the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Almeida Revista e Atualizada
Marcos 14
1 Dali a dois dias, era a Pscoa e a Festa dos Pes Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, traio, e o matariam.2 Pois diziam: No durante a festa, para que no haja tumulto entre o povo.3 Estando ele em Betnia, reclinado mesa, em casa de Simo, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o blsamo sobre a cabea de Jesus.par 4 Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdcio de blsamo?5 Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denrios e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela.6 Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ao para comigo.7 Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes.8 Ela fez o que pde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura.9 Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, ser tambm contado o que ela fez, para memria sua.10 E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais sacerdotes, para lhes entregar Jesus.11 Eles, ouvindo-o, alegraram-se e lhe prometeram dinheiro; nesse meio tempo, buscava ele uma boa ocasio para o entregar.
12 E, no primeiro dia da Festa dos Pes Asmos, quando se fazia o sacrifcio do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discpulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Pscoa?13 Ento, enviou dois dos seus discpulos, dizendo-lhes: Ide cidade, e vos sair ao encontro um homem trazendo um cntaro de gua;14 segui-o e dizei ao dono da casa onde ele entrar que o Mestre pergunta: Onde o meu aposento no qual hei de comer a Pscoa com os meus discpulos?15 E ele vos mostrar um espaoso cenculo mobilado e pronto; ali fazei os preparativos.16 Saram, pois, os discpulos, foram cidade e, achando tudo como Jesus lhes tinha dito, prepararam a Pscoa.17 Ao cair da tarde, foi com os doze.18 Quando estavam mesa e comiam, disse Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vs, o que come comigo, me trair.19 E eles comearam a entristecer-se e a dizer-lhe, um aps outro: Porventura, sou eu?20 Respondeu-lhes: um dos doze, o que mete comigo a mo no prato.21 Pois o Filho do Homem vai, como est escrito a seu respeito; mas ai daquele por intermdio de quem o Filho do Homem est sendo trado! Melhor lhe fora no haver nascido!22 E, enquanto comiam, tomou Jesus um po e, abenoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto o meu corpo.23 A seguir, tomou Jesus um clice e, tendo dado graas, o deu aos seus discpulos; e todos beberam dele.24 Ento, lhes disse: Isto o meu sangue, o sangue da nova aliana, derramado em favor de muitos.25 Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, at quele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus.26 Tendo cantado um hino, saram para o monte das Oliveiras.27 Ento, lhes disse Jesus: Todos vs vos escandalizareis, porque est escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficaro dispersas.28 Mas, depois da minha ressurreio, irei adiante de vs para a Galilia.29 Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais!30 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negars trs vezes.31 Mas ele insistia com mais veemncia: Ainda que me seja necessrio morrer contigo, de nenhum modo te negarei. Assim disseram todos.
32 Ento, foram a um lugar chamado Getsmani; ali chegados, disse Jesus a seus discpulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar.33 E, levando consigo a Pedro, Tiago e Joo, comeou a sentir-se tomado de pavor e de angstia.34 E lhes disse: A minha alma est profundamente triste at morte; ficai aqui e vigiai.35 E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possvel, lhe fosse poupada aquela hora.36 E dizia: Aba, Pai, tudo te possvel; passa de mim este clice; contudo, no seja o que eu quero, e sim o que tu queres.37 Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simo, tu dormes? No pudeste vigiar nem uma hora?38 Vigiai e orai, para que no entreis em tentao; o esprito, na verdade, est pronto, mas a carne fraca.39 Retirando-se de novo, orou repetindo as mesmas palavras.40 Voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados; e no sabiam o que lhe responder.41 E veio pela terceira vez e disse-lhes: Ainda dormis e repousais! Basta! Chegou a hora; o Filho do Homem est sendo entregue nas mos dos pecadores.42 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.
43 E logo, falava ele ainda, quando chegou Judas, um dos doze, e com ele, vinda da parte dos principais sacerdotes, escribas e ancios, uma turba com espadas e porretes.44 Ora, o traidor tinha-lhes dado esta senha: Aquele a quem eu beijar, esse; prendei-o e levai-o com segurana.45 E, logo que chegou, aproximando-se, disse-lhe: Mestre! E o beijou.46 Ento, lhe deitaram as mos e o prenderam.47 Nisto, um dos circunstantes, sacando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha.48 Disse-lhes Jesus: Sastes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador?49 Todos os dias eu estava convosco no templo, ensinando, e no me prendestes; contudo, para que se cumpram as Escrituras.50 Ento, deixando-o, todos fugiram.51 Seguia-o um jovem, coberto unicamente com um lenol, e lanaram-lhe a mo.52 Mas ele, largando o lenol, fugiu desnudo.
53 E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e reuniram-se todos os principais sacerdotes, os ancios e os escribas.54 Pedro seguira-o de longe at ao interior do ptio do sumo sacerdote e estava assentado entre os serventurios, aquentando-se ao fogo.55 E os principais sacerdotes e todo o Sindrio procuravam algum testemunho contra Jesus para o condenar morte e no achavam.56 Pois muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os depoimentos no eram coerentes.57 E, levantando-se alguns, testificavam falsamente, dizendo:58 Ns o ouvimos declarar: Eu destruirei este santurio edificado por mos humanas e, em trs dias, construirei outro, no por mos humanas.59 Nem assim o testemunho deles era coerente.60 Levantando-se o sumo sacerdote, no meio, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depem contra ti?61 Ele, porm, guardou silncio e nada respondeu. Tornou a interrog-lo o sumo sacerdote e lhe disse: s tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?62 Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do cu.63 Ento, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de testemunhas?64 Ouvistes a blasfmia; que vos parece? E todos o julgaram ru de morte.65 Puseram-se alguns a cuspir nele, a cobrir-lhe o rosto, a dar-lhe murros e a dizer-lhe: Profetiza! E os guardas o tomaram a bofetadas.
66 Estando Pedro embaixo no ptio, veio uma das criadas do sumo sacerdote67 e, vendo a Pedro, que se aquentava, fixou-o e disse: Tu tambm estavas com Jesus, o Nazareno.68 Mas ele o negou, dizendo: No o conheo, nem compreendo o que dizes. E saiu para o alpendre. E o galo cantou. 69 E a criada, vendo-o, tornou a dizer aos circunstantes: Este um deles.70 Mas ele outra vez o negou. E, pouco depois, os que ali estavam disseram a Pedro: Verdadeiramente, s um deles, porque tambm tu s galileu.71 Ele, porm, comeou a praguejar e a jurar: No conheo esse homem de quem falais!72 E logo cantou o galo pela segunda vez. Ento, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que duas vezes cante o galo, tu me negars trs vezes. E, caindo em si, desatou a chorar.