the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Almeida Revista e Corrigida
Marcos 4
1 E outra vez comeou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multido; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multido estava em terra junto ao mar.2 E ensinava-lhes muitas coisas por parbolas e lhes dizia na sua doutrina:3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.4 E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do cu e a comeram.5 E outra caiu sobre pedregais, onde no havia muita terra, e nasceu logo, porque no tinha terra profunda.6 Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque no tinha raiz, secou-se.7 E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e no deu fruto.8 E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem.9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que oua.10 E, quando se achou s, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parbola.11 E ele disse-lhes: A vs vos dado saber os mistrios do Reino de Deus, mas aos que esto de fora todas essas coisas se dizem por parbolas,12 para que, vendo, vejam e no percebam; e, ouvindo, ouam e no entendam, para que se no convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.13 E disse-lhes: No percebeis esta parbola? Como, pois, entendereis todas as parbolas?14 O que semeia semeia a palavra;15 e os que esto junto ao caminho so aqueles em quem a palavra semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satans e tira a palavra que foi semeada no corao deles.16 E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;17 mas no tm raiz em si mesmos; antes, so temporos; depois, sobrevindo tribulao ou perseguio por causa da palavra, logo se escandalizam.18 E os outros so os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;19 mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambies de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutfera.20 E os que recebem a semente em boa terra so os que ouvem a palavra, e a recebem, e do fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
21 E disse-lhes: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do cesto ou debaixo da cama? No vem, antes, para se colocar no velador?22 Porque nada h encoberto que no haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.23 Se algum tem ouvidos para ouvir, que oua.24 E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos mediro a vs, e ser-vos- ainda acrescentada.25 Porque ao que tem, ser-lhe- dado; e, ao que no tem, at o que tem lhe ser tirado.26 E dizia: O Reino de Deus assim como se um homem lanasse semente terra,27 e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, no sabendo ele como.28 Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por ltimo, o gro cheio na espiga.29 E, quando j o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque est chegada a ceifa.30 E dizia: A que assemelharemos o Reino de Deus? Ou com que parbola o representaremos?31 como um gro de mostarda, que, quando se semeia na terra, a menor de todas as sementes que h na terra;32 mas, tendo sido semeado, cresce, e faz-se a maior de todas as hortalias, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do cu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.33 E com muitas parbolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.34 E sem parbolas nunca lhes falava, porm tudo declarava em particular aos seus discpulos.
35 E, naquele dia, sendo j tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem.36 E eles, deixando a multido, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia tambm com ele outros barquinhos.37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que j se enchia de gua.38 E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, no te importa que pereamos?39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonana.40 E disse-lhes: Por que sois to tmidos? Ainda no tendes f?41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem este que at o vento e o mar lhe obedecem?