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Bible Commentaries
Atos 26

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

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versos 1-32

O cristianismo nos ensina a dar razão da espírito que há em nós, e também a honrar a quem se deve render honras, sem adulações nem temor ao homem. Agripa era bem versado nas Escrituras do Antigo Testamento, portanto, poderia julgar melhor na polêmica de que Jesus era o Messias. Certamente os ministros podem esperar, quando pregam a fé de Cristo, serem ouvidos com paciência. Paulo confessa que ele ainda aderia a todo o que de bom havia no que primeiramente tinha sido educado e preparado. Veja-se aqui qual era sua religião. Era um moralista, um homem virtuoso, e não tinha aprendido as artes dos astutos fariseus cobiçosos; ele não podia ser acusado de nenhum vício franco, nem de profano. Era firme na fé. Sempre tivera santa consideração pela antiga promessa feita por Deus aos pais, e edificado sua esperança sobre ela. O apóstolo sabia muito bem que tudo isso não o justificava perante Deus, porém sabia que era para sua reputação entre os judeus, e um argumento de que não era a classe de homem que eles diziam que era. Embora contava isso como perda para ganhar a Cristo, ainda assim, o menciona quando serve para honrar a Cristo.
Veja-se aqui qual é a religião de Paulo; ele não tem o zelo pela lei cerimonial que teve em sua juventude; os sacrifícios e as ofertas designadas por ela estão terminados pelo grande Sacrifício que elas tipificavam. Não faz menção das lavagens cerimoniais e acha que o sacerdócio levítico terminou pelo sacerdócio de Cristo, mas Enquanto aos principais fundamentos de sua religião, continua tão zeloso como sempre. Cristo e o céu são as duas grandes doutrinas do Evangelho; que Deus nos tem dado vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Estes são os temas da promessa feita aos antepassados. O serviço do templo ou o curso contínuo dos deveres religiosos, dia e noite, era mantido como profissão de fé na promessa da vida eterna, e como expectativa dela. A perspectiva da vida eterna deve comprometer-nos a sermos diligentes e constantes em todos os exercícios religiosos. Não obstante, os saduceus odiavam a Paulo por pregar a ressurreição; e os outros judeus se uniram a eles porque ele testificava que Jesus tinha ressuscitado e que era o prometido Redentor de Israel. Muitas coisas se pensam que estão além da crença, somente porque passam por alto a natureza e as perfeições infinitas de quem as revelou, cumpriu ou prometeu.
Paulo reconhece que enquanto foi fariseu, era um inimigo acérrimo do cristianismo. Este era seu caráter e estilo de vida no começo de seu tempo; e havia toda classe de coisas que obstaculizavam que ele fosse cristão. Os que têm sido mais estritos em sua conduta antes da conversão, depois verão que há muitos motivos para humilhar-se ainda por coisas que então pensavam que deviam ser feitas.



Paulo foi feito cristão pelo poder divino; por uma revelação de Cristo a ele e nele, quando estava no apogeu de sua carreira de pecado. foi feito ministro por autoridade divina: o próprio Jesus que lhe aparecera nessa luz gloriosa, o enviou a pregar o Evangelho aos gentios. O mundo que está em trevas deve ser iluminado; devem ser levados a conhecer as coisas que correspondem a sua paz eterna os que ainda as ignoram. O mundo que jaz na iniqüidade deve ser santificado e reformado; não basta com que os olhos deles tenham sido abertos, eles mesmos devem ser renovados em seus corações; não basta com ter-se voltado da escuridão à luz ; devem voltar-se do poder de atn a Deus. todos os que são convertidos do pecado a Deus, não somente são perdoados: têm a concessão de uma rica herança. O perdão dos pecados dá lugar a isso. Ninguém que não seja santo pode ser feliz; e para ser santos no céu primeiro devemos ser santos na terra. Somos feitos santos e salvos pela fé em Cristo; pela qual confiamos em Cristo como Jeová Justiça nossa, e nos entregamos a Ele como Jeová nosso Rei; por isso recebemos a remissão dos pecados, o dom do Espírito Santo e a vida eterna.
A cruz de Cristo era uma pedra de tropeço para os judeus, e eles estavam furiosos porque Paulo pregava o cumprimento das predições do Antigo Testamento. Cristo devia ser o primeiro a ressuscitar dentre os mortos: o Cabeça ou o Principal. Além disso, os profetas anunciaram que os gentios seriam conduzidos a conhecer a Deus por meio do Messias; e por que deviam desagradar-se os judeus disso, com justiça? Assim, pois, o convertido verdadeiro pode dar razão de sua esperança e uma boa conta da mudança manifestada nele. No entanto, por andar por ali e chamar os homens a se arrependerem e serem convertidos deste modo, muitíssimas pessoas têm sido culpadas e perseguidas.



Corresponde a nós, em todas as ocasiões, dizer palavras de verdade e sobriedade e, então, não teremos que turbar-nos pelas censuras injustas dos homens. Os seguidores ativos e esforçados do Evangelho têm sido freqüentemente desprezados pelos sonhadores ou loucos, por crer tais doutrinas e tais feitos maravilhosos; e por testificar que a mesma fé e diligência, e uma experiência como a deles, é necessária para todos os homens, qualquer seja sua categoria, para sua salvação. Porém os apóstolos e os profetas, e o próprio Filho de Deus, foram expostos a esta acusação; ninguém deve comover-se por isso quando a graça divina os fez sábios para salvação. Agripa viu que havia muita razão para o cristianismo. Seu entendimento e seu juízo foram convencidos momentaneamente, mas seu coração não foi mudado. Sua conduta e temperamento eram muito diferentes da humildade e espiritualidade do Evangelho. Muitos dos que estão quase persuadidos de serem religiosos, não estão completamente persuadidos; estão submetidos a fortes convicções de seu dever e da excelência dos caminhos de Deus, embora não procurem suas convicções.
Paulo instava que era interesse de cada um chegar a ser um cristão verdadeiro: que há graça suficiente em Cristo para todos. expressa seu pleno convencimento da verdade do Evangelho, da necessidade absurda de fé em Cristo para salvação. A salvação da escravidão é o que o evangelho de Cristo oferece aos gentios; a um mundo perdido. Não obstante, é com muita dificuldade que se pode convencer a qualquer pessoa de que necessita a obra de graça em seu coração, como é necessária para a conversão dos gentios. Cuidemo-nos da vacilação fatal de nossa própria conduta; e lembremo-nos de quanto dista o estar quase persuadido de ser cristão, de sê-lo por completo, como é todo crente verdadeiro.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Acts 26". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/acts-26.html. 1706.
 
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