Lectionary Calendar
Sunday, November 24th, 2024
the Week of Christ the King / Proper 29 / Ordinary 34
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Bible Commentaries
Matheus Henry - Comentário do Novo testamento Henry Comentário NT
Declaração de Direitos Autorais
These files are public domain and are a derivative of an electronic edition that is available on the Christian Classics Ethereal Library Website.
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Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre 2 Corinthians 8". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/2-corinthians-8.html. 1706.
Henry, Matthew. "Comentário sobre 2 Corinthians 8". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/
Whole Bible (1)New Testament (2)
versos 1-24
A graça de Deus deve reconhecer-se como raiz e fonte de todo bem em nós, ou feito por nós, em todo momento. Grande graça e favor de Deus é que sejamos úteis para o próximo e o progresso de qualquer boa obra. Elogia a caridade dos macedônios. Longe de necessitar que Paulo os exortasse, lhe rogaram que recebesse a dádiva que lhe enviaram.Qualquer seja a coisa que usemos ou disponhamos para Deus, tão só se trata de dar-Lhe o que é Seu. Todo o que demos para fins caritativos não será aceito por Deus, nem será para vantagem nosso, a menos que, primeiro, nos demos nós mesmos ao Senhor. Atribuindo à graça de Deus todas as obras realmente boas, não só lhe damos a glória a quem corresponde, senão também, mostramos aos homens onde está sua força. O gozo espiritual abundante alarga os corações dos homens no trabalho e a obra de amor. Quão diferente é isto da conduta dos que não se unirão a nenhuma boa obra a menos que lhes seja exigida!
A fé é a raiz; e sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6), de modo que os que abundam em fé abundarão também em outras graças e boas obras. Isto operará e será notado pelo amor. Os grandes oradores não sempre são os melhores operadores; mas os coríntios foram diligentes no fazer, assim como no saber e no falar bem. O apóstolo lhes deseja que, a todas estas coisas boas, também agreguem esta graça: abundar em caridade para os pobres.
Os melhores argumentos dos deveres cristãos se extraem da graça e do amor de Cristo. Ainda que era rico, sendo Deus, igual em poder e glória que o Pai, não só se fez homem por nós; também se fez pobre. No final, se despojou de si mesmo, como se esvaziando, para resgatar as almas deles por seu sacrifício na cruz. Bendito Senhor, de que riquezas te rebaixas-te, por nós, a que pobrezas! E a que riquezas nos elevas-te por médio de tua pobreza! Nossa felicidade é estar totalmente às tuas ordens.
Os bons propósitos são como os brotos e os botões das flores, agradáveis de ver, e dão esperanças de bom fruto, mas se perdem e nada significam sem boas obras. Os bons começos estão bem; mas perdemos o benefício se não há perseverança. Quando os homens se propõem o que é bom, e se esforçam, conforme a sua habilidade em fazê-lo, Deus não os rejeitará pelo que não possam fazer. Contudo, esta Escritura não justifica aos que pensam que basta com ter boas intenções, ou que os bons propósitos e a só confissão de uma mente disposta são suficientes para salvar.
A providência dá mais das coisas boas deste mundo a uns que aos outros, para que os que têm abundância possam suprir ao próximo o que lhe falta. A vontade de Deus é que exista uma certa medida de igualdade por meio de nossa mútua provisão; não que haja uma igualdade tal que destrua a propriedade, porque, neste caso, não se poderia exercer a caridade. Todos devem considerar que lhes concerne aliviar os desempossados. Isto se mostra na recolhida e na entrega do maná no deserto (Êx 16.18). Os que têm a mais neste mundo, não têm mais que alimento e vestido; e os que têm pouco neste mundo, rara vez estão completamente desprovidos dessas coisas.
O apóstolo elogia os irmãos enviados a reunir a oferenda de amor deles, para que se soubesse quem eram, e com quanta seguridade se podia confiar neles. Dever de todos os cristãos é agir com prudência para evitar, no possível, toda suspeita injusta. Em primeiro lugar, é necessário agir retamente ante Deus, mas as coisas honestas ante os homens também devem receber atenção. O caráter puro e a consciência limpa são um requisito para serem úteis. Eles deram glória a Cristo como instrumentos e obtiveram honra de Cristo por serem contados como fiéis, e ser utilizados em seu serviço. A boa opinião que o próximo tiver de nós, deveria ser um argumento para que nós façamos o bem.