Lectionary Calendar
Thursday, November 21st, 2024
the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Bible Commentaries
Matheus Henry - Comentário do Novo testamento Henry Comentário NT
Declaração de Direitos Autorais
These files are public domain and are a derivative of an electronic edition that is available on the Christian Classics Ethereal Library Website.
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Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 23". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/matthew-23.html. 1706.
Henry, Matthew. "Comentário sobre Matthew 23". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/
New Testament (2)
versos 1-39
Os escribas e fariseus explicavam a lei de Moisés e obrigavam a obedecê-la. São acusados de hipocrisia na religião. Somente podemos julgar conforme às aparências externas, porém Deus esquadrinha o coração. Eles faziam filacterias que eram rolos de papel ou pergaminho onde escreviam quatro artigos da lei, para amarrá-los na testa ou no braço esquerdo (Êxodo 13.2-16; Dt 6.4-9; 11.13-21). Faziam estas filacterias extensas, para que pensassem que eram mais zelosos da lei que os outros. Deus mandou os judeus a colocar franjas em suas vestes (Nm 15.38), para lembrá-los que são seu povo particular, mas os fariseus as faziam maiores que o comum, como se por isso fossem mais religiosos que os outros. O orgulho era o pecado amado reinante entre os fariseus, o pecado que mais facilmente os assaltava, e contra o qual o Senhor Jesus tinha aproveitado todas as ocasiões. Para aquele que é ensinado na palavra, é digno de elogio que honre ao que ensina; mas para o que ensina é pecaminoso exigir essa honra e encher-se por isso. Quão contrário ao espírito do cristianismo é isto! Ao discípulo coerente de Cristo resulta penoso ser colocado nos lugares principais, mas quando se olha em volta na igreja visível, quem pensará que esse é o espírito requerido? Resulta claro que alguma medida deste espírito anti-cristão predomina em toda sociedade religiosa e no coração de cada um de nós.Os escribas e os fariseus eram inimigos do evangelho de Cristo e, portanto, da salvação das almas dos homens. É ruim manter-nos afastados de Cristo, mas pior ainda é manter os outros afastados dEle.
Todavia, não é novidade que a aparência e a forma da piedade se usem como manto para as maiores enormidades. Mas a piedade hipócrita será considerada como dupla iniqüidade.
Estavam muito ocupados em ganhar almas para seu partido. Não para a glória de Deus, nem para o bem das almas, senão para ter o mérito e a vantagem de fazer prosélitos. Sendo a ganância sua piedade, eles, com milhares de estratagemas fizeram que a religião cedesse seu lugar a seus interesses mundanos. Eram muito estritos e precisos em matérias mínimas da lei, mas negligentes e conseqüentes nas matérias de maior peso. Não é o escrúpulo de um pecadinho o que Cristo reprova aqui; se for um pecado, ainda como um mosquito, havia que filtrá-lo, mas faziam isso e, depois, engoliam um camelo, quer dizer, cometiam um pecado maior.
Embora pareciam ser santos, não eram sóbrios nem justos. Realmente somos o que somos por dentro. Os motivos externos podem manter limpo o de fora enquanto o interior está imundo; porém se o coração e o espírito são feitos novos, haverá vida nova; aqui devemos começar por nós mesmos. A justiça dos escribas e dos fariseus era como os adornos de um túmulo ou o sudário de um cadáver, somente para o espetáculo. O enganoso dos corações dos pecadores se manifesta em que navegam correnteza embaixo pelas torrentes de pecados de seu próprio tempo, enquanto se vangloriam de ter-se oposto aos pecados de dias anteriores. Às vezes pensamos que se nós tivéssemos vivido quando Cristo esteve na terra, não o teríamos desprezado nem rejeitado, como então fizeram os homens; mas Cristo em seu Espírito, em sua Palavra, em seus ministros ainda hoje não é melhor tratado. Justo é que Deus entregue à luxúria de seus corações a estes que se obstinam em satisfazer-se a si mesmos. Cristo dá aos homens seu caráter verdadeiro.
Nosso Senhor declara as misérias que estavam por acarretar a si mesmos os habitantes de Jerusalém, mas não presta atenção aos sofrimentos que Ele passaria. Uma galinha que junta seus pintinhos sob suas asas, é um emblema adequado do tenro amor do Salvador por aqueles que confiam nEle, e seu fiel cuidado por eles. Ele chama os pecadores para que se refugiem em sua carinhosa proteção, os mantém a salvo e os nutre para a vida eterna.
Aqui se enunciam a dispersão e a incredulidade presentes dos judeus, e sua futura conversão a Cristo. Jerusalém e seus filhos tinham grande parte da culpa e seu castigo tinha sido um sinal. Todavia, não antes de muito, a vingança merecida cairá sobre cada igreja que é cristã somente de nome. Enquanto isso, o Salvador está pronto para receber a todos os que vão a Ele. Nada há entre os pecadores e a felicidade eterna, senão seu orgulho e sua incrédula falta de vontade.