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¹ Disse mais Eli:² Ouvi, sbios, as minhas razes; vs, instrudos, inclinai os ouvidos para mim.³ Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar, a comida.⁴ O que direito escolhamos para ns; conheamos entre ns o que bom.⁵ Porque J disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito.⁶ Apesar do meu direito, sou tido por mentiroso; a minha ferida incurvel, sem que haja pecado em mim.⁷ Que homem h como J, que bebe a zombaria como gua?⁸ E anda em companhia dos que praticam a iniqidade e caminha com homens perversos?⁹ Pois disse: De nada aproveita ao homem o comprazer-se em Deus.

¹⁰ Pelo que vs, homens sensatos, escutai-me: longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustia.¹¹ Pois retribui ao homem segundo as suas obras e faz que a cada um toque segundo o seu caminho.¹² Na verdade, Deus no procede maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juzo.¹³ Quem lhe entregou o governo da terra? Quem lhe confiou o universo?¹⁴ Se Deus pensasse apenas em si mesmo e para si recolhesse o seu esprito e o seu sopro,¹⁵ toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o p.

¹⁶ Se, pois, h em ti entendimento, ouve isto; inclina os ouvidos ao som das minhas palavras.¹⁷ Acaso, governaria o que aborrecesse o direito? E querers tu condenar aquele que justo e poderoso?¹⁸ Dir-se- a um rei: Oh! Vil? Ou aos prncipes: Oh! Perversos?¹⁹ Quanto menos quele que no faz acepo das pessoas de prncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos so obra de suas mos.²⁰ De repente, morrem; meia-noite, os povos so perturbados e passam, e os poderosos so tomados por fora invisvel.²¹ Os olhos de Deus esto sobre os caminhos do homem e vem todos os seus passos.²² No h trevas nem sombra assaz profunda, onde se escondam os que praticam a iniqidade.²³ Pois Deus no precisa observar por muito tempo o homem antes de o fazer ir a juzo perante ele.²⁴ Quebranta os fortes, sem os inquirir, e pe outros em seu lugar.²⁵ Ele conhece, pois, as suas obras; de noite, os transtorna, e ficam modos.²⁶ Ele os fere como a perversos, vista de todos;²⁷ porque dele se desviaram, e no quiseram compreender nenhum de seus caminhos,²⁸ e, assim, fizeram que o clamor do pobre subisse at Deus, e este ouviu o lamento dos aflitos.²⁹ Se ele aquietar-se, quem o condenar? Se encobrir o rosto, quem o poder contemplar, seja um povo, seja um homem?³⁰ Para que o mpio no reine, e no haja quem iluda o povo.

³¹ Se algum diz a Deus: Sofri, no pecarei mais;³² o que no vejo, ensina-mo tu; se cometi injustia, jamais a tornarei a praticar,³³ acaso, deve ele recompensar-te segundo tu queres ou no queres? Acaso, deve ele dizer-te: Escolhe tu, e no eu; declara o que sabes, fala?³⁴ Os homens sensatos dir-me-o, dir-me- o sbio que me ouve:³⁵ J falou sem conhecimento, e nas suas palavras no h sabedoria.³⁶ Tomara fosse J provado at ao fim, porque ele respondeu como homem de iniqidade.³⁷ Pois ao seu pecado acrescenta rebelio, entre ns, com desprezo, bate ele palmas e multiplica as suas palavras contra Deus.