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Bible Commentaries
Atos 22

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

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versos 1-30

O apóstolo se dirigiu à multidão enfurecida com seu estilo costumeiro de respeito e boa vontade. Paulo relata com muito detalhe a história de sua vida anterior, comenta que sua conversão foi por completo um ato de Deus. Os pecadores condenados são cegados pelo poder das trevas, e a cegueira é perdurável, como a dos judeus incrédulos. Os pecadores em convicção de pecado são cegados, como Paulo, não pelas trevas senão pela luz. Por um tempo são levados a perda dentro de si mesmos, mas é para que seu ser seja iluminado. O simples relato dos tratamentos do Senhor conosco, levando-nos da oposição a professar e fomentar seu evangelho, se for feito com um espírito e modo corretos, costuma impressionar mais que os discursos elaborados, mesmo que não equivalha a uma prova plena da verdade, como se demonstra na mudança operada no apóstolo.



O apóstolo passa a relatar como foi confirmado na mudança que tinha acontecido. Tendo escolhido o Senhor o pecador, para que conheça sua vontade, é humilhado, iluminado e levado ao conhecimento de Cristo e de seu bendito Evangelho. Aqui se chama a Cristo de Justo, porque é Jesus Cristo o Justo. Os que Deus escolhe para que conheçam sua vontade, devem olhar para Jesus, porque por Ele Deus nos deu a conhecer sua boa vontade.
O grande privilégio do evangelho, selado em nós pelo batismo, é o perdão dos pecados. Batizem-se e lavem-se de seus pecados, isto é, recebam o consolo do perdão de seus pecados em e por meio de Jesus Cristo, recebam sua justiça para esse fim, e recebam poder contra o pecado, para mortificação de suas corrupções. Batizem-se, mas não se apóiem nesse sinal, mas assegurem-se da coisa significada, da eliminação da imundícia do pecado. o grande dever do evangelho, ao qual estamos ligados por nosso batismo, é buscar o perdão de nossos pecados em nome de Cristo, dependendo dEle e de sua justiça.
Deus designa a seus trabalhadores seu dia e lugar, e é apropriado que eles desempenhem sua designação, apesar de ser contrária à sua vontade. A providência nos administra melhor que nós mesmos; devemos encomendar-nos à direção de Deus. se Cristo mandar alguém, seu Espírito vai com ele e lhe concede que veja o fruto de seus trabalhos, mas nada pode reconciliar o coração do homem com o evangelho fora da graça especial de Deus.



Os judeus ouviram o relato que Paulo fez de sua conversão, mas a menção de que era enviado aos gentios era tão cristã a todos seus prejuízos nacionais que não quiseram ouvir mais. A frenética conduta deles assombrou ao oficial romano, que supôs que Paulo tinha perpetrado um terrível delito.
Paulo alegou seu privilégio de cidadão romano que o eximia de todos os juízos e castigos que pudessem forçá-lo a confessar-se culpável. Sua maneira de falar demonstra claramente quanta seguridade santa e serenidade mental desfrutava.
Como Paulo era judeu em circunstâncias adversas, o oficial romano o interrogou acerca de como tinha obtido tão valiosa distinção, mas o apóstolo lhe disse que tinha nascido livre. Valoremos a liberdade na qual nascem todos os filhos de Deus, que nenhuma soma de dinheiro, por grande que seja, pode comprar para os que continuam sem ser regenerados. Isto logo deu fim a seu problema. Deste modo, a muitos lhes é impedido fazer coisas más por temor ao homem, quando não seriam impedidos pelo temor a Deus. O apóstolo pergunta, simplesmente, "É lícito?". Sabia que o Deus ao qual servia o sustentaria em todos os sofrimentos por amor de Seu nome, porém se não era lícito, a religião do apóstolo o dirigia a evitá-lo, se possível. Ele nunca se retraiu de uma cruz que seu Mestre divino lhe colocasse em seu caminho para frente; e nunca deu um passo fora desse caminho para tomar outra.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Acts 22". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/acts-22.html. 1706.
 
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