the Week of Proper 28 / Ordinary 33
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Almeida Revista e Atualizada
Lucas 6
1 Aconteceu que, num sbado, passando Jesus pelas searas, os seus discpulos colhiam e comiam espigas, debulhando-as com as mos.2 E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que no lcito aos sbados?3 Respondeu-lhes Jesus: Nem ao menos tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros?4 Como entrou na casa de Deus, tomou, e comeu os pes da proposio, e os deu aos que com ele estavam, pes que no lhes era lcito comer, mas exclusivamente aos sacerdotes?5 E acrescentou-lhes: O Filho do Homem senhor do sbado.6 Sucedeu que, em outro sbado, entrou ele na sinagoga e ensinava. Ora, achava-se ali um homem cuja mo direita estava ressequida.7 Os escribas e os fariseus observavam-no, procurando ver se ele faria uma cura no sbado, a fim de acharem de que o acusar.8 Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem da mo ressequida: Levanta-te e vem para o meio; e ele, levantando-se, permaneceu de p.9 Ento, disse Jesus a eles: Que vos parece? lcito, no sbado, fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou deix-la perecer?10 E, fitando todos ao redor, disse ao homem: Estende a mo. Ele assim o fez, e a mo lhe foi restaurada.11 Mas eles se encheram de furor e discutiam entre si quanto ao que fariam a Jesus.
12 Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.13 E, quando amanheceu, chamou a si os seus discpulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu tambm o nome de apstolos:14 Simo, a quem acrescentou o nome de Pedro, e Andr, seu irmo; Tiago e Joo; Filipe e Bartolomeu;15 Mateus e Tom; Tiago, filho de Alfeu, e Simo, chamado Zelote;16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor.17 E, descendo com eles, parou numa planura onde se encontravam muitos discpulos seus e grande multido do povo, de toda a Judia, de Jerusalm e do litoral de Tiro e de Sidom,18 que vieram para o ouvirem e serem curados de suas enfermidades; tambm os atormentados por espritos imundos eram curados.19 E todos da multido procuravam toc-lo, porque dele saa poder; e curava todos.
20 Ento, olhando ele para os seus discpulos, disse-lhes: Bem-aventurados vs, os pobres, porque vosso o reino de Deus.21 Bem-aventurados vs, os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vs, os que agora chorais, porque haveis de rir.22 Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem e quando vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem.23 Regozijai-vos naquele dia e exultai, porque grande o vosso galardo no cu; pois dessa forma procederam seus pais com os profetas.24 Mas ai de vs, os ricos! Porque tendes a vossa consolao.25 Ai de vs, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vs, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar.26 Ai de vs, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.
27 Digo-vos, porm, a vs outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam;28 bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.29 Ao que te bate numa face, oferece-lhe tambm a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar tambm a tnica;30 d a todo o que te pede; e, se algum levar o que teu, no entres em demanda.31 Como quereis que os homens vos faam, assim fazei-o vs tambm a eles.32 Se amais os que vos amam, qual a vossa recompensa? Porque at os pecadores amam aos que os amam.33 Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual a vossa recompensa? At os pecadores fazem isso.34 E, se emprestais queles de quem esperais receber, qual a vossa recompensa? Tambm os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto.35 Amai, porm, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; ser grande o vosso galardo, e sereis filhos do Altssimo. Pois ele benigno at para com os ingratos e maus.36 Sede misericordiosos, como tambm misericordioso vosso Pai.
37 No julgueis e no sereis julgados; no condeneis e no sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;38 dai, e dar-se-vos-; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos daro; porque com a medida com que tiverdes medido vos mediro tambm.39 Props-lhes tambm uma parbola: Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? No cairo ambos no barranco?40 O discpulo no est acima do seu mestre; todo aquele, porm, que for bem instrudo ser como o seu mestre.41 Por que vs tu o argueiro no olho de teu irmo, porm no reparas na trave que est no teu prprio?42 Como poders dizer a teu irmo: Deixa, irmo, que eu tire o argueiro do teu olho, no vendo tu mesmo a trave que est no teu? Hipcrita, tira primeiro a trave do teu olho e, ento, vers claramente para tirar o argueiro que est no olho de teu irmo.43 No h rvore boa que d mau fruto; nem tampouco rvore m que d bom fruto.44 Porquanto cada rvore conhecida pelo seu prprio fruto. Porque no se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas.45 O homem bom do bom tesouro do corao tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que est cheio o corao.46 Por que me chamais Senhor, Senhor, e no fazeis o que vos mando?47 Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem semelhante.48 semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lanou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e no a pde abalar, por ter sido bem construda.49 Mas o que ouve e no pratica semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a runa daquela casa.