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Thursday, November 21st, 2024
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Bible Commentaries
Mateus 25

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

versos 1-46

As circunstâncias da parábola das dez virgens foram tomadas dos costumes das núpcias dos judeus e explica o grande dia da vinda de Cristo. Veja-se a natureza do cristianismo. Como cristãos professamos atender a Cristo, honrá-lo e estarmos à espera de sua vinda. Os cristãos sinceros são as virgens prudentes, e os hipócritas são as néscias. São verdadeiramente sábios ou néscios os que assim agem nos assuntos de sua alma. Muitos têm uma lâmpada de profissão em suas mãos, porém em seus corações não têm o conhecimento sadio nem a resolução, que são necessários para levá-los através dos serviços e das provas do estado presente. Seus corações não foram providos de uma disposição santa pelo Espírito de Deus que cria de novo. Nossa luz deve brilhar ante os homens em boas obras; mas não é provável que isto se faça por muito tempo, a menos que exista um princípio ativo de fé em Cristo e amor por nossos irmãos no coração.

Todos tosquenejaram e dormiram. A demora representa o espaço entre a conversão verdadeira ou aparente deste professantes e a vinda de Cristo, para levá-los pela morte ou para julgar o mundo. Mas ainda que Cristo demore mais que a nossa época, não demorará mais do tempo devido. As virgens sábias mantiveram ardendo suas lâmpadas, mas não ficaram acordadas. Demasiados são os cristãos verdadeiros que ficam remissos e negligenciam sua atuação. Os que se permitem cabecear, escassamente evitam dormir; portanto tema o começo do deterioro espiritual.

Se ouvir um chamado surpreendente, saiam a recebê-lo; é um chamado para os que estão preparados. A notícia da vinda de Cristo e o chamado para sair a recebê-lo vão acordá-los. Ainda os que estejam preparados da melhor forma para a morte tem trabalho a fazer para estar verdadeiramente preparados (2 Pedro 3.14). será um dia de busca e de perguntas; nos corresponde pensar como seremos achados então.

Algumas levaram óleo para abastecer suas lâmpadas antes de sair. As que não alcançam a graça verdadeira certamente acharão sua falta em um ou em outro momento. Uma profissão externa pode alumiar a um homem neste mundo, mas as fumaças do vale da sombra da morte extinguirão sua luz. Os que não se preocupam por viver a vida, morrerão de todos modos a morte do justo. Mas os que serão salvos devem ter graça própria; e os que têm mais graça não têm nada que poupar. O melhor necessita mais de Cristo. enquanto a pobre alma alarmada se dirige, no leito do enfermo, ao arrependimento e à oração com espantosa confusão, vem a morte, vem o juízo, a obra é desfeita, e o coitado pecador é destruído para sempre. Isto provém de ter necessitado sair a comprar óleo quando devíamos queimá-lo, obter graça quando devíamos usá-la. Os que irão ao céu do além, e unicamente eles, estão sendo preparados para o céu aqui. O súbito da morte e da chegada de Cristo a nós então não estorvará nossa felicidade se nos tivemos preparado.

A porta foi fechada. Muitos procurarão serem recebidos no céu quando seja demasiado tarde. A vã confiança dos hipócritas os levará longe das expectativas de felicidade. A convocatória inesperada da morte pode alarmar o cristão mas, procedendo sem demora a acender sua lâmpada, suas graças costumam brilhar mais forte; enquanto a conduta do simples professante mostra que sua lâmpada está se apagando. Portanto, vigiem, atendam o assunto de suas almas. Estejam todo o dia no temor do Senhor.



Cristo não tem servos para que fiquem ociosos: eles têm recebido seu todo dEle e nada têm que possam chamar de próprio, salvo pecado. O que recebamos de Cristo é para que trabalhemos por Ele. A manifestação do Espírito é dada a todo homem para proveito. O dia de render contas chega por fim. Todos devemos ser examinados Enquanto ao bom que tenhamos conseguido para a nossa alma e para nosso próximo, pelas vantagens que desfrutamos. Não significa que o realce dos poderes naturais possa dar mérito a um homem para a graça divina. É liberdade e privilégio do cristão verdadeiro ser empregado como servo de seu Redentor, fomentando sua glória, e o bem de seu povo: o amor de Cristo o constrange a não viver mais para si, senão para Aquele que morreu e ressuscitou por ele.

Os que pensam que é impossível comprazer a Deus, e é em vão servi-lo, nada farão para o propósito da religião. Se queixam de que Ele exige deles mais do que são capazes, e que os castiga pelo que não podem evitar. Qualquer coisa que seja o que pretendam, o fato é que não gostam do caráter nem da obra do Senhor.

O servo preguiçoso está sentenciado a ser privado de seu talento. Isto pode aplicar-se às bênçãos desta vida, porém muito mais aos meios da graça. Os que não conhecem o dia de sua visitação, terão ocultas de seus olhos as coisas que convêm a sua paz. Sua condena é ser lançados às mais profundas trevas. É uma forma acostumada de expressar as misérias dos condenados no inferno. Aqui, no falado aos servos fiéis, nosso Salvador passa da parábola à coisa significada por ela, e isso serve como chave para o todo. Não devemos invejar os pecadores nem cobiçarmos nada de suas possessões perecíveis.



Esta é uma descrição do juízo final. É uma explicação das parábolas anteriores. Há um juízo vindouro em que cada homem será sentenciado a um estado de felicidade ou miséria eterna. Cristo virá, não só na glória de seu Pai senão em sua própria glória, como Mediador. O ímpio e o santo habitam aqui juntos nas mesmas cidades, igrejas, famílias e nem sempre são diferenciados uns dos outros; tais são as habilidades dos santos, tais as hipocrisias dos pecadores; e a morte os leva a ambos: mas nesse dia serão separados para sempre. Jesus Cristo é o grande Pastor; Ele distinguirá dentro de pouco tempo entre os que são seus e os que não. Todas as outras distinções serão eliminadas; mas a maior entre santos e pecadores, santos e ímpios, permanecerá para sempre.

A felicidade que possuirão os santos é muito grande; a possessão mais valiosa na terra; mas isto não é senão um pálido parecido do estado bem-aventurado dos santos no céu. É um reino preparado. O Padre o proveu para eles na grandeza de sua sabedoria e poder; o Filho o comprou para eles; e o Espírito bendito, ao prepará-los a eles para o reino, está preparando-o para eles. Está preparado para eles: em todos os aspectos está adaptado à nova natureza da alma santificada. Está preparado desde a fundação do mundo. Esta felicidade é para os santos, e eles para ela, desde toda a eternidade. Virão e a herdarão. Aquilo que herdamos não o conseguimos por nós mesmos. É Deus que faz os herdeiros do céu.

Não devemos supor que atos de generosidade dão direito à felicidade eterna. As boas obras feitas por amor de Deus, por meio de Jesus Cristo, se comentam aqui como marcas do caráter dos crentes feitos santos pelo Espírito de Cristo, e como os efeitos da graça concedida aos que as fazem.

O ímpio neste mundo foi chamado com freqüência a ir a Cristo em busca de vida e repouso, mas rejeitou seus chamados; e justamente são os que preferiram afastar-se de Cristo os que não irão a Ele. Os pecadores condenados oferecerão desculpas vãs. O castigo do ímpio será um castigo eterno; seu estado não pode ser mudado. Assim, a vida e a morte, o bem e o mal, a bênção e a maldição, estão colocadas diante de nós para que possamos escolher nosso caminho, e como nosso caminho, assim será o nosso fim.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 25". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/matthew-25.html. 1706.
 
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